CARACTERÍSTICAS MALEATO DE TIMOLOL 0,5%

Atualizado em 28/05/2016

O maleato de timolol reduz a pressão intra-ocular elevada e normal, associada ou não com glaucoma1.
O maleato de timolol é um bloqueador não seletivo dos receptores beta-adrenérgicos2, que reduz a pressão intra-ocular sem apresentar atividade simpatomimética intrínseca, depressora miocárdica direta ou anestésica local (estabilizadora de membrana) significativas.
O início de ação do maleato de timolol é geralmente rápido, ocorrendo aproximadamente 20 minutos após a aplicação tópica.
A redução máxima de pressão intra-ocular ocorre geralmente após 1 a 2 horas e o efeito permanece no decorrer de 24 horas, o que permite o controle da pressão intra-ocular no período de sono.
Repetidas observações no decorrer do período de três anos indicam que o efeito redutor da pressão intra-ocular do maleato de timolol é bem mantido.
O mecanismo preciso de ação redutora da pressão intra-ocular do maleato de timolol ainda não está claramente estabelecido, embora um estudo de fluoresceína e estudos tonográficos indiquem que sua ação predominante possa estar relacionada com uma formação reduzida de humor aquoso3. Entretanto, em alguns estudos, foi também observado um ligeiro aumento na facilidade de escoamento.
Ao contrário dos mióticos, o maleato de timolol reduz a pressão intra-ocular com pouco ou nenhum efeito na acomodação ou no tamanho pupilar. Portanto, as alterações da acuidade visual4 devido à acomodação aumentada são incomuns; a visão5 turva ou embaçada e a cegueira noturna produzidas pelos mióticos não são evidentes. Além disso, em pacientes com catarata6, a incapacidade de ver ao redor das opacidades lenticulares quando a pupila está contraída por mióticos é evitada. Quando a terapêutica7 for substituída de mióticos por maleato de timolol, pode ser necessária uma refração, assim que os efeitos dos mióticos tiverem desaparecido.
Em estudos clínicos, o maleato de timolol geralmente foi eficaz em mais pacientes e produziu efeitos colaterais8 menos severos e em menor quantidade do que a pilocarpina ou a epinefrina.
Assim como ocorre com o uso de outras drogas antiglaucomatosas, foi relatada, em alguns pacientes, resposta reduzida ao maleato de timolol, após terapêutica7 prolongada. Contudo, em um estudo de longo prazo no qual 164 pacientes foram observados por pelo menos 3 anos, não foi registrada diferença significativa na pressão intra-ocular média após a estabilização inicial.
O maleato de timolol tem sido também usado em pacientes com glaucoma1 usando lentes de contato duras convencionais e tem sido geralmente bem tolerado.
O maleato de timolol não foi estudado em pacientes em uso de lentes feitas de material que não o polimetilmetacrilato.

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Complementos

1 Glaucoma: É quando há aumento da pressão intra-ocular e danos ao nervo óptico decorrentes desse aumento de pressão. Esses danos se expressam no exame de fundo de olho e por alterações no campo de visão.
2 Adrenérgicos: Que agem sobre certos receptores específicos do sistema simpático, como o faz a adrenalina.
3 Humor aquoso: Fluido aquosa e claro que preenche as câmaras anterior e posterior do olho. Apresenta um índice de refração menor que o cristalino, o qual está envolvido pelo humor aquoso, e está relacionado com o metabolismo da córnea e do cristalino.
4 Acuidade visual: Grau de aptidão do olho para discriminar os detalhes espaciais, ou seja, a capacidade de perceber a forma e o contorno dos objetos.
5 Visão: 1. Ato ou efeito de ver. 2. Percepção do mundo exterior pelos órgãos da vista; sentido da vista. 3. Algo visto, percebido. 4. Imagem ou representação que aparece aos olhos ou ao espírito, causada por delírio, ilusão, sonho; fantasma, visagem. 5. No sentido figurado, concepção ou representação, em espírito, de situações, questões etc.; interpretação, ponto de vista. 6. Percepção de fatos futuros ou distantes, como profecia ou advertência divina.
6 Catarata: Opacificação das lentes dos olhos (opacificação do cristalino).
7 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
8 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.

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