POSOLOGIA RANIDIN

Atualizado em 28/05/2016
Comprimidos revestidos:
A dose usual é 150 mg, duas vezes ao dia, pela manhã e à noite. Alternativamente, os pacientes com úlcera duodenal1 ou gástrica podem ser tratados com 1 comprimido de 300 mg à noite ao deitar. Não é necessário correlacionar a dose com a hora das refeições. Na maioria dos casos de úlcera duodenal1, úlcera gástrica2 benigna e úlcera3 pós-operatória, a cicatrização ocorre em 4 semanas. Naqueles pacientes em que a úlcera3 não cicatriza completamente nesse período, um prolongamento da terapia por mais 4 semanas, geralmente fará com que isso ocorra. Recomenda-se tratamento de manutenção com posologia reduzida de 1 comprimido de 150 mg ao deitar, para pacientes4 cujas úlceras5 responderam bem à terapia em curto prazo, particularmente aqueles com história de úlcera3 recorrente. No controle da esofagite de refluxo6, o esquema posológico recomendado é de 150 mg, duas vezes ao dia, ou 1 comprimido de 300 mg à noite ao deitar, por até 8 semanas. Em pacientes com Síndrome de Zollinger-Ellison7, a dose inicial é  de  
150 mg, três vezes ao dia, podendo a mesma ser aumentada quando necessária. Pacientes com esta  síndrome8 receberam doses crescentes de até 6 gramas por dia, as quais foram bem toleradas. Para pacientes4 com dispepsia9 episódica crônica, o tratamento recomendado é de 1 comprimido de 150 mg, duas vezes ao dia, até 6 semanas. Qualquer paciente que não responda à terapia ou com recidiva10 neste tempo, deve ser investigado. Nos pacientes com possibilidade de desenvolver síndrome8 de aspiração ácida, pode ser administrada uma dose de 150 mg, duas horas antes da indução da anestesia11 e de preferência, também uma outra de 150 mg na noite anterior.
Em pacientes obstétricos, no começo do trabalho de parto, pode ser administrada uma dose de 150 mg, seguida de 150 mg a cada  6 horas. Como o  esvaziamento gástrico e a absorção de medicamentos estão retardados durante o trabalho de parto, numa situação de anestesia11 geral de emergência12, além do RANIDIN recomenda-se administrar um antiácido13 que não forme partículas (por exemplo, citrato de sódio), antes da indução da anestesia11. Devem ser tomadas também precauções usuais para evitar a aspiração de ácido.
Solução injetável:
Intravenosa lenta (durante 2 minutos): 50 mg (1 ampola), diluídos para um volume de 10 ml (ver compatibilidade), cada  6-8 horas.
Infusão intravenosa: a razão de 25 mg durante 1 ou 2 horas, podendo  conforme a necessidade, ser repetida a intervalos de 6-8 horas.
Injeção intramuscular14 de 50 mg (1 ampola cada 6-8 horas)
Soluções parenterais compatíveis: Cloreto de sódio 0,9%, glicose15 a 5%, bicarbonato de sódio a 4,2% e solução de Hartmann.
As soluções diluídas de Ranidin não utilizadas dentro de 24 horas devem ser descartadas.
Para a prevenção da hemorragia16, no caso de úlcera3 de estresse em pacientes graves ou para profilaxia de sangramento em pacientes com úlcera péptica17, deve-se persistir com a administração parenteral até que seja possível alimentação oral, continuar, se necessário, com o medicamento por via oral.
Nos pacientes propensos a desenvolver síndrome8 de aspiração ácida, aconselha-se a administração de 1 ampola (50mg) via intramuscular ou intravenosa lenta, 40 a 60 minutos antes da indução da anestesia11.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Úlcera duodenal: Lesão na mucosa do duodeno – parte inicial do intestino delgado.
2 Úlcera gástrica: Lesão na mucosa do estômago. Pode ser provocada por excesso de ácido clorídrico produzido pelo próprio estômago ou por medicamentos como antiinflamatórios ou aspirina. É uma doença infecciosa, causada pela bactéria Helicobacter pylori em quase 100 % dos casos.
3 Úlcera: Ferida superficial em tecido cutâneo ou mucoso que pode ocorrer em diversas partes do organismo. Uma afta é, por exemplo, uma úlcera na boca. A úlcera péptica ocorre no estômago ou no duodeno (mais freqüente). Pessoas que sofrem de estresse são mais susceptíveis a úlcera.
4 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
5 Úlceras: Feridas superficiais em tecido cutâneo ou mucoso que podem ocorrer em diversas partes do organismo. Uma afta é, por exemplo, uma úlcera na boca. A úlcera péptica ocorre no estômago ou no duodeno (mais freqüente). Pessoas que sofrem de estresse são mais susceptíveis a úlcera.
6 Esofagite de refluxo: É uma inflamação na mucosa do esôfago (camada que reveste o esôfago) causada pelo refluxo (retorno) do conteúdo gástrico ao esôfago. Se não tratada pode causar danos, desde o estreitamento (estenose) do esôfago - o que irá causar dificuldades na deglutição dos alimentos - até o câncer. Portadores de hérnia do hiato (projeção do estômago para o tórax), obesos, sedentários, fumantes, etilistas, pessoas tensas ou ansiosas têm maior predisposição à esofagite de refluxo.
7 Síndrome de Zollinger-Ellison: Doença caracterizada pelo aumento de produção de gastrina devido à presença de gastrinoma. O gastrinoma (tumor produtor de gastrina) está localizado na maioria das vezes no pâncreas. A hipersecreção de gastrina produz úlceras pépticas, má digestão, esofagite, duodenojejunite e/ou diarréia. Em 20% dos casos está relacionada com neoplasia endócrina múltipla tipo I (NEM I), que acompanha-se na maioria das vezes de hiperparatireiodismo (80%) e em alguns raros casos de insulinomas, glucagomas, VIPomas ou outros tumores.
8 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
9 Dispepsia: Dor ou mal-estar localizado no abdome superior. O mal-estar pode caracterizar-se por saciedade precoce, sensação de plenitude, distensão ou náuseas. A dispepsia pode ser intermitente ou contínua, podendo estar relacionada com os alimentos.
10 Recidiva: 1. Em medicina, é o reaparecimento de uma doença ou de um sintoma, após período de cura mais ou menos longo; recorrência. 2. Em direito penal, significa recaída na mesma falta, no mesmo crime; reincidência.
11 Anestesia: Diminuição parcial ou total da sensibilidade dolorosa. Pode ser induzida por diferentes medicamentos ou ser parte de uma doença neurológica.
12 Emergência: 1. Ato ou efeito de emergir. 2. Situação grave, perigosa, momento crítico ou fortuito. 3. Setor de uma instituição hospitalar onde são atendidos pacientes que requerem tratamento imediato; pronto-socorro. 4. Eclosão. 5. Qualquer excrescência especializada ou parcial em um ramo ou outro órgão, formada por tecido epidérmico (ou da camada cortical) e um ou mais estratos de tecido subepidérmico, e que pode originar nectários, acúleos, etc. ou não se desenvolver em um órgão definido.
13 Antiácido: É uma substância que neutraliza o excesso de ácido, contrariando o seu efeito. É uma base que aumenta os valores de pH de uma solução ácida.
14 Injeção intramuscular: Injetar medicamento em forma líquida no músculo através do uso de uma agulha e seringa.
15 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
16 Hemorragia: Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, para o interstício ou para cavidades pré-formadas do organismo.
17 Úlcera péptica: Lesão na mucosa do esôfago, estômago ou duodeno. Também chamada de úlcera gástrica ou duodenal. Pode ser provocada por excesso de ácido clorídrico produzido pelo próprio estômago ou por medicamentos como antiinflamatórios ou aspirina. É uma doença infecciosa, causada pela bactéria Helicobacter pylori em quase 100% dos casos. Os principais sintomas são: dor, má digestão, enjôo, queimação (azia), sensação de estômago vazio.

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