INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE CLORIDRATO DE GRANISETRONA
Características farmacológicasCloridrato de granisetrona, que constitui-se em um potente antiemético1 e antagonista2 altamente seletivo dos receptores de 5-hidroxitriptamina (5-HT3). Estudos com substâncias marcadas radioativamente demonstraram que cloridrato de granisetrona possui uma afinidade insignificante com outros tipos de receptores, incluindo sítios de ligação de 5-HT e dopamina3 D2.
Cloridrato de granisetrona é eficaz por via intravenosa, quer seja profilaticamente ou por intervenção, em eliminar a ânsia e vômito4 provocados pela administração de drogas citotóxicas ou por irradiação-X de corpo inteiro.
Cloridrato de granisetrona é eficaz, por via intravenosa, na prevenção e tratamento de náusea5 e vômito4 pós-operatórios.
Cloridrato de granisetrona não afetou os níveis plasmáticos de prolactina6 ou aldosterona.
A absorção de cloridrato de granisetrona é rápida e completa. Cloridrato de granisetrona é extensivamente distribuído, com um volume médio de distribuição de aproximadamente 3 L/kg; a ligação a proteínas7 plasmáticas é de aproximadamente 65%.
As vias de biotransformação envolvem N-desmetilação e oxidação do anel aromático, seguidas por conjugação.
O clearance de eliminação é predominantemente por metabolismo8 hepático. A excreção urinária de cloridrato de granisetrona inalterado corresponde em média a 12% da dose, enquanto a excreção de quantidades de metabólitos9 corresponde a cerca de 47% da dose. O restante é eliminado pelas fezes como metabólitos9. A meia-vida plasmática é de aproximadamente 9 horas, com uma ampla variação interindividual.
A farmacocinética de cloridrato de granisetrona intravenoso não demonstrou desvios marcantes da farmacocinética linear em doses de até 4 vezes a dose clínica recomendada.
A concentração plasmática de cloridrato de granisetrona não está claramente correlacionada com a eficácia antiemética. O benefício clínico pode ser conseguido mesmo quando cloridrato de granisetrona não é detectável no plasma10.
Em pacientes idosos, após doses intravenosas únicas, os parâmetros farmacocinéticos ficaram dentro da faixa encontrada em pacientes não-idosos. Em pacientes com insuficiência renal11 grave, os dados indicam que os parâmetros farmacocinéticos após uma dose intravenosa única são geralmente similares àqueles em pacientes normais. Em pacientes com insuficiência hepática12 devido ao envolvimento neoplásico13 do fígado14, o clearance plasmático total de uma dose intravenosa foi de aproximadamente a metade, em comparação a pacientes sem envolvimento hepático. A despeito destas alterações, nenhum ajuste da dose é necessário.
Em crianças, após doses intravenosas únicas, a farmacocinética é similar a de adultos, quando os parâmetros apropriados (volume de distribuição, clearance plasmático total) são normalizados pelo peso corporal.