INFORMAÇÕES TÉCNICAS XALACOM

Atualizado em 28/05/2016

Propriedades Farmacodinâmicas
Mecanismo de ação:
Xalacom* (latanoprosta, maleato de timolol) contém duas substâncias ativas: latanoprosta e
maleato de timolol. Esses dois componentes diminuem a pressão intra-ocular (PIO) elevada
por diferentes mecanismos de ação e o efeito combinado resulta em uma redução da PIO
maior do que a proporcionada pelas duas substâncias administradas isoladamente.
A latanoprosta:
A latanoprosta é uma análoga da prostaglandina1 F2á, uma agonista2 seletiva do receptor
prostanóide FP, que reduz a pressão intra-ocular aumentando a drenagem3 do humor
aquoso, principalmente através da via uveoescleral e também da malha trabecular4.
Estudos clínicos mostraram que a latanoprosta não tem efeito significativo sobre a produção
de humor aquoso5, sobre a barreira hemato-humoral6 aquosa ou sobre a circulação7
sangüínea intra-ocular. A latanoprosta não induziu extravasamento de fluoresceína no
segmento posterior de olhos8 humanos pseudofácicos durante o tratamento a curto prazo.
Não foram observados quaisquer efeitos farmacológicos significativos sobre o sistema
cardiovascular e respiratório com doses clínicas de latanoprosta.
O maleato de timolol:
O maleato de timolol é um agente bloqueador do receptor beta-1 e beta-2 adrenérgicos9
(não-seletivo) que não apresenta significativa atividade simpatomimética intrínseca,
depressora miocárdica direta ou atividade anestésica local (estabilizadora de membrana).
Os bloqueadores dos receptores beta-adrenérgicos9 reduzem o rendimento cardíaco em
ambos os indivíduos saudáveis e pacientes com doenças cardíacas. Os pacientes com
insuficiência10 da função miocárdica, os bloqueadores dos receptores beta-adrenérgicos9
podem inibir o efeito estimulatório do sistema nervoso11 simpático12 necessário para manter a
função cardíaca adequada.
Os bloqueadores dos receptores beta-adrenérgicos9 nos brônquios13 e bronquíolos14 resultaram
em aumento da resistência das vias aéreas da atividade parassimpática sem contraposição.
Este efeito nos pacientes com asma15 ou outras condições broncospásticas é potencialmente
perigoso (vide "Contra-indicações" e "Advertências e Precações - O maleato de timolol").
A solução oftálmica de maleato de timolol, quando aplicado topicamente sobre o olho16, tem a
ação de reduzir a pressão intra-ocular elevada e normal, se acompanhado ou não por
glaucoma17. Pressão intra-ocular elevada é o principal fator de risco18 na patogênese19 de perda
do campo visual20 do glaucomatoso. Quanto maior o nível de pressão intra-ocular, maior
probabilidade de perda do campo visual20 do glaucomatoso e danos no nervo óptico.
O mecanismo preciso da ação hipotensiva ocular do maleato de timolol não está totalmente
estabelecido até o momento. Estudos de tonografia e fluorofotometria em homens sugerem
que sua ação predominante pode estar relacionada à redução da formação aquosa.
Contudo, em alguns estudos, um aumento leve no escoamento do humor aquoso5 foi
observado.
Efeitos Clínicos:
Em estudos de dose, a latanoprosta-maleato de timolol produziu uma redução significativa
maior em média diurna de PIO comparado a latanoprosta e maleato de timolol administrado
uma vez ao dia como monoterapia. Em dois estudos controlados, de 6 meses duplomascarados
o efeito da redução da PIO da latanoprosta-maleato de timolol foi comparado
com monoterapia de latanoprosta e maleato de timolol em pacientes com PIO de pelo
menos 25 mmHg ou mais. Após 2 a 4 semanas de tratamento com maleato de timolol
(diminuição média na PIO de 5 mmHg, a partir da inclusão do paciente no estudo), reduções
adicionais em média diurna de PIO de 3,1; 2,0 e 0,6 mmHg foram observados após 6 meses
de tratamento com latanoprosta-maleato de timolol e latanoprosta e maleato de timolol (duas
vezes ao dia), respectivamente. Os efeitos da redução da PIO de latanoprosta-maleato de
timolol foi mantido em um período de extensão aberta de 6 meses, destes estudos.
O início da ação de latanoprosta-maleato de timolol ocorre dentro de 1 hora e o efeito
máximo ocorre dentro de 6 a 8 horas. O efeito adequado da redução de PIO foi observado
estar presente até 24 horas após dose depois de tratamentos múltiplos.
