
INFORMAÇÕES TÉCNICAS SYMBICORT
CARACTERÍSTICASPropriedades Farmacodinâmicas
SYMBICORT TURBUHALER
Budesonida
A budesonida é um glicocorticosteróide com um elevado efeito antiinflamatório local. A budesonida mostrou exercer efeitos antianafiláticos e antiinflamatórios nos estudos de provocação realizados em animais e em humanos, os quais se manifestaram por redução da obstrução brônquica tanto na fase precoce como tardia de uma reação alérgica1. A budesonida também demonstrou reduzir a reatividade das vias aéreas em pacientes hiperreativos submetidos tanto a provocação direta como indireta. A terapêutica2 com budesonida inalatória demonstrou ser eficaz na prevenção da asma3 induzida por exercício.
Estudos de longo prazo mostram que as crianças e adolescentes tratados com budesonida inalatória atingem, na idade adulta, a sua altura esperada. Porém, foi observada uma pequena redução inicial, mas passageira, no crescimento (aproximadamente 1 cm). Isto geralmente acontece no primeiro ano de tratamento (ver Precauções e Advertências).
Formoterol
O formoterol é um agonista4 beta-2-adrenérgico5 seletivo, que induz o relaxamento do músculo liso6 brônquico em pacientes com obstrução reversível das vias aéreas. O efeito broncodilatador7 manifesta-se muito rapidamente no período de 1-3 minutos após a inalação e a sua duração é de 12 horas após uma dose única.
SYMBICORT TURBUHALER
Foi demonstrado em ensaios clínicos8 que a adição de formoterol à budesonida melhorou os sintomas9 asmáticos e a função pulmonar e reduziu as exacerbações.
O efeito de Symbicort turbuhaler sobre a função pulmonar foi igual ao da associação livre de budesonida e formoterol, em inaladores separados, em adultos, e superior à da budesonida isoladamente, em adultos e crianças. A associação livre de budesonida e formoterol não mascara o início ou gravidade das exacerbações. Não se observaram sinais10 de atenuação do efeito antiasmático no decorrer do tempo.
Propriedades Farmacocinéticas
Symbicort turbuhalere os monoprodutos correspondentes (Pulmicort Turbuhaler e Oxis Turbuhaler) demonstraram ser bioequivalentes em termos da exposição sistêmica da budesonida e do formoterol, respectivamente.
Não foram observados quaisquer sinais10 de interações farmacocinéticas entre a budesonida e o formoterol.
Verificou-se que os parâmetros farmacocinéticos das respectivas substâncias eram comparáveis após a administração de budesonida e formoterol sob a forma de monoprodutos ou como Symbicort turbuhaler.
A budesonida inalatória é rapidamente absorvida e a concentração plasmática máxima é atingida no período de 30 minutos após a inalação.
Os estudos realizados demonstraram que a deposição pulmonar média da budesonida após a inalação pelo Turbuhaler variou entre 32 e 44% da dose liberada. A biodisponibilidade sistêmica é de aproximadamente 49% da dose liberada.
O formoterol inalatório é rapidamente absorvido e a concentração plasmática máxima é atingida 10 minutos após a inalação. Os estudos realizados demonstraram que a deposição pulmonar média de formoterol após a inalação pelo Turbuhaler variou entre 28-49% da dose liberada. A disponibilidade sistêmica é de aproximadamente 61% da dose liberada.
A ligação às proteínas11 plasmáticas é de aproximadamente 50% para o formoterol e de 90% para a budesonida. O volume de distribuição é de aproximadamente 4 L/kg para o formoterol e de 3 L/kg para a budesonida. O formoterol é inativado por reações de conjugação (embora se observe formação de metabólitos12 ativos O-desmetilados e desformilados, estes são essencialmente considerados como conjugados não ativos). A budesonida sofre uma ampla biotransformação (aproximadamente 90%) na primeira passagem pelo fígado13 originando metabólitos12 com uma reduzida atividade glicocorticosteróide. A atividade glicocorticosteróide dos principais metabólitos12, 6-beta-hidroxi-budesonida e 16-alfa-hidroxi-prednisolona, é inferior à 1% daquela da budesonida. Não existem sinais10 de quaisquer interações metabólicas ou de quaisquer reações de deslocamento entre o formoterol e a budesonida.
A dose de formoterol é essencialmente eliminada por metabolismo14 no fígado13 seguida de excreção renal15. Após a inalação, 8-13% da dose liberada de formoterol é excretada não metabolizada através da urina16. O formoterol possui uma elevada depuração sistêmica (cerca de 1,4 L/min) e a sua meia-vida de eliminação terminal é, em média, de 17 horas.
A budesonida é eliminada por metabolismo14, principalmente catalisada pela enzima17 CYP3A4. Os metabólitos12 da budesonida são excretados na urina16 inalterados ou sob a forma conjugada. Apenas pequenas quantidades de budesonida inalterada foram detectadas na urina16. A budesonida possui uma elevada depuração sistêmica (cerca de 1,2 L/min) e a sua meia-vida de eliminação plasmática após administração i.v. é, em média, de 4 horas.
A budesonida tem uma depuração sistêmica de aproximadamente 0,5 L/min em crianças asmáticas de 4-6 anos de idade. As crianças têm uma depuração por kg de peso corpóreo que é aproximadamente 50% maior da de adultos. A meia-vida de eliminação da budesonida, após inalação, é de aproximadamente 2,3 h em crianças asmáticas. a farmacocinética de formoterol em crianças não foi estudada.
A farmacocinética da budesonida ou do formoterol em idosos e em pacientes com insuficiência renal18 é desconhecida. A exposição à budesonida e ao formoterol poderá estar aumentada em pacientes com doença hepática19.
Dados de segurança pré-clínica
A toxicidade20 observada em estudos de experimentação animal realizados com budesonida e formoterol, administrados em associação ou separadamente, foi similar. Os efeitos foram associados às atividades farmacológicas e foram dependentes da dose.
Foi comprovado em estudos de reprodução21 animal que os corticóides, como a budesonida, induzem más-formações (fenda palatina, más-formações esqueléticas). Estes resultados obtidos na experimentação animal não parecem, no entanto, serem relevantes para os humanos nas doses recomendadas (ver Uso durante a gravidez22 e a lactação23). Os estudos de reprodução21 animal realizados com formoterol demonstraram uma ligeira redução da fertilidade nos ratos machos submetidos a exposições sistêmicas elevadas e perdas de implantação, assim como diminuição da sobrevida24 pós-natal precoce e do peso ao nascimento com exposições sistêmicas consideravelmente superiores às atingidas durante a utilização clínica. Contudo, estes resultados obtidos na experimentação animal não parecem ser relevantes para o ser humano.
-Indicações:
Symbicort turbuhalerestá indicado no tratamento regular da asma3 nos casos em que o uso de uma associação (corticosteróide inalatório com um agonista4 beta de ação prolongada) é apropriado.