RESULTADOS DE EFICÁCIA BRATOR
Hipertensão1
A administração de BRATOR em pacientes com hipertensão1 ocasiona redução da pressão arterial2 sem alterar a frequência cardíaca.
Na maioria dos pacientes, após a administração de uma dose oral única, o início da atividade anti-hipertensiva ocorre dentro de duas horas e o pico de redução da pressão arterial2 é atingido em 4 - 6 horas. O efeito anti-hipertensivo persiste por 24 horas após a administração. Durante administrações repetidas, a redução máxima da pressão arterial2 com qualquer dose é geralmente atingida em 2 - 4 semanas e se mantém durante a terapêutica3 a longo prazo. Em associação com hidroclorotiazida, obtém-se uma redução adicional significativa na pressão arterial2.
A retirada abrupta de BRATOR não foi associada com hipertensão1 de rebote ou outro efeito clínico adverso.
Em estudos de doses múltiplas em pacientes hipertensos, valsartana não demonstrou efeitos significativos sobre as dosagens do colesterol4 total, dos triglicérides5 em jejum, da glicemia de jejum6 ou do ácido úrico.
Insuficiência cardíaca7
Hemodinâmica8 e neuro-hormônios
A hemodinâmica8 e os neuro-hormônios plasmáticos foram medidos em pacientes com insuficiência cardíaca7 classe II - IV da NYHA (New York Heart Association) com pressão capilar9 pulmonar ≥ 15 mmHg em 2 estudos de tratamento crônico10 de curta duração. Em um estudo, que incluiu pacientes cronicamente tratados com inibidores da ECA, doses únicas e múltiplas de valsartana administradas em combinação com inibidores da ECA melhoraram a hemodinâmica8, incluindo a pressão capilar9 pulmonar (PCP), a pressão diastólica11 da artéria pulmonar12 (PDAP) e a pressão arterial sistólica13 (PAS). Foi observada uma redução nos níveis da aldosterona plasmática (AP) e da noradrenalina14 plasmática (NP) após 28 dias de tratamento. No segundo estudo, que incluiu somente pacientes não tratados com inibidores da ECA por pelo menos 6 meses antes da inclusão, a valsartana melhorou significativamente a PCP, a resistência vascular15 sistêmica (RVS), o débito cardíaco16 (DC) e a PAS após 28 dias de tratamento. No estudo a longo prazo Val-HeFT, a noradrenalina14 plasmática e o peptídeo cerebral natriurético (PCN) foram significativamente reduzidos em relação a fase inicial no grupo valsartana quando comparado ao placebo17.
Morbidade18 e mortalidade19
O Val-HeFT foi um estudo multinacional, randomizado20 e controlado onde se comparou valsartana ao placebo17 na morbidade18 e mortalidade19 de pacientes com insuficiência cardíaca7 classe II (62%), III (36%) e IV (2%) da NYHA recebendo terapêutica3 usual e com fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) < 40% e diâmetro diastólico interno do ventrículo esquerdo (DDIVE) > 2.9 cm/m2. Foram incluídos 5.010 pacientes no estudo em 16 países, que foram randomizados para receber valsartana ou placebo17 em adição à todas as outras terapêuticas apropriadas incluindo os inibidores da ECA (93%), os diuréticos21 (86%), a digoxina (67%) e os betabloqueadores (36%). A duração média do acompanhamento foi de aproximadamente dois anos. A dose média diária de valsartana no estudo Val-HeFT foi de 254 mg. O estudo teve 2 desfechos primários: mortalidade19 por todas as causas (tempo até o óbito22) e a morbidade18 da insuficiência cardíaca7 (tempo até o primeiro evento mórbido) definido como morte, morte súbita com ressuscitação, hospitalização por insuficiência cardíaca7, ou administração intravenosa de drogas inotrópicas ou vasodilatadoras por quatro horas ou mais sem hospitalização. Mortalidade19 por todas as causas foi similar nos grupos tratados com valsartana e com placebo17. A morbidade18 foi significativamente reduzida em 13,2% com a valsartana comparado ao placebo17. O principal benefício foi uma redução de 27,5% no risco para o tempo até a primeira hospitalização por insuficiência cardíaca7. Os maiores benefícios foram nos pacientes que não estavam recebendo um inibidor da ECA ou um betabloqueador. Entretanto, reduções de risco favorecendo o placebo17 foram observadas para aqueles pacientes tratados com a tripla combinação de um betabloqueador, um inibidor da ECA e um bloqueador do receptor de angiotensina II, valsartana. Estudos adicionais como o VALIANT (vide “Pós-infarto23 do miocárdio”), nos quais a mortalidade19 não foi aumentada nesses pacientes, reduziram as preocupações em relação à tripla combinação.
