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Atualizado em 28/05/2016
Mecanismo de Ação O furoato de fluticasona é um costicosteróide trifluorado sintético que possui uma afinidade muito alta com o receptor de glicocorticóides e tem uma potente ação antinflamatória.
Farmacocinética
Absorção

O furoato de fluticasona sofre extenso metabolismo1 de primeira passagem e absorção incompleta no fígado2 e intestinos3, resultando em exposição sistêmica insignificante. A dosagem intranasal de 110 microgramas uma vez ao dia normalmente não resulta em concentrações plasmáticas mensuráveis (< 10 pg/ml). A biodisponibilidade absoluta para o furoato de fluticasona administrado na dose de 880 microgramas três vezes ao dia (dose diária total de 2640 microgramas) é de 0,50%.
Distribuição
A ligação de furoato de fluticasona à proteínas4 plasmáticas é superior a 99%. A distribuição do furoato de fluticasona é ampla, com um volume de distribuição no estado de equilíbrio de, em média, 608 litros.
Metabolismo1
O furoato de fluticasona é rapidamente eliminado (clearance plasmático total de 58,7 litros/hora) da circulação5 sistêmica principalmente por metabolismo1 hepático para um metabólito6 17ß-carboxílico inativo (GW694301X), pela enzima7 CYP3A4 do citocromo P450. A principal via de metabolismo1 foi a hidrólise da função de S-fluorometil carbotioato para formar o metabólito6 de ácido 17ß-carboxílico. Estudos in vivo não revelaram nenhuma evidência de clivagem da porção furoato para formar fluticasona.
Eliminação
A eliminação ocorre principalmente pela via fecal, após administração oral e intravenosa, o que indica excreção de furoato de fluticasona e seus metabólitos8 através da bile9. Após administração intravenosa, a meia-vida da fase de eliminação foi, em média, de 15,1 horas. A excreção urinária contribui com aproximadamente 1% e 2% da dose administrada por via oral e intravenosa, respectivamente.
Populações Especiais de Pacientes Idosos
Dados farmacocinéticos foram obtidos de um pequeno número de pacientes idosos (n=23/872; 2,6%). Não houve evidências de uma incidência10 mais alta de pacientes com concentrações quantificáveis de furoato de fluticasona na população de idosos, em comparação com indivíduos mais jovens.
Crianças
O furoato de fluticasona em geral não é quantificável (< 10 pg/ml) após administração intranasal de 110 microgramas uma vez ao dia. Níveis quantificáveis foram observados em menos de 16% dos pacientes pediátricos após administração intranasal de 110 microgramas uma vez ao dia e em menos de 7% dos pacientes pediátricos após a administração de 55 microgramas uma vez ao dia. Não houve evidências de uma incidência10 mais alta de níveis quantificáveis de furoato de fluticasona em crianças mais jovens (menores de 6 anos de idade).
Insuficiência renal11
O furoato de fluticasona não é detectável na urina12 de voluntários sadios após a administração intranasal. Menos de 1% de material relacionado à dose é eliminado na urina12 e, portanto, não se espera que insuficiência renal11 afete a farmacocinética do furoato de fluticasona. Insuficiência hepática13 Um estudo com uma dose única de 400 microgramas de furoato de fluticasona inalado oral em pacientes com insuficiência hepática13 moderada resultou em aumento de Cmax (42%) e AUC0-8 (172%), em comparação com indivíduos sadios. De acordo com esse estudo, não se espera que a exposição média prevista para 110 microgramas de furoato de fluticasona intranasal em pacientes com insuficiência hepática13 moderada resulte em supressão do cortisol. Portanto, não há previsão de que insuficiência hepática13 moderada resulte em um efeito clinicamente relevante com a dose normal para adultos.
Outros aspectos farmacocinéticos
O furoato de fluticasona normalmente não é quantificável (< 10 pg/ml) após administração intranasal de 110 microgramas uma vez ao dia. Níveis quantificáveis foram observados em menos de 31% dos pacientes com idade a partir de 12 anos e em menos de 16% dos pacientes pediátricos após administração intranasal de 110 microgramas uma vez ao dia. Não houve evidências de influência do sexo, da idade (incluindo pacientes pediátricos) ou da etnia em indivíduos com níveis quantificáveis, em comparação com aqueles sem concentrações quantificáveis do fármaco14.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
2 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
3 Intestinos: Seção do canal alimentar que vai do ESTÔMAGO até o CANAL ANAL. Inclui o INTESTINO GROSSO e o INTESTINO DELGADO.
4 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
5 Circulação: 1. Ato ou efeito de circular. 2. Facilidade de se mover usando as vias de comunicação; giro, curso, trânsito. 3. Movimento do sangue, fluxo de sangue através dos vasos sanguíneos do corpo e do coração.
6 Metabólito: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
7 Enzima: Proteína produzida pelo organismo que gera uma reação química. Por exemplo, as enzimas produzidas pelo intestino que ajudam no processo digestivo.
8 Metabólitos: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
9 Bile: Agente emulsificador produzido no FÍGADO e secretado para dentro do DUODENO. Sua composição é formada por s ÁCIDOS E SAIS BILIARES, COLESTEROL e ELETRÓLITOS. A bile auxilia a DIGESTÃO das gorduras no duodeno.
10 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
11 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
12 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
13 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
14 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.

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