POSOLOGIA DICLORIDRATO DE LEVOCETIRIZINA

Atualizado em 28/05/2016

O comprimido é administrado por via oral, sendo engolido com a ajuda de líquidos, podendo ser administrado com ou sem alimentos. Recomenda-se que a dose diária seja administrada de uma só vez.

Uso em adultos e adolescentes a partir de 12 anos: A dose diária recomendada é de 5 mg (1 comprimido ao dia).

Crianças de 6 a 12 anos: A dose diária recomendada é de 5 mg (1 comprimido ao dia). Para crianças menores de 6 anos, todavia não é possível ajustar a dose em função do peso.

Uso em idosos: Recomenda-se ajustar a dose em idosos com insuficiência renal1 de leve a moderada (ver Uso em pacientes com Insuficiência Renal1).

Uso em pacientes com insuficiência renal1: Os intervalos de dose devem ser individualizados de acordo com a função renal2. Consulte a seguinte tabela e ajuste a dose de acordo com o procedimento. Para utilizar esta dosificação, é preciso dispor de uma estimativa do clearance da creatinina3 (CLcr) do paciente, em ml/min. O valor de CLcr (em ml/min) pode ser estimado a partir da determinação de creatinina3 no soro4 (mg/dl5) mediante a seguinte fórmula:


CLcr = [140 – idade (anos)] x peso (kg) (x 0,85 para mulheres)

                          72 x creatinina3 no soro4 (mg/dl5)


Ajuste da dose em pacientes com insuficiência renal1:


Uso em pacientes com insuficiência hepática6: Não é preciso ajustar a dose em pacientes que tenham insuficiência hepática6 somente.

Recomenda-se ajustar a dose em pacientes que tenham insuficiência hepática6 e renal2 (ver acima, “Uso em pacientes com insuficiência7 renal”).

Duração do Tratamento: A duração do tratamento depende do tipo, duração e curso dos sintomas8. Para a rinite9 alérgica sazonal aguda ou febre do feno10, de 3 a 6 semanas, e no caso de exposições ao pólen durante certos períodos de tempo, uma semana pode ser suficiente. Atualmente, dispõe-se de experiência clínica com comprimidos revestidos de 5 mg de levocetirizina durante um período de tratamento de 4 semanas. Para urticária11 crônica e rinite9 alérgica crônica existem experiências clínicas de até um ano com o composto racêmico12, e até 18 meses em pacientes com prurido13 associado com dermatite14 atópica.


- ADVERTÊNCIAS:

Não se recomenda a utilização de dicloridrato de levocetirizina em crianças menores de seis (6) anos, já que os comprimidos disponíveis não permitem o ajuste da dose. Recomenda-se precaução da ingestão concomitante com álcool (ver Interações).

Os pacientes com raros problemas hereditários de intolerância à galactose15, deficiência de lactose16 ou má absorção de glicose17-galactose15, não devem fazer uso deste medicamento.

Uso na gravidez18 e lactação19: Os dados disponíveis sobre um número de grávidas avaliadas indicam que a cetirizina não possui efeitos adversos sobre a gravidez18 ou sobre a saúde20 do feto21 ou recém-nascido.

Até o momento, não se dispõe de dados epidemiológicos relevantes.

Também não se dispõe de dados clínicos da utilização de levocetirizina em mulheres grávidas.

Estudos realizados em animais não indicaram efeitos nocivos diretos ou indiretos sobre a gravidez18, desenvolvimento embrionário ou fetal, parto ou desenvolvimento no pós-natal. Deve-se tomar as precauções necessárias ao se prescrever o produto.

Não se recomenda o uso da levocetirizina durante o período de amamentação22, pois a levocetirizina pode ser excretada pelo leite materno, a menos que o benefício para a mãe seja maior que qualquer risco teórico para a criança.

Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas: Estudos clínicos comparativos não demonstraram evidências que a levocetirizina, produza alterações da atenção, na capacidade de reação e na habilidade para conduzir máquinas.