Capacidade e tolerância ao exercício
Os efeitos da valsartana em adição à terapêutica3 usual da insuficiência cardíaca7 na tolerância ao exercício usando o Protocolo Modificado de Naughton foram medidos em pacientes com insuficiência cardíaca7 da classe II - IV da NYHA com disfunção ventricular esquerda (FEVE < 40%). O aumento do tempo de exercício em relação à fase inicial foi observado para todos os grupos do tratamento. Aumentos médios maiores em relação à fase inicial no tempo de exercício foram observados para o grupo valsartana comparado ao grupo placebo17, embora não tenha atingido significância estatística. As melhoras mais importantes foram observadas no subgrupo dos pacientes que não estavam recebendo terapêutica3 com inibidor da ECA, nos quais as variações médias no tempo de exercício foram 2 vezes maiores para o grupo valsartana comparado ao grupo placebo17. Os efeitos da valsartana comparados aos do enalapril na capacidade ao exercício utilizando o teste da caminhada de seis minutos foram determinados nos pacientes com insuficiência cardíaca7 classe II e III da NYHA e com fração de ejeção do ventrículo esquerdo < 45% que estavam recebendo terapêutica3 com inibidor da ECA por pelo menos 3 meses antes do início do estudo. A valsartana 80 mg a 160 mg uma vez ao dia foi tão eficaz quanto enalapril 5 mg a 10 mg duas vezes ao dia, com referência à capacidade ao exercício, conforme avaliado pelo teste da caminhada dos seis minutos nos pacientes estabilizados previamente com inibidores da ECA e diretamente substituídos para valsartana ou enalapril.
Classe da NYHA, sinais24 e sintomas25, qualidade de vida e fração de ejeção
No estudo clínico Val-HeFT, os pacientes tratados com valsartana demonstraram uma melhora significativa na classe da NYHA e nos sinais24 e sintomas25 de insuficiência cardíaca7, incluindo dispneia26, fadiga27, edema28 e estertores (percebidos na ausculta29 do tórax30) em comparação ao placebo17. Os pacientes tratados com valsartana tiveram uma melhor qualidade de vida como demonstrado pelas mudanças na pontuação do questionário “Minnesota Living with Heart Failure Quality of Life” em relação ao placebo17. A fração de ejeção em pacientes tratados com valsartana aumentou significativamente e o DDIVE foi reduzido significativamente no desfecho em relação à fase inicial quando comparado ao placebo17.
Pós-infarto do miocárdio31
O estudo de valsartana no infarto23 agudo32 do miocárdio33 (VALIANT) foi randomizado20, controlado, multinacional e duplo-cego em 14.703 pacientes com infarto do miocárdio31 agudo32 e sinais24, sintomas25 ou evidência radiológica de insuficiência cardíaca congestiva34 e/ou evidência de disfunção sistólica do ventrículo esquerdo (manifestado como uma fração de ejeção ≤ 40% por ventriculografia por radionuclídeos ou ≤ 35% por ecocardiografia ou angiografia35 ventricular de contraste). Os pacientes foram randomizados dentro de 12 horas a 10 dias após o início dos sintomas25 de infarto do miocárdio31 em um dos três grupos de tratamento: valsartana (titulada a partir de 20 mg duas vezes ao dia para a maior dose tolerada até um máximo de 160 mg duas vezes ao dia), o inibidor de ECA captopril (titulado a partir de 6,25 mg três vezes ao dia para a maior dose tolerada até um máximo de 50 mg três vezes ao dia) ou a combinação de valsartana mais captopril. No grupo de combinação, a dose de valsartana foi titulada a partir de 20 mg duas vezes ao dia para a maior dose tolerada até um máximo de 80 mg duas vezes ao dia; a dose de captopril foi a mesma para monoterapia. A duração média do tratamento foi de dois anos. A dose diária média de valsartana no grupo de monoterapia foi de 217 mg. A terapêutica3 basal incluiu ácido acetilsalicílico (91%), betabloqueadores (70%), inibidores da ECA (40%), trombolíticos (35%) e estatinas (34%). A população estudada foi de 69% de homens, 94% de caucasianos e 53% com 65 anos de idade ou mais velhos. O desfecho primário foi o tempo para a mortalidade19 por todas as causas.
A valsartana foi pelo menos tão efetiva quanto o captopril na redução da mortalidade19 por todas as causas pós-infarto do miocárdio31. A mortalidade19 por todas as causas foi similar nos grupos de valsartana (19,9 %), captopril (19,5%) e valsartana + captopril (19,3%). A valsartana foi também efetiva na prolongação do tempo para redução da mortalidade19 cardiovascular, hospitalização por insuficiência cardíaca7, infarto do miocárdio31 recorrente, parada cardíaca ressuscitada e em acidente vascular cerebral36 não-fatal (desfecho composto secundário).
Uma vez que este foi um estudo com um controle ativo (captopril), uma análise adicional da mortalidade19 por todas as causas foi realizada para estimar o quanto a valsartana desempenhou versus placebo17. Usando os resultados das referências prévias dos estudos do infarto do miocárdio31 - SAVE, AIRE e TRACE - o efeito estimado da valsartana preservou 99,6% do efeito do captopril (97,5 % CI = 60 - 139%). Combinar valsartana com captopril não adicionou mais benefícios sobre o captopril isolado. Não houve diferença na mortalidade19 por todas as causas com base na idade, sexo, raça, terapêuticas basais ou doença de base.
Não houve diferença na mortalidade19 por todas as causas ou mortalidade19 cardiovascular ou morbidade18 quando betabloqueadores foram administrados juntos com a combinação de valsartana + captopril, valsartana isolada ou captopril isolado. Independentemente do tratamento da droga estudada, a mortalidade19 foi maior no grupo de pacientes não tratados com um betabloqueador, sugerindo que o conhecido benefício do betabloqueador nesta população foi mantido neste estudo. Além disto, os benefícios do tratamento da combinação de valsartana + captopril, monoterapia de valsartana e monoterapia de captopril foram mantidos em pacientes tratados com betabloqueadores.
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