ADVERTÊNCIAS ADOLESS
O hábito de fumar aumenta o risco de reações adversas cardiovasculares sérias nas usuárias de contraceptivos orais combinados. Este risco aumenta com a idade e a quantidade de cigarros (15 ou mais por dia) e é maior em mulheres com mais de 35 anos. Por este motivo as usuárias de contraceptivos orais combinados devem ser advertidas para não fumar.O uso de anticoncepcionais orais combinados está associado ao risco aumentado de uma série de condições preexistentes, incluindo infarto1 agudo2 no miocárdio3, tromboembolismo4, acidente vascular cerebral5, neoplasia6 hepática7 e hipertensão8. Contudo, o risco de morbidade9 é muito baixo naquelas usuárias que não apresentam os fatores acima descritos. O risco de morbidade9 aumenta significantemente na presença de fatores de risco preexistentes, tais como hipertensão8, hiperlipidemias (hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia10), obesidade11 e particularmente diabetes12 com comprometimento vascular13.
• Alterações tromboembólicas e outros problemas vasculares14:a) Infarto1 agudo2 do miocárdio3: a utilização de anticoncepcionais orais combinados tem sido relacionada com aumento do risco de infarto do miocárdio15. Este risco é mais observado em fumantes ou em usuárias com outros fatores de risco associados, tais como: problemas coronarianos, hipertensão8, hipercolesterolemia10, obesidade11 extrema e diabetes12. O risco é menor em usuárias com menos de 30 anos. O habito de fumar associado ao uso de anticoncepcionais orais combinados tem demonstrado contribuir substancialmente com o aumento da incidência16 de infarto do miocárdio15 em usuárias maiores de 30 anos, principalmente em fumantes dependentes. As taxas de mortalidade17 associadas com problemas circulatórios entre as usuárias de anticoncepcionais orais são aumentadas essencialmente em fumantes maiores de 35 anos e não fumantes acima dos 40 anos. Os contraceptivos orais combinados devem ser utilizados com precaução naquelas usuárias com fatores de risco de enfermidades cardiovasculares.
b) Tromboembolismo4: tem sido associado com o uso de contraceptivos orais combinados um aumento no risco de enfermidades tromboembólicas. O tromboembolismo4 venoso que se manifesta com trombose venosa profunda18 e/ou embolia19 pulmonar pode ocorrer com o uso de qualquer dos anticoncepcionais combinados. A incidência16 aproximada de tromboembolismo4 venoso, em usuárias de contraceptivos orais combinados com baixa dose de estrógenos (< 50 mcg de etinilestradiol) é em torno de 4 por 10.000 mulheres/ano, comparada a 0,5-3 por 10.000 mulheres/ano não usuárias de anticoncepcionais orais combinados. Contudo, a incidência16 de tromboembolismo4 venoso, durante o uso de contraceptivos orais combinados, é substancialmente menor à incidência16 associada com a gravidez20 (6 por 10.000 mulheres grávidas/ano). Tem sido observado um aumento entre duas a quatro vezes o risco relativo de complicações tromboembolicas pós-operatórias em usuárias de anticoncepcionais orais combinados. O risco relativo de trombose21 venosa em mulheres que tem fatores predisponentes é o dobro do que naquelas mulheres que não estão expostas a estes fatores. Caso seja possível, os anticoncepcionais orais combinados devem ser descontinuados durante as quatro semanas prévias e as duas semanas posteriores a uma cirurgia eletiva22, que está associado com o aumento de risco de tromboembolismo4, e durante a imobilização prolongada.
c) Doença vascular13 cerebral: tem sido demonstrado um aumento no risco de acidente vascular cerebral5 (trombóticos23 e hemorrágicos24) com o uso de anticoncepcionais orais combinados. Este risco é aumentado entre as usuárias maiores de 35 anos, hipertensas e fumantes. Determinou-se que a hipertensão8 é um risco tanto para as usuárias de anticoncepcionais orais combinados quanto para as não usuárias, para ambos os tipos de acidente vascular cerebral5, enquanto que o hábito de fumar parece aumentar o risco de acidente vascular cerebral5 hemorrágico25.Minimizar a oposição a estrógenos e progestógenos é estar de acordo com os bons princípios de terapêutica26. Para qualquer combinação particular com estrógenos e progestógenos o regime de dosificação prescrito deve ser aquele que controla a menor concentração de estrógenos e progestógenos que seja compatível com uma baixa porcentagem de falha e necessidades particulares de cada usuária. Aquelas usuárias que utilizam pela primeira vez anticoncepcionais orais combinados, devem começar com preparações que contenham menos de 50 mcg de estrógeno27.
• Carcinoma28 de órgãos reprodutores: Alguns estados tem associado a utilização de anticoncepcionais orais combinados com um aumento no risco de neoplasia6 cervical intraepitelial em algumas populações de mulheres. Contudo, a controvérsia continua com relação ao valor de tais achados, os quais pode atribuir-se a diferenças na conduta sexual, entre outros fatores. Uma meta-análise de 54 estudos epidermiológicos demonstrou que existe um leve aumento do risco relativo (RR=1.24) de ter câncer29 de mama30 diagnosticado em mulheres que estejam utilizando contraceptivos orais combinados comparado com aqueles que nunca utilizaram estes produtos. O aumento do risco geralmente desaparece durante o curso dos 10 anos posteriores ao abandono do uso de contraceptivos orais combinados. Estes estudos não demonstram evidência de casualidade. O padrão observado do risco de câncer29 de mama30 diagnosticado pode ser devido à detecção preventiva do câncer29 de mama30 nas usuárias de anticoncepcionais orais combinados ou a combinação de ambos. Devido que o câncer29 de mama30 é raro em mulheres abaixo de 40 anos de idade, o aumento do risco em usuárias regulares e recentes de contraceptivos orais combinados é pequeno. O câncer29 de mama30 em mulheres que utilizam anticoncepcionais orais combinados tende a ser clinicamente menos avançado do que aquele que ocorre naquelas mulheres que não utilizam estes produtos.
• Neoplasias31 hepáticas32: Embora a incidência16 destes tumores seja rara, tem sido associada aos adenomas hepáticos benignos com o uso de anticoncepcionais orais combinados. A ruptura destes adenomas pode causar a morte devido a hemorragia33 intra-abdominal.Diversos estudos têm demonstrado um aumento no desenvolvimento de carcinomas hepatocelulares naquelas mulheres que utilizam contraceptivos orais combinados por períodos prolongados, contudo estes tipos de câncer29 são extremamente raros.
• Lesões34 oculares: Têm sido comunicados casos de trombose21 retiniana durante o uso de anticoncepcionais orais. O aparecimento de perda da visão35 parcial ou completa, de ptoses ou diplopia36, edema37 papiloso ou lesões34 retininas vasculares14, motivará a descontinuação dos anticoncepcionais orais combinados e a imediata avaliação da causa.
• Doenças da vesícula biliar38: Alguns estudos têm demonstrado um aumento de enfermidades vesiculares em usuárias de anticoncepcionais orais combinados e estrógenos. Estudos recentes, contudo, têm demonstrado que o risco relativo de desenvolvimento de doenças vesiculares entre as usuárias de anticoncepcionais orais combinados pode não ser tão importante.Não é aconselhável a utilização de ADOLESS® em pacientes que apresentaram colestase39 recorrente ou prurido40 durante gravidez20 anterior.
• Efeitos sobre o metabolismo41 de carboidratos e lipídios: Tem sido observada a intolerância à glicose42 em usuárias de contraceptivos orais combinados. Devido a isto as usuárias diabéticas devem ser observadas atentamente durante o uso de anticoncepcionais orais combinados.Uma pequena proporção de mulheres pode apresentar uma hipertrigliceridemia persistente enquanto estejam utilizando anticoncepcionais orais combinados. Tem sido notado no soro43 um declínio das lipoproteínas de alta densidade (HDL44) com a utilização de agentes progestacionais.Devido a que os estrógenos aumentam o colesterol45 HDL44, o efeito claro da utilização de contraceptivos orais combinados depende do balanço alcançado entre as doses de estrógenos e progestógenos e da natureza e quantidade absoluta de progestágenos contidos no anticoncepcional. A quantidade de ambos os hormônios deve ser considerada na escolha de anticoncepcionais orais combinados.
• Elevação da pressão sanguínea: Foi observado aumento na pressão sanguínea naquelas usuárias que utilizam anticoncepcionais orais combinados ainda que esta elevação seja mais provável de ocorrer em mulheres que estejam usando por tempo prolongado e de forma consecutiva anticoncepcionais orais combinados. Alguns estudos têm demonstrado que a incidência16 de hipertensão8 aumenta com o aumento da quantidade de progestágenos. Para aquelas mulheres com história de hipertensão8 relacionada a diversas enfermidades inclusive renal46, deve ser feita orientação para utilizar outro método anticoncepcional. Se as usuárias portadoras de hipertensão8 preferem utilizar anticoncepcionais orais combinados, deverão ser controladas cuidadosamente, e se for observada uma elevação significativa da pressão sanguínea, os anticoncepcionais orais deverão ser descontinuados. A maioria das mulheres com pressão arterial47 elevada nessas circunstâncias retornam aos valores normais logo após suspender os anticoncepcionais orais combinados, não sendo encontradas diferenças tencionais entre usuárias e não usuárias.
• Cefaléia48: A aparição ou exacerbação de enxaqueca49 ou o desenvolvimento de cefaléia48 com um novo padrão de recorrência50, persistência ou severidade requer a descontinuação dos contraceptivos orais combinados e a avaliação da causa.
• Irregularidades no sangramento: Durante os primeiros três meses de uso de anticoncepcionais orais combinados, as usuárias podem apresentar sangramento genital anormal. O tipo e a dose do progestágeno pode ser importante. Devem ser consideradas causas não hormonais e tomadas medidas diagnósticas adequadas para descartar malignidade e gravidez20. Se ambas as situações forem excluídas, a usuária deve continuar usando o mesmo contraceptivo oral combinado ou trocar por outra formulação que possa resolver o problema.Em algumas mulheres o sangramento pode não ocorrer dentro do intervalo de 4 dias em que se utilizam os comprimidos inativos (brancos). Se o anticoncepcional oral combinado não foi tomado de acordo com as orientações, ou foram produzidos dois períodos consecutivos sem sangramento, deve ser observada uma potencial gravidez20.Em algumas mulheres pode ocorrer amenorréia51 posterior à ingestão dos comprimidos (possivelmente com anovulação52) ou oligomenorrea, especialmente se estas condições eram pré-existentes.
• Outros: Não se aconselha a utilização do produto em pacientes com obesidade11 (índice de massa corporal53 > 30); otorsclerose; distrofia54 uterina hiperplasia55, fibroma56; hiperprolactinemia com ou sem golactorrea; herpes gestacional e em combinação com indutores enzimáticos (ver interações) lactação57 (ver gravidez20 e lactação57).