
PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS BUP
Bup (cloridrato de bupropiona) não deve ser utilizado concomitantemente com outros medicamentos que contenham bupropiona. A dose recomendada de cloridrato de bupropiona não deve ser excedida, uma vez que a bupropiona está associada a um risco de convulsão1 dosedependente.Até as doses diárias máximas recomendadas (150 mg, duas vezes ao dia), a incidência2 de convulsões é de, aproximadamente, 0,1% (1/1000).
O risco de convulsões decorrentes do uso de bupropiona parece estar fortemente associado a fatores de risco predisponentes. Portanto o cloridrato de bupropiona deve ser administrado com extrema precaução em pacientes com uma ou mais condições predisponentes que possam abaixar o limiar da convulsão1. Estas incluem:
. Histórico de traumatismo3 craniano;
. Tumor4 no Sistema Nervoso Central5;
. Histórico de convulsões;
. Administração concomitante de medicamentos que abaixem o limiar da convulsão1.
Além disso, cuidados devem ser redobrados em circunstâncias clinicas associadas ao aumento do risco de convulsões. Estas incluem abuso de álcool, retirada brusca de álcool ou sedativos, diabetes6 tratada com hipoglicemiantes7 ou insulina8 e uso de estimulantes ou produtos anoréticos.
Bup (cloridrato de bupropiona) deve ser descontinuado e não está recomendado em pacientes que tenham desenvolvido episódios convulsivos durante o tratamento.
Bup (cloridrato de bupropiona) deve ser descontinuado se os pacientes apresentarem reações anafiláticas9 ou de hipersensibilidade (exemplos: exantema10 cutâneo11 (rash12 cutâneo11), prurido13, urticária14, edema15 ou dispnéia16), durante o tratamento (Vide item: REAÇÕES ADVERSAS).
No fígado17, a bupropiona é extensamente metabolizada a metabólitos18 ativos, os quais serão posteriormente metabolizados. Não existe diferença estatisticamente significativa na farmacocinética da bupropiona entre pacientes com cirrose19 hepática20 moderada e voluntários saudáveis, entretanto, os níveis plasmáticos de bupropiona apresentaram maior variabilidade entre pacientes individuais. Portanto o cloridrato de bupropiona deve ser usado com precaução em pacientes com insuficiência hepática21 e a redução na freqüência das doses deve ser considerada em pacientes com cirrose19 hepática20 leve à moderada (Vide item: POSOLOGIA e Propriedades farmacocinéticas).
Bup (cloridrato de bupropiona) deve ser utilizado com extremo cuidado em pacientes com cirrose19 hepática20 severa. Nestes pacientes, a freqüência das doses deverá ser reduzida, uma vez que níveis sanguíneos de bupropiona podem mostrar-se substancialmente aumentados, assim podendo ocorrer acúmulo desta substância numa extensão maior que a usual (Vide itens: POSOLOGIA E Propriedades farmacocinéticas).
Todos os pacientes com insuficiência hepática21 devem ser monitorados devido à possibilidade de efeitos adversos, que podem indicar altos níveis da droga ou de seus metabólitos18, tais como insônia, "boca22 seca" e convulsões.
Após a passagem pelo fígado17, os metabólitos18 ativos serão metabolizados e excretados pelos rins23. Portanto, os pacientes com insuficiência renal24 devem iniciar o tratamento com doses reduzidas, uma vez que tanto a bupropiona quanto seus metabólitos18 tendem a se acumular numa extensão maior que a usual, nestes indivíduos. O paciente deve ser cuidadosamente monitorado frente às possíveis reações adversas (por exemplo: insônia, "boca22 seca", convulsões), que poderiam indicar altos níveis da droga ou de seus metabólitos18.
Como a farmacologia25 da bupropiona se assemelha a de alguns outros antidepressivos, há risco de cloridrato de bupropiona precipitar um episódio maníaco, em pacientes com distúrbio bipolar, durante a fase depressiva da doença e de ativar a psicose26 latente em pacientes susceptíveis. Antes de iniciar a terapia combinada27 com Sistemas Transdérmicos de Nicotina (STN),
os médicos devem consultar a bula do STN. Se a terapia combinada27 for usada, o monitoramento para tratamento emergencial no caso de elevação da pressão sanguínea deverá ser recomendado.
Gravidez28 e lactação29: a segurança do uso da bupropiona na gravidez28 humana não foi estabelecida. A avaliação de estudos em animais não indica efeitos prejudiciais diretos ou indiretos em relação ao desenvolvimento embrio-fetal, ao curso da gestação ou ao desenvolvimento peri e pós-natal. Um estudo de fertilidade em ratas não demonstrou evidências de alterações na fertilidade.
Entretanto, como estudos em animais nem sempre são capazes de prever a resposta em humanos, o uso de cloridrato de bupropiona na gravidez28 não é recomendado, a menos que o benefício materno seja maior que o risco potencial para o feto30. Foi demonstrado que a bupropiona e seus metabólitos18 são excretados pelo leite materno; portanto, devido às potenciais reações adversas, recomenda-se que mães que estejam recebendo tratamento com cloridrato de bupropiona não amamentem ao seio31.
Dados de segurança pré-cliníca: Estudos de oncogenicidade em camundongos e ratos confirmam a ausência de carcinogenicidade nestas espécies. Foram observadas alterações hepáticas32 em animais; isto reflete a ação de um indutor de enzima33 hepática20. A administração de doses terapêuticas em humanos não demonstrou evidência de qualquer indução enzimática, o que sugere que os achados hepáticos em animais de laboratório têm apenas importância limitada na avaliação do risco da bupropiona.
Pacientes idosos: a experiência clinica com a bupropiona não demonstrou qualquer diferença na tolerabilidade entre pacientes idosos e outros pacientes. Entretanto, a maior sensibilidade de alguns pacientes idosos não pode ser desconsiderada. Pacientes idosos são mais susceptíveis a apresentar diminuição da função renal34 e por isso podem necessitar de uma redução da freqüência das doses (Vide item: Propriedades farmacocinéticas).
Efeitos na capacidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas: Como ocorre com outras substâncias que atuam no Sistema Nervoso Central5, a bupropiona pode afetar a capacidade de desenvolver tarefas que requeiram raciocínio, orientação e/ou habilidades cognitivas. Desta forma, os pacientes devem ter cuidado ao dirigir veículos e/ou operar máquinas, até que estejam certos de que cloridrato de bupropiona não afetou adversamente sua performance.