Propriedades Farmacocinéticas
A latanoprosta-maleato de timolol (Xalacom*):
Não foram observadas interações farmacocinéticas entre a latanoprosta e o timolol, embora
houvesse uma tendência para o aumento em aproximadamente 2 vezes as concentrações
do ácido de latanoprosta no humor aquoso5 de 1 a 4 horas após a administração de
Xalacom* quando comparado com a monoterapia.
A latanoprosta:
Absorção: a latanoprosta é absorvida pela córnea21 onde o pró-fármaco22 do éster isopropílico é
hidrolisado a forma ácida e torna-se biologicamente ativo.absorvida Estudos em humanos
indicam que a concentração máxima no humor aquoso5, é alcançada cerca de 2 horas após
administração tópica.
Distribuição: o volume de distribuição, 0,16 ± 0,02 L/kg. O ácido de latanoprosta pode ser
medido no humor aquoso5 durante as primeiras quatro horas após administração tópica e no
plasma23 somente durante a primeira hora.
Metabolismo24: a latanoprosta, um pró-fármaco22 do éster isopropílico, é hidrolisado por
estearases presentes na córnea21 ao ácido biologicamente ativo. O ácido ativo de
latanoprosta alcança a circulação7 sistêmica é principalmente metabolizada pelo fígado25 para
os metabólitos26 1,2-dinor e 1,2,3,4-tetranor via â-oxidação dos ácidos graxos.
Excreção: a eliminação do ácido de latanoprosta do plasma23 humano é rápida (t1/2 = 17 min)
após administração intravenosa e tópica. O clearance sistêmico27 é de aproximadamente 7
mL/min/kg. Após â-oxidação hepática28, os metabólitos26 são eliminados principalmente por via
renal29. Aproximadamente 88% e 98% da dose administrada é recuperada na urina30 após
administração tópica e intravenosa, respectivamente.
O maleato de timolol
A concentração máxima do maleato de timolol no humor aquoso5 é alcançada em cerca de 1
hora após a administração tópica do colírio31. Uma parte dessa dose é absorvida
sistemicamente e se obtém uma concentração plasmática máxima de 1 ng/mL em 10-20
minutos após a aplicação de uma gota32 do colírio31 em cada olho16, uma vez ao dia (300
mcg/dia). A meia-vida do maleato de timolol no plasma23 é de cerca de 6 horas. O maleato de
timolol é extensivamente metabolizado no fígado25. Os metabólitos26 são excretados na urina30
juntamente com o maleato de timolol inalterado.
Dados de Segurança Pré-Clínicos
O perfil de segurança sistêmico27 e ocular dos componentes individuais é bem estabelecido.
Não foi observado efeito adverso sistêmico27 ou ocular em coelhos tratados topicamente com
a combinação fixa ou com a administração concomitante de soluções oftálmicas de
latanoprosta e timolol. Os estudos farmacológicos de segurança, de genotoxicidade e de
carcinogenicidade de cada substância não demonstraram risco especial para os humanos. A
latanoprosta não afetou a cicatrização da ferida corneal do olho16 do coelho, enquanto que o
timolol inibiu o processo do olho16 do coelho e do macaco quando administrado com
freqüência maior que uma vez ao dia.
A latanoprosta:
Efeitos Sistêmicos33/Oculares:
A toxicidade34 ocular assim como a sistêmica de latanoprosta foram investigadas em várias
espécies animais. Geralmente, a latanoprosta é bem tolerada com uma margem de
segurança entre a dose clínica oftálmica e a toxicidade34 sistêmica de no mínimo 1.000 vezes.
Altas doses de latanoprosta, aproximadamente 100 vezes a dose clínica/kg de peso
corporal, administrada intravenosamente a macacos não anestesiados aumentaram a
freqüência respiratória, refletindo provavelmente uma broncoconstrição de curta duração.
Nos macacos, a latanoprosta foi infundida intravenosamente em doses de até 500 mcg/kg
sem maiores efeitos sobre o sistema cardiovascular35. Em estudos animais, a latanoprosta
não demonstrou propriedades sensibilizantes.
Não foram detectados efeitos tóxicos nos olhos8 com doses de até 100 mcg/olho16/dia em
coelhos ou macacos (a dose clínica é de aproximadamente 1,5 mcg/olho16/dia). A
latanoprosta não produziu efeitos, ou os produziu de modo desprezível, sobre a circulação7
sangüínea intra-ocular quando utilizada com doses clínicas e estudada em macacos.
Em estudos de toxicidade34 ocular crônica, a administração de latanoprosta na dose de 6
mcg/olho16/dia também mostrou induzir aumento de fissura36 palpebral. Este efeito é reversível
e ocorre nas doses acima do nível de dose clínica. O efeito não foi observado em humanos.
Carcinogenicidade:
Estudos de carcinogenicidade em camundongos e ratos foram negativos.
Mutagenicidade:
A latanoprosta foi negativa em testes de mutação37 reversa em bactérias, mutação genética38
em linfoma39 de camundongo e testes de micronúcleo de camundongo. Foram observadas
aberrações cromossômicas in vitro com linfócitos humanos. Foram observados efeitos
similares com prostaglandinas40 F2á, uma prostaglandina1 que ocorre naturalmente e indica
que este é um efeito de classe.
Estudos adicionais de mutagenicidade sobre a síntese de DNA não-esquematizada in
vitro
/in vivo em ratos foram negativos e indicam que a latanoprosta não tem potencial
mutagênico.
Alterações na fertilidade:
Não foi observado qualquer efeito sobre a fertilidade de machos e fêmeas em estudos com
animais. No estudo de embriotoxicidade em ratos, não foi observado embriotoxicidade em
doses intravenosas (5, 50 e 250 mcg/kg/dia) de latanoprosta. Contudo, a latanoprosta
induziu efeitos letais em embriões de coelhos em doses iguais ou superiores a 5 mcg/kg/dia.
Foi observado que a latanoprosta pode causar toxicidade34 embrio-fetal em coelhos
caracterizado pelo aumento de incidências de aborto e reabsorção tardia e peso fetal
reduzido quando administrado em doses intravenosas de aproximadamente 100 vezes a
dose humana.
Teratogenicidade:
Não foi detectado potencial teratogênico41.
O maleato de timolol:
Carcinogenicidade:
Em um estudo de dois anos de maleato de timolol administrado oralmente a ratos, houve um
aumento estatisticamente significativo na incidência42 de feocromocitomas adrenais em ratos
machos recebendo 300 mg/kg/dia (aproximadamente 42.000 vezes a exposição sistêmica
após a dose oftálmica humana máxima recomendada). Diferenças similares não foram
observadas em ratos recebendo doses orais equivalente a aproximadamente 14.000 vezes
a dose oftálmica humana máxima recomendada.
Em um estudo oral com camundongos vivos, houve um aumento estatisticamente
significativo na incidência42 de tumores pulmonares malignos e benignos, pólipos43 uterinos
benignos e adenocarcinomas mamários em camundongos fêmeas na dose de 500
mg/kg/dia (aproximadamente 71.000 vezes a exposição sistêmica após a dose oftálmica
humana máxima recomendada), mas não nas doses de 5 ou 50 mg/kg/dia
(aproximadamente 700 ou 7.000 vezes a exposição sistêmica após a dose oftálmica
humana máxima recomendada). Em um estudo subseqüente com camundongos fêmeas,
cujos exames pós-morte foram limitados ao útero44 e pulmões45, um aumento estatisticamente
significativo na incidência42 de tumores pulmonares foi novamente observado com doses de
500 mg/kg/dia.
O aumento da ocorrência de adenocarcinomas mamários foi associado com elevações de
prolactina46 sérica que ocorreram em camundongos fêmeas administrados com doses de 500
mg/kg/dia de maleato de timolol oral, mas não nas doses de 5 ou 50 mg/kg/dia. Um aumento
na incidência42 de adenocarcinomas mamários em roedores foi associado com a
administração de vários outros agentes terapêuticos que elevam a prolactina46 sérica, mas
não foi estabelecida correlação entre níveis de prolactina46 sérica e tumores mamários em
humanos.
Mutagenicidade:
O maleato de timolol foi desprovido de potencial mutagênico quando testados in vivo
(camundongo) no teste de micronúcleos e ensaios citogenéticos (doses de até 800 mg/kg) e
in vitro em ensaios de transformação de células47 neoplásicas48 (até 100 mcg/mL). Nos testes
de Ames, as concentrações mais altas de maleato de timolol empregados, 5.000 ou 10.000
mcg/placa49, foram associadas a elevações estatisticamente significativas de revertentes
observados com cepas50 de testes TA100 (em sete ensaios replicados), mas não nas três
cepas50 remanescentes. No ensaio com a cepa51 de teste TA100, não foi observada uma
relação de resposta consistente com a dose e a taxa de testes para controlar os revertentes
não alcançou a taxa 2. A taxa igual a 2 é geralmente considerada o critério para um teste de
Ames positivo.
