INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: &NBSP NOVATIV
Inibidores da Monoamino Oxidase:
De acordo com o que fora descrito anteriormente, pode-se concluir que a interação existente entre os inibidores da enzima1 Monoamino Oxidase e o medicamento Sertralina é evidente e deve ser respeitada.
Drogas que se ligam à proteína plasmática:
Devido ao fato da Sertralina se ligar as proteínas2 plasmáticas, a administração de Sertralina em pacientes tomando outra droga que se liga às proteínas2 plasmáticas (varfarina, digoxina) pode causar uma mudança na concentração plasmática, resultando em um efeito adverso.
Depressores do SNC3 e álcool:
A administração concomitante de 200 mg diários de Sertralina não potencializa os efeitos do álcool, carbamazepina, haloperidol ou fenitoína nas atividades psicomotoras e cognitivas em pacientes sadios; entretanto, o uso concomitante de Sertralina e álcool não é recomendado.
Cimetidina:
Em estudo com Sertralina (100 mg) realizado após 8 dias de administração de cimetidina (800 mg diárias), houve um aumento da curva tempo x concentração plasmática - AUC4 - ( 50 % ), Cmáx ( 24%) e tempo de meia - vida ( 26% ), comparado com o grupo em que se administrou placebo5. O significado clínico desta mudança não é conhecida.
Varfarina:
A coadministração de 200 mg diárias de Sertralina e Varfarina resultou em um aumento no tempo de protrombina6, sendo que a significância clínica deste fato é desconhecida. O tempo de protrombina6 deve ser monitorado cuidadosamente, quando a terapia com Sertralina for iniciada ou interrompida.
Lítio:
Recomenda-se cuidado na administração concomitante de Sertralina e lítio, devido ao fato deste poder atuar por mecanismos serotoninérgicos.
Atenolol:
Sertralina (100 mg) quando administrada em 10 indivíduos sadios não produziu efeito no bloqueio b - adrenérgico7 do atenolol.
Drogas serotoninérgicas:
Estudos complementares a respeito da administração concomitante de Sertralina e drogas serotoninérgicas, tais como: triptofano ou fenfluramina, devem ser aperfeiçoados, por isso, esta administração não deve ocorrer.
Drogas metabolizadas por outras enzimas do Citocromo P450 (CYP450): Estudos "in vitro", com Sertralina, indicaram que esta apresenta pouca ou nenhuma atividade inibitória sobre a enzima1 CYP450.
Terapia eletroconvulsiva (TEC):
Não existem estudos clínicos estabelecendo os riscos ou benefícios do uso combinado de TEC e Sertralina.
Digoxina:
Em um controle com placebo5 em voluntários normais, a administração de Sertralina por 17 dias ( 200 mg/dia, nos últimos 10 dias ), não causou mudança no nível de digoxina ou no clearance da digoxina renal8.
Astemizol:
Tem-se observado aumento do número de reações adversas em paciente que fizeram uso simultâneo de Astemizol e inibidores da recaptação de Serotonina como a Sertralina e o Fluconazol, logo, seu uso deve ser feito com cautela.
Indução enzimática microssomal:
A Sertralina não mostrou induzir significantemente as enzimas hepáticas9, quando avaliado pela redução da meia-vida da antipirina.
- REAÇÕES ADVERSAS:
As reações adversas mais comuns são : boca10 seca, náusea11, diarréia12, fezes amolecidas, disfunção sexual masculina (principalmente retardo da ejaculação13), tremor, tontura14, insônia, sonolência, sudorese15 e dispepsia16. As reações adversas de menor freqüência são: parestesia17, hipoestesia18, sintomas19 depressivos, alucinações20, reações agressivas, agitação, ansiedade e psicose21 (estas reações não podem ser distingüidas da história natural da doença de base); elevações assintomáticas nas transaminases séricas - AST e ALT; hiponatremia22 (pode ser reversível quando descontinuado o tratamento, sendo que este caso pode ser devido à síndrome23 de secreção inapropriada do hormônio24 antidiurético). Casos de reações adversas graves foram relatados em pacientes que estavam recebendo Sertralina em associação a um inibidor da MAO25, incluindo IMAO26 seletivo, selegilina, IMAO26 reversível (inibidor reversível da Monoamino Oxidase - RIMA) e moclobemida. Alguns casos apresentaram-se com sinais27 semelhantes à síndrome serotoninérgica28. Casos , algumas vezes fatais, têm sido igualmente relatados com outros antidepressivos durante o tratamento associado a um IMAO26 ou em pacientes que tenham recentemente descontinuado um agente antidepressivo e iniciado terapia com IMAO26. Sintomas19 de interação entre inibidores seletivos da recaptação da Serotonina (ISRS) e IMAO26 incluem hipertermia, rigidez, espasmo29 clônico, instabilidade autonômica com possibilidade de rápidas flutuações dos sinais vitais30, alterações mentais que incluem confusão, irritabilidade e agitação extrema progredindo para delírio31 e coma32.
