RESULTADOS DE EFICÁCIA MESILATO DE DOXAZOSINA
Hiperplasia1 Prostática Benigna
A doxazosina tem mostrado ser um bloqueador efetivo do subtipo 1A dos receptores alfa-1-adrenérgicos2, que correspondem a mais de 70% dos subtipos existentes na próstata3. Devido a este fato, a doxazosina é eficaz em pacientes com HPB.
A doxazosina tem demonstrado eficácia e segurança estáveis em tratamentos prolongados (acima de 48 meses) de pacientes com HPB.
Foi demonstrado em um estudo duplo-cego4 e placebocontrolado com 900 pacientes com HPB que mesilato de doxazosina é superior ao placebo5 na melhora dos sintomas6 e do fluxo urinário. Alívio significativo foi verificado já em 1 semana de tratamento com mesilato de doxazosina: os pacientes tratados (n= 173) apresentaram aumento significativo (p < 0,01) na velocidade de fluxo de 0,8 mL/segundo, comparado a uma diminuição de 0,5 mL/segundo no grupo placebo5 (n= 41). Em estudos de longa duração, a melhora foi mantida por até 2 anos de tratamento. Em 66-71% dos pacientes, melhora acima do nível basal foi observada nos sintomas6 e na velocidade do fluxo urinário.
Em um estudo de dose fixa, a terapia com mesilato de doxazosina resultou em melhora significativa e estável na velocidade de fluxo urinário de 2,3-3,3 mL/segundo, comparada ao placebo5 (0,1 mL/segundo). Neste estudo, a única avaliação na qual foram feitas verificações semanais, melhoras significativas de mesilato de doxazosina em relação ao placebo5 foram observadas em uma semana. A proporção de pacientes que responderam com melhora máxima na velocidade de fluxo maior ou igual a 3 mL/segundo foram bem maiores com mesilato de doxazosina (34-42%) do que com placebo5 (13-17%). Melhora significativamente maior também foi verificada na velocidade média de fluxo com mesilato de doxazosina (1,6 mL/segundo) em relação ao placebo5 (0,2 mL/segundo).
Hipertensão7
Ao contrário dos agentes bloqueadores alfa-adrenérgicos2 não-seletivos, não foi observado o aparecimento de tolerância na terapia a longo prazo. Taquicardia8 e elevação de renina plasmática têm sido observadas esporadicamente na terapia de manutenção.
A doxazosina produz efeitos favoráveis nos lípides plasmáticos, com aumento significativo na relação HDL9/colesterol10 total e reduções significativas nos triglicérides11 e colesterol10 total.
Oferece assim uma vantagem sobre os diuréticos12 e betabloqueadores, que afetam estes parâmetros de maneira adversa. Com base na associação já estabelecida de hipertensão7 e lípides plasmáticos com doença coronariana13, os efeitos favoráveis da terapia com doxazosina, tanto sobre a pressão sangüínea14 como sobre os lípides, indicam uma redução no risco de aparecimento de doença cardíaca coronariana.
O tratamento com doxazosina tem resultado em regressão da hipertrofia15 ventricular esquerda, inibição de agregação plaquetária e estímulo da capacidade ativadora de plasminogênio tecidual. Além disto, a doxazosina melhora a sensibilidade à insulina16 em pacientes com este tipo de comprometimento.
A doxazosina mostrou-se desprovida de efeitos metabólicos adversos e é adequada para uso em pacientes com asma17, diabetes18, disfunção do ventrículo esquerdo, gota19 e pacientes idosos.
Um estudo in vitro demonstrou as propriedades antioxidantes dos metabólitos20 hidroxilados 6'- e 7'- da doxazosina, na concentração de 5 ìM.
Em um estudo clínico controlado com pacientes hipertensos, o tratamento com doxazosina foi associado a uma melhora na disfunção erétil. Além disso, os pacientes que receberam doxazosina apresentaram um menor número de novos casos de disfunção erétil do que os pacientes tratados com outros agentes anti-hipertensivos.