Alterações na fertilidade:
Estudos de reprodução52 e fertilidade em ratos não demonstraram efeitos adversos na
fertilidade de machos ou fêmeas nas doses de até 21.000 vezes a exposição sistêmica após
a dose oftálmica humana máxima recomendada.
Teratogenicidade:
Estudos de teratogenicidade com maleato de timolol em camundongos, ratos e coelhos com
doses orais de até 50 mg/kg/dia (7.000 vezes a exposição sistêmica que se segue após a
dose oftálmica humana máxima recomendada) não demonstraram evidências de
malformações53 fetais. Embora a ossificação fetal tardia tenha sido observada com essa dose
em ratos, não houve efeitos adversos no desenvolvimento pós-natal da prole. Doses de
1.000 mg/kg/dia (142.000 vezes a exposição sistêmica que se segue após a dose oftálmica
humana máxima recomendada) foram doses maternas tóxicas em camundongos e resultou
em um aumento do número de reabsorção fetal. Foi observado também aumento da
reabsorção fetal em coelhos nas doses de 14.000 vezes à exposição sistêmica após a dose
oftálmica humana máxima recomendada, neste caso, sem toxicidade34 materna aparente.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Prostaglandina: É qualquer uma das várias moléculas estruturalmente relacionadas, lipossolúveis, derivadas do ácido araquidônico. Ela tem função reguladora de diversas vias metabólicas.
2 Agonista: 1. Em farmacologia, agonista refere-se às ações ou aos estímulos provocados por uma resposta, referente ao aumento (ativação) ou diminuição (inibição) da atividade celular. Sendo uma droga receptiva. 2. Lutador. Na Grécia antiga, pessoa que se dedicava à ginástica para fortalecer o físico ou como preparação para o serviço militar.
3 Drenagem: Saída ou retirada de material líquido (sangue, pus, soro), de forma espontânea ou através de um tubo colocado no interior da cavidade afetada (dreno).
4 Malha Trabecular: Estrutura porosa, que se localiza ao redor de toda a circunferência da câmara anterior, através da qual o humor aquoso é drenado para o canal de Schlemm.
5 Humor aquoso: Fluido aquosa e claro que preenche as câmaras anterior e posterior do olho. Apresenta um índice de refração menor que o cristalino, o qual está envolvido pelo humor aquoso, e está relacionado com o metabolismo da córnea e do cristalino.
6 Humoral: 1. Relativo a humor. 2. Em fisiologia, relativo a ou próprio do conjunto de líquidos do organismo (sangue, linfa, líquido cefalorraquidiano).
7 Circulação: 1. Ato ou efeito de circular. 2. Facilidade de se mover usando as vias de comunicação; giro, curso, trânsito. 3. Movimento do sangue, fluxo de sangue através dos vasos sanguíneos do corpo e do coração.
8 Olhos:
9 Adrenérgicos: Que agem sobre certos receptores específicos do sistema simpático, como o faz a adrenalina.
10 Insuficiência: Incapacidade de um órgão ou sistema para realizar adequadamente suas funções.Manifesta-se de diferentes formas segundo o órgão comprometido. Exemplos: insuficiência renal, hepática, cardíaca, respiratória.
11 Sistema nervoso: O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP). O SNC é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal e a porção periférica está constituída pelos nervos cranianos e espinhais, pelos gânglios e pelas terminações nervosas.
12 Simpático: 1. Relativo à simpatia. 2. Que agrada aos sentidos; aprazível, atraente. 3. Em fisiologia, diz-se da parte do sistema nervoso vegetativo que põe o corpo em estado de alerta e o prepara para a ação.
13 Brônquios: A maior passagem que leva ar aos pulmões originando-se na bifurcação terminal da traquéia. Sinônimos: Bronquíolos
14 Bronquíolos: A maior passagem que leva ar aos pulmões originando-se na bifurcação terminal da traquéia.
15 Asma: Doença das vias aéreas inferiores (brônquios), caracterizada por uma diminuição aguda do calibre bronquial em resposta a um estímulo ambiental. Isto produz obstrução e dificuldade respiratória que pode ser revertida de forma espontânea ou com tratamento médico.