Contudo, recomenda-se que os pacientes que venham a conduzir veículos ou utilizar máquinas potencialmente perigosas que exijam atenção, não devam superar as doses recomendadas, e devam levar em conta sua resposta ao fármaco23. Em pacientes sensíveis, o uso concomitante com álcool ou outros depressores do SNC24 pode produzir uma redução adicional do estado de alerta e do rendimento.


DURANTE O TRATAMENTO, O PACIENTE NÃO DEVE DIRIGIR VEÍCULOS OU OPERAR MÁQUINAS, POIS SUA HABILIDADE E ATENÇÃO PODEM ESTAR PREJUDICADAS.


- USO EM IDOSOS, CRIANÇAS E OUTROS GRUPOS DE RISCO:

Dicloridrato de levocetirizina pode ser utilizado por pacientes idosos, com idade acima de 65 anos, desde que se observem as precauções comuns ao mesmo. Em pacientes idosos com insuficiência renal1 a dose deve ser ajustada de acordo com a necessidade do paciente.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
2 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
3 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
4 Soro: Chama-se assim qualquer líquido de características cristalinas e incolor.
5 Mg/dL: Miligramas por decilitro, unidade de medida que mostra a concentração de uma substância em uma quantidade específica de fluido.
6 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
7 Insuficiência: Incapacidade de um órgão ou sistema para realizar adequadamente suas funções.Manifesta-se de diferentes formas segundo o órgão comprometido. Exemplos: insuficiência renal, hepática, cardíaca, respiratória.
8 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
9 Rinite: Inflamação da mucosa nasal, produzida por uma infecção viral ou reação alérgica. Manifesta-se por secreção aquosa e obstrução das fossas nasais.
10 Febre do Feno: Doença polínica, polinose, rinite alérgica estacional ou febre do feno. Deve-se à sensibilização aos componentes de polens, sendo que os alérgenos de pólen provocam sintomas clínicos quando em contato com a mucosa do aparelho respiratório e a conjuntiva de indivíduos previamente sensibilizados.
11 Urticária: Reação alérgica manifestada na pele como elevações pruriginosas, acompanhadas de vermelhidão da mesma. Pode afetar uma parte ou a totalidade da pele. Em geral é autolimitada e cede em pouco tempo, podendo apresentar períodos de melhora e piora ao longo de vários dias.
12 Racêmico: Que não desvia o plano da luz polarizada (diz-se de isômero óptico).
13 Prurido: 1.    Na dermatologia, o prurido significa uma sensação incômoda na pele ou nas mucosas que leva a coçar, devido à liberação pelo organismo de substâncias químicas, como a histamina, que irritam algum nervo periférico. 2.    Comichão, coceira. 3.    No sentido figurado, prurido é um estado de hesitação ou dor na consciência; escrúpulo, preocupação, pudor. Também pode significar um forte desejo, impaciência, inquietação.
14 Dermatite: Inflamação das camadas superficiais da pele, que pode apresentar-se de formas variadas (dermatite seborreica, dermatite de contato...) e é produzida pela agressão direta de microorganismos, substância tóxica ou por uma resposta imunológica inadequada (alergias, doenças auto-imunes).
15 Galactose: 1. Produção de leite pela glândula mamária. 2. Monossacarídeo usualmente encontrado em oligossacarídeos de origem vegetal e animal e em polissacarídeos, usado em síntese orgânica e, em medicina, no auxílio ao diagnóstico da função hepática.
16 Lactose: Tipo de glicídio que possui ligação glicosídica. É o açúcar encontrado no leite e seus derivados. A lactose é formada por dois carboidratos menores, chamados monossacarídeos, a glicose e a galactose, sendo, portanto, um dissacarídeo.
17 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
18 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
19 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
20 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
21 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
22 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.
23 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.
24 SNC: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.

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