ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES BRATOR
Depleção1 de sódio e volume
Em pacientes com depleção1 grave de sódio e/ou hipovolemia2, como nos que estejam recebendo altas doses de diuréticos3, pode ocorrer, em casos raros, hipotensão4 sintomática5 após o início da terapêutica6 com BRATOR. A depleção1 de sódio e/ou a hipovolemia2 devem ser corrigidas antes do início do tratamento com BRATOR, por exemplo, pela redução da dose do diurético7.
Se ocorrer hipotensão4, manter o paciente em posição supina e, se necessário, administrar infusão venosa de solução salina fisiológica8. O tratamento com BRATOR pode ser continuado, uma vez que a pressão arterial9 esteja estabilizada.
Estenose10 arterial renal11
A administração de BRATOR por curto prazo a doze pacientes com hipertensão12 renovascular, secundária a estenose10 de artéria renal13 unilateral, não induziu qualquer alteração significativa na hemodinâmica14 renal11, na creatinina15 sérica ou na uréia16 nitrogenada sanguínea (UNS). No entanto, como os medicamentos que afetam o sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) podem aumentar a uréia16 sanguínea e a creatinina15 sérica em pacientes com estenose10 de artéria renal13 unilateral ou bilateral, recomenda-se a monitorização de ambos parâmetros desses pacientes como medida de segurança.
Insuficiência renal17
Nenhum ajuste de dose é necessário em pacientes com insuficiência renal17. No entanto, não existem dados disponíveis em casos graves [clearance (depuração) de creatinina15 < 10 ml/min], recomenda-se cautela.
Insuficiência hepática18
Não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência hepática18. A valsartana é eliminada principalmente como composto inalterado na bile19, e pacientes com distúrbios biliares obstrutivos mostraram clearance (depuração) mais baixo de valsartana (vide “Fármacocinética”). Deve-se tomar cuidado especial ao se administrar valsartana a pacientes com distúrbios biliares obstrutivos.
Insuficiência cardíaca20/Pós-infarto do miocárdio21
Pacientes com insuficiência cardíaca20 ou em tratamento do pós-infarto do miocárdio21 que utilizam BRATOR normalmente apresentam alguma redução na pressão arterial9, mas a descontinuação da terapêutica6 devida a uma hipotensão4 sintomática5 persistente não é usualmente necessária quando a posologia correta é seguida.
Cuidados devem ser tomados ao iniciar o tratamento em pacientes com insuficiência cardíaca20 ou pós-infarto do miocárdio21 (vide “Posologia”).
Como consequência da inibição do SRAA, alterações na função renal11 podem ser antecipadas em indivíduos suscetíveis.
Nos pacientes com insuficiência cardíaca20 grave, cuja função renal11 pode depender da atividade SRAA, o tratamento com inibidores ECA ou com antagonistas do receptor da angiotensina foi associado à oligúria22 e/ou azotemia e (raramente) com insuficiência renal17 aguda e/ou morte. A avaliação dos pacientes com