16 Olho: s. m. (fr. oeil; ing. eye). Órgão da visão, constituído pelo globo ocular (V. este termo) e pelos diversos meios que este encerra. Está situado na órbita e ligado ao cérebro pelo nervo óptico. V. ocular, oftalm-. Sinônimos: Olhos
17 Glaucoma: É quando há aumento da pressão intra-ocular e danos ao nervo óptico decorrentes desse aumento de pressão. Esses danos se expressam no exame de fundo de olho e por alterações no campo de visão.
18 Fator de risco: Qualquer coisa que aumente a chance de uma pessoa desenvolver uma doença.
19 Patogênese: Modo de origem ou de evolução de qualquer processo mórbido; nosogenia, patogênese, patogenesia.
20 Campo visual: É toda a área que é visível com os olhos fixados em determinado ponto.
21 Córnea: Membrana fibrosa e transparente presa à esclera, constituindo a parte anterior do olho.
22 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.
23 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
24 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
25 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
26 Metabólitos: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
27 Sistêmico: 1. Relativo a sistema ou a sistemática. 2. Relativo à visão conspectiva, estrutural de um sistema; que se refere ou segue um sistema em seu conjunto. 3. Disposto de modo ordenado, metódico, coerente. 4. Em medicina, é o que envolve o organismo como um todo ou em grande parte.
28 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
29 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
30 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
31 Colírio: Preparação farmacológica líquida na qual se encontram dissolvidas diferentes drogas que atuam na conjuntiva ocular.
32 Gota: 1. Distúrbio metabólico produzido pelo aumento na concentração de ácido úrico no sangue. Manifesta-se pela formação de cálculos renais, inflamação articular e depósito de cristais de ácido úrico no tecido celular subcutâneo. A inflamação articular é muito dolorosa e ataca em crises. 2. Pingo de qualquer líquido.
33 Sistêmicos: 1. Relativo a sistema ou a sistemática. 2. Relativo à visão conspectiva, estrutural de um sistema; que se refere ou segue um sistema em seu conjunto. 3. Disposto de modo ordenado, metódico, coerente. 4. Em medicina, é o que envolve o organismo como um todo ou em grande parte.
34 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
35 Sistema cardiovascular: O sistema cardiovascular ou sistema circulatório sanguíneo é formado por um circuito fechado de tubos (artérias, veias e capilares) dentro dos quais circula o sangue e por um órgão central, o coração, que atua como bomba. Ele move o sangue através dos vasos sanguíneos e distribui substâncias por todo o organismo.
36 Fissura: 1. Pequena abertura longitudinal em; fenda, rachadura, sulco. 2. Em geologia, é qualquer fratura ou fenda pouco alargada em terreno, rocha ou mesmo mineral. 3. Na medicina, é qualquer ulceração alongada e superficial. Também pode significar uma fenda profunda, sulco ou abertura nos ossos; cesura, cissura. 4. Rachadura na pele calosa das mãos ou dos pés, geralmente de pessoas que executam trabalhos rudes. 5. Na odontologia, é uma falha no esmalte de um dente. 6. No uso informal, significa apego extremo; forte inclinação; loucura, paixão, fissuração.
37 Mutação: 1. Ato ou efeito de mudar ou mudar-se. Alteração, modificação, inconstância. Tendência, facilidade para mudar de ideia, atitude etc. 2. Em genética, é uma alteração súbita no genótipo de um indivíduo, sem relação com os ascendentes, mas passível de ser herdada pelos descendentes.
38 Mutação genética: É uma alteração súbita no genótipo de um indivíduo, sem relação com os ascendentes, mas passível de ser herdada pelos descendentes.
39 Linfoma: Doença maligna que se caracteriza pela proliferação descontrolada de linfócitos ou seus precursores. A pessoa com linfoma pode apresentar um aumento de tamanho dos gânglios linfáticos, do baço, do fígado e desenvolver febre, perda de peso e debilidade geral.
40 Prostaglandinas: É qualquer uma das várias moléculas estruturalmente relacionadas, lipossolúveis, derivadas do ácido araquidônico. Ela tem função reguladora de diversas vias metabólicas.
41 Teratogênico: Agente teratogênico ou teratógeno é tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. Estes danos podem se refletir como perda da gestação, malformações ou alterações funcionais ou ainda distúrbios neurocomportamentais, como retardo mental.
42 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
43 Pólipos: 1. Em patologia, é o crescimento de tecido pediculado que se desenvolve em uma membrana mucosa (por exemplo, no nariz, bexiga, reto, etc.) em resultado da hipertrofia desta membrana ou como um tumor verdadeiro. 2. Em celenterologia, forma individual, séssil, típica dos cnidários, que se caracteriza pelo corpo formado por um tubo ou cilindro, cuja extremidade oral, dotada de boca e tentáculos, é dirigida para cima, e a extremidade oposta, ou aboral, é fixa.
44 Útero: Orgão muscular oco (de paredes espessas), na pelve feminina. Constituído pelo fundo (corpo), local de IMPLANTAÇÃO DO EMBRIÃO e DESENVOLVIMENTO FETAL. Além do istmo (na extremidade perineal do fundo), encontra-se o COLO DO ÚTERO (pescoço), que se abre para a VAGINA. Além dos istmos (na extremidade abdominal superior do fundo), encontram-se as TUBAS UTERINAS.
45 Pulmões: Órgãos do sistema respiratório situados na cavidade torácica e responsáveis pelas trocas gasosas entre o ambiente e o sangue. São em número de dois, possuem forma piramidal, têm consistência esponjosa e medem cerca de 25 cm de comprimento. Os pulmões humanos são divididos em segmentos denominados lobos. O pulmão esquerdo possui dois lobos e o direito possui três. Os pulmões são compostos de brônquios que se dividem em bronquíolos e alvéolos pulmonares. Nos alvéolos se dão as trocas gasosas ou hematose pulmonar entre o meio ambiente e o corpo, com a entrada de oxigênio na hemoglobina do sangue (formando a oxiemoglobina) e saída do gás carbônico ou dióxido de carbono (que vem da célula como carboemoglobina) dos capilares para o alvéolo.
46 Prolactina: Hormônio secretado pela adeno-hipófise. Estimula a produção de leite pelas glândulas mamárias. O aumento de produção da prolactina provoca a hiperprolactinemia, podendo causar alteração menstrual e infertilidade nas mulheres. No homem, gera impotência sexual (por prejudicar a produção de testosterona) e ginecomastia (aumento das mamas).
47 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
48 Neoplásicas: Que apresentam neoplasias, ou seja, que apresentam processo patológico que resulta no desenvolvimento de neoplasma ou tumor. Um neoplasma é uma neoformação de crescimento anormal, incontrolado e progressivo de tecido, mediante proliferação celular.
49 Placa: 1. Lesão achatada, semelhante à pápula, mas com diâmetro superior a um centímetro. 2. Folha de material resistente (metal, vidro, plástico etc.), mais ou menos espessa. 3. Objeto com formato de tabuleta, geralmente de bronze, mármore ou granito, com inscrição comemorativa ou indicativa. 4. Chapa que serve de suporte a um aparelho de iluminação que se fixa em uma superfície vertical ou sobre uma peça de mobiliário, etc. 5. Placa de metal que, colocada na dianteira e na traseira de um veículo automotor, registra o número de licenciamento do veículo. 6. Chapa que, emitida pela administração pública, representa sinal oficial de concessão de certas licenças e autorizações. 7. Lâmina metálica, polida, usualmente como forma em processos de gravura. 8. Área ou zona que difere do resto de uma superfície, ordinariamente pela cor. 9. Mancha mais ou menos espessa na pele, como resultado de doença, escoriação, etc. 10. Em anatomia geral, estrutura ou órgão chato e em forma de placa, como uma escama ou lamela. 11. Em informática, suporte plano, retangular, de fibra de vidro, em que se gravam chips e outros componentes eletrônicos do computador. 12. Em odontologia, camada aderente de bactérias que se forma nos dentes.
50 Cepas: Cepa ou estirpe é um termo da biologia e da genética que se refere a um grupo de descendentes com um ancestral comum que compartilham semelhanças morfológicas e/ou fisiológicas.
51 Cepa: Cepa ou estirpe é um termo da biologia e da genética que se refere a um grupo de descendentes com um ancestral comum que compartilham semelhanças morfológicas e/ou fisiológicas.
52 Reprodução: 1. Função pela qual se perpetua a espécie dos seres vivos. 2. Ato ou efeito de reproduzir (-se). 3. Imitação de quadro, fotografia, gravura, etc.
53 Malformações: 1. Defeito na forma ou na formação; anomalia, aberração, deformação. 2. Em patologia, é vício de conformação de uma parte do corpo, de origem congênita ou hereditária, geralmente curável por cirurgia. Ela é diferente da deformação (que é adquirida) e da monstruosidade (que é incurável).

Pergunte diretamente a um especialista

Sua pergunta será enviada aos especialistas do CatalogoMed, veja as dúvidas já respondidas.