CARACTERÍSTICAS RANIDIN

Atualizado em 28/05/2016

RANIDIN é um antagonista1 H2 específico, de ação rápida e relativamente duradoura. Uma única dose de 150 mg suprime eficientemente a secreção de ácido do estômago2 por doze horas. Inibe a secreção basal e estimulada de ácido, reduzindo tanto o volume quanto o conteúdo de ácido e pepsina da secreção gástrica.A absorção da Ranitidina após administração oral é rápida, sendo as concentrações plasmáticas máximas atingidas, geralmente, dentro de duas horas da administração. A absorção não é significativamente comprometida por alimento ou antiácidos3. A meia-vida  de eliminação  da Ranitidina é de aproximadamente duas horas. A droga é excretada por via renal4, principalmente sob a forma livre ( não conjugada) e, em menor quantidade, sob a forma de metabólitos5. Seu principal metabólito6 é um N-óxido, havendo pequenas quantidades  de S-óxido e D-metil-ranitidina. A taxa de excreção urinária da Ranitidina livre e seus metabólitos5, em 24 horas, é de 40 %, quando a droga é administrada  por via oral.

- Indicações:
RANIDIN está indicado para o tratamento da úlcera duodenal7, úlcera gástrica8 benigna, úlcera9 pós-operatória, esofagite de refluxo10, Síndrome de Zollinger-Ellison11, na dispepsia12 episódica caracterizada por dor (epigástrica ou retroesternal) a qual é relacionada às refeições ou durante o sono, mas não associada as condições anteriores. Como também nas seguintes condições, onde é desejável a redução da secreção gástrica e a produção de ácido: profilaxia da hemorragia13 gastrointestinal conseqüente da úlcera9 de estresse em pacientes gravemente enfermos, profilaxia da hemorragia13 recorrente em pacientes com úlceras14 hemorrágicas15 e na prevenção da síndrome16 de aspiração ácida (Síndrome de Mendelson17).
RANIDIN tem sido usado em pacientes submetidos a transplantes renais.

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Complementos

1 Antagonista: 1. Opositor. 2. Adversário. 3. Em anatomia geral, que ou o que, numa mesma região anatômica ou função fisiológica, trabalha em sentido contrário (diz-se de músculo). 4. Em medicina, que realiza movimento contrário ou oposto a outro (diz-se de músculo). 5. Em farmácia, que ou o que tende a anular a ação de outro agente (diz-se de agente, medicamento etc.). Agem como bloqueadores de receptores. 6. Em odontologia, que se articula em oposição (diz-se de ou qualquer dente em relação ao da maxila oposta).
2 Estômago: Órgão da digestão, localizado no quadrante superior esquerdo do abdome, entre o final do ESÔFAGO e o início do DUODENO.
3 Antiácidos: É uma substância que neutraliza o excesso de ácido, contrariando o seu efeito. É uma base que aumenta os valores de pH de uma solução ácida.
4 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
5 Metabólitos: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
6 Metabólito: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
7 Úlcera duodenal: Lesão na mucosa do duodeno – parte inicial do intestino delgado.
8 Úlcera gástrica: Lesão na mucosa do estômago. Pode ser provocada por excesso de ácido clorídrico produzido pelo próprio estômago ou por medicamentos como antiinflamatórios ou aspirina. É uma doença infecciosa, causada pela bactéria Helicobacter pylori em quase 100 % dos casos.
9 Úlcera: Ferida superficial em tecido cutâneo ou mucoso que pode ocorrer em diversas partes do organismo. Uma afta é, por exemplo, uma úlcera na boca. A úlcera péptica ocorre no estômago ou no duodeno (mais freqüente). Pessoas que sofrem de estresse são mais susceptíveis a úlcera.
10 Esofagite de refluxo: É uma inflamação na mucosa do esôfago (camada que reveste o esôfago) causada pelo refluxo (retorno) do conteúdo gástrico ao esôfago. Se não tratada pode causar danos, desde o estreitamento (estenose) do esôfago - o que irá causar dificuldades na deglutição dos alimentos - até o câncer. Portadores de hérnia do hiato (projeção do estômago para o tórax), obesos, sedentários, fumantes, etilistas, pessoas tensas ou ansiosas têm maior predisposição à esofagite de refluxo.
11 Síndrome de Zollinger-Ellison: Doença caracterizada pelo aumento de produção de gastrina devido à presença de gastrinoma. O gastrinoma (tumor produtor de gastrina) está localizado na maioria das vezes no pâncreas. A hipersecreção de gastrina produz úlceras pépticas, má digestão, esofagite, duodenojejunite e/ou diarréia. Em 20% dos casos está relacionada com neoplasia endócrina múltipla tipo I (NEM I), que acompanha-se na maioria das vezes de hiperparatireiodismo (80%) e em alguns raros casos de insulinomas, glucagomas, VIPomas ou outros tumores.
12 Dispepsia: Dor ou mal-estar localizado no abdome superior. O mal-estar pode caracterizar-se por saciedade precoce, sensação de plenitude, distensão ou náuseas. A dispepsia pode ser intermitente ou contínua, podendo estar relacionada com os alimentos.
13 Hemorragia: Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, para o interstício ou para cavidades pré-formadas do organismo.
14 Úlceras: Feridas superficiais em tecido cutâneo ou mucoso que podem ocorrer em diversas partes do organismo. Uma afta é, por exemplo, uma úlcera na boca. A úlcera péptica ocorre no estômago ou no duodeno (mais freqüente). Pessoas que sofrem de estresse são mais susceptíveis a úlcera.
15 Hemorrágicas: Relativo à hemorragia, ou seja, ao escoamento de sangue para fora dos vasos sanguíneos.
16 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
17 Síndrome de Mendelson: Síndrome da aspiração ácida, pneumonite por broncoaspiração ou Síndrome de Mendelson é uma pneumonite química. Refere-se à lesão pulmonar aguda causada por aspiração de substâncias tóxicas às vias aéreas inferiores.

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