
PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS DÁIVA
Antes de iniciar o emprego de Dáiva (algestona acetofenida + enantato de estradiol), ou qualquer outro contraceptivo hormonal, assim como periodicamente durante o seu uso, recomenda-se um exame geral completo, com minuciosa investigação ginecológica. Deve-se dedicar atenção especial à pressão arterial1, mamas2, abdome3 e órgãos pélvicos4, incluindo esfregaço de Papanicolau5. Deve-se evitar o uso do produto em adolescentes que ainda não apresentem ciclos menstruais em ritmo regular.Dáiva (algestona acetofenida + enantato de estradiol) inibe a ovulação6 de maneira transitória e não é causa de esterilidade7 a posteriori. No entanto, deve-se ter em conta que, como ocorre com outros anticoncepcionais hormonais, o ciclo ovuIatório natural pode ser interrompido por 2 a 3 meses após a suspensão do tratamento.
Nos seguintes casos, o risco de uso de Dáiva (algestona acetofenida + enantato de estradiol) geralmente supera os benefícios: fumante intensa (> 20 cigarros por dia) com mais de 35 anos de idade; amamentação8 (6 semanas a 6 meses pósparto);< 21 dias pós-parto e não amamentando; antecedentes de câncer9 de mama10; sangramento vaginal de causa desconhecida; antecedentes de hipertensão11 grave; hiperlipidemias conhecidas; uso de certos antibióticos e anticonvulsivantes (vide interações medicamentosas); cirrose12 grave (descompensada); tumores malignos de fígado13. Nestes casos, o uso da droga requer cuidadoso julgamento clínico, levando-se em conta a gravidade do caso e a disponibilidade, praticidade e aceitabilidade de métodos alternativos de contracepção14, bem como rigoroso acompanhamento médico.
Por outro lado, há condições que não restringem o uso de contraceptivos combinados injetáveis, tais como: Dáiva (algestona acetofenida + enantato de estradiol). Nestas condições, os benefícios do uso de Dáiva (algestona acetofenida + enantato de estradiol) geralmente superam os potenciais riscos para a paciente. Entretanto, um rigoroso acompanhamento médico é indispensável quando se usa Dáiva (algestona acetofenida + enantato de estradiol) em pacientes nas seguintes condições: idade acima de 40 anos; fumantes com menos de 35 anos de idade ou fumante leve com mais de 35 anos; cefaléias15 (incluindo enxaqueca16 sem sintoma17 neurológico focal); amamentação8 (> 6 meses pós-parto); doença mamária não diagnosticada; neoplasia18 cervical intraepitelial ou câncer9; histórico de colestase19 (gravidez20, relacionada a contraceptivos combinados orais ou injetáveis). Em um restrito grupo de mulheres susceptíveis, a coIestase relacionada ao uso
de contraceptivos orais combinados no passado pode predizer uma futura coIestase relacionada com estrógeno21; doença do trato biliar22 em curso ou antecedente; cirrose12 moderada (compensada); doença valvular do coração23 sem complicações; hipertensão11 moderada; tromboflebite24 superficial; talassemia25; anemia falciforme26; diabetes27 sem complicações; cirurgias grandes sem imobilização prolongada.
O uso destes medicamentos pode afetar avaliações endócrinas e, possivelmente, testes da função hepática28. Portanto, se esses testes estiverem anormais em uma paciente, o uso do produto deve ser descontinuado e os testes repetidos 2 meses após a suspensão. As pacientes usuárias do medicamento podem apresentar distúrbios do metabolismo29 do triptofano, o que pode resultar em relativa deficiência de piridoxina; não obstante, o significado clínico deste evento ainda não foi determinado. Os níveis séricos de folatos podem ser deprimidos pelo uso do medicamento. Mulheres que engravidam pouco depois de interromper o uso de contraceptivos hormonais têm maior probabilidade de desenvolver deficiência de folato e complicações a eles atribuídas. Pacientes com antecedentes de depressão psíquica devem ser cuidadosamente observadas e o uso do medicamento ser descontinuado se a depressão reaparecer em grau importante. As associações de estrógeno21 com gestágeno podem apresentar efeitos sobre o metabolismo29 dos hidratos de carbono e dos lipídios (diminuição da tolerância à glicose30; aIteração dos níveis séricos de triglicérides31, de fosfoIipídios, de diversas frações de coIesteroI, etc). Por este motivo, a administração de Dáiva (algestona acetofenida + enantato de estradiol) ou de outros anticoncepcionais hormonais a mulheres portadoras de diabete, pré-diabete ou dislipidemias requer controle e vigilância contínua. Está bem estabelecido um aumento do risco de doenças trombóticas32 e tromboembólicas associado ao uso de anovulatórios em geral.
O médico deve estar alerta às manifestações precoces destes distúrbios (p.ex. tromboflebites33, embolia34 pulmonar, ocIusão coronariana, etc). Em casos de suspeita de alguma dessas manifestações, o uso do medicamento deve ser interrompido.
O hábito de fumar aumenta o risco de efeitos adversos cardiovasculares sérios dos anovulalórios. Este risco aumenta com a idade e o fumo intenso (15 ou mais cigarros por dia) e é mais acentuado em mulheres acima de 35 anos de idade.
Recomenda-se que as mulheres tratadas com contraceptivos hormonais de qualquer tipo não fumem.
Foi relatado um aumento da pressão arterial1 em pacientes tomando anovulatórios, podendo em algumas mulheres ocorrer hipertensão11 poucos meses após o início do uso de tais produtos.
Também aumenta o risco de doenças da vesícula biliar35 em usuárias de anovulatórios ou de estrógenos. Relata-se um risco de complicações tromboembólicas pós-cirúrgicas 4 a 6 vezes maior em usuárias de anovulatórios. Por este motivo, sempre que possível, o uso do medicamento deve ser descontinuado pelo menos 1 mês antes de uma cirurgia associada a risco aumentado de tromboembolismo36.
Gravidez20 e lactação37
Contraindicado na gravidez20. Pouco se sabe sobre efeitos ao feto38 se forem usados contraceptivos injetáveis combinados durante a gravidez20.
A administração de anovulatórios no período pós-parto pode interferir com a Iactação; pode ocorrer uma diminuição na quantidade e na qualidade do leite materno. Além disso, identificou-se uma pequena fração dos componentes hormonais dos anovulatórios no leite das mães que os utilizaram; entretanto, um efeito sobre a criança amamentada, se existente, não foi constatado.
Em aproximadamente 3 semanas após o parto, a coagulação39 sanguínea e a fibrinólise40 normalizam-se essencialmente e o Dáiva (algestona acetofenida + enantato de estradiol) pode normalmente ser usado a partir daí em mulheres que não estejam amamentando.
" Este medicamento causa malformação41 ao bebê durante a gravidez20."