Perda de peso:
Uma perda significante de peso pode ser um dos resultados do tratamento com Sertralina em muitos pacientes, mas em média, pacientes submetidos à experiência tiveram uma perda mínima de peso. Foram relatados raros casos de interrupção do tratamento por perda de peso.
Efeito uricosúrico fraco:
Sertralina está associada à um significante decréscimo na concentração de ácido úrico, de aproximadamente 7%. O significado clínico deste efeito uricosúrico fraco e desconhecido, não deve ser relatado como falha aguda renal8 com Sertralina.
Ativação de mania/hipomania:
Estudos clínicos realizados revelaram que os casos de mania e hipomania ocorreram em aproximadamente 0,4% dos pacientes tratados com Sertralina.
Hiponatremia22:
Casos severos de hiponatremia22 foram relatados e aparentemente apresentaram-se reversíveis quando o tratamento com Sertralina foi descontinuado. Muitos casos foram, possivelmente devidos à síndrome23 da secreção hormonal antidiurética inapropriada. A maioria dos casos ocorreu em indivíduos idosos, muitos tomando diuréticos33 ou, de outro modo, com volume esgotado.
Convulsões:
O uso de medicamentos antidepressivos gera um risco, em potencial, da ocorrência de convulsões. Devido ao fato de não terem sido realizados estudos com pacientes apresentando distúrbios convulsivos, sua utilização deve ser evitada em pacientes com epilepsia34 instável e pacientes com epilepsia34 controlada devem ser cuidadosamente monitorados. A medicação deve ser descontinuada em qualquer paciente que desenvolva convulsões.
Função plaquetária:
Foram relatados raros casos de alteração da função plaquetária e/ou resultados anormais em estudos laboratoriais com pacientes utilizando Sertralina.
Suicídio:
Uma vez que a possibilidade de uma tentativa de suicídio é inerente à depressão e pode persistir até que uma remissão significativa ocorra, os pacientes devem ser cuidadosamente supervisionados durante o período inicial de terapia.
- POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO:
A dose terapêutica35 usual de Sertralina é de 50 mg em dose única diária. Sendo que, se houver resposta insuficiente à dose terapêutica35 inicial, a mesma poderá ser aumentada até um máximo de 200 mg/dia, em incrementos semanais de 50 mg. A posologia durante a terapia de manutenção prolongada com Sertralina deverá ser mantida com a menor dose eficaz, com subseqüentes ajustes dependendo da resposta terapêutica35.
- SUPERDOSAGEM:
Foram relatados casos de superdosagem com Sertralina, isoladamente, em doses de até 6 g. Bem como, casos de morte envolvendo superdosagem de Sertralina, em associação à outras drogas e/ou álcool. Não foi estabelecida terapia específica para o tratamento de casos de superdosagem com Sertralina. Deve-se utilizar, como atendimento imediato, os seguintes procedimentos: - estabelecer a respiração assistida, assegurar a ventilação36 e a oxigenação; - a utilização de lavagem ou êmese37 pode ser substituída pelo carvão ativado com maior eficácia; - monitoração cardíaca e dos sinais vitais30 devem ser realizados como controle dos sintomas19 e das medidas gerais de suporte; - a utilização de métodos, tais como: diurese38 forçada, diálise39, hemoperfusão, trocas transfusionais, afim de obter uma redução na concentração e evitar a distribuição da Sertralina, não irão surtir efeitos benéficos, visto que a Sertralina é amplamente distribuída.
Advertência e Recomendações para Pacientes40 com Idade Superior a 65 Anos:
O cleareance da Sertralina plasmática em um grupo de 16 (8 mulheres e 8 homens) pacientes idosos tratados por 14 dias com uma dose de 100 mg/dia foi aproximadamente 40% menor que no grupo de jovens estudados (25 a 32 anos) individualmente. Muitos estudos mostraram diminuição do clearance da N-desmetil Sertralina, em pacientes do sexo masculino idosos, mas não em mulheres. O padrão e as incidências de reações adversas nos idosos foram similares aos observados em pacientes mais jovens.
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. "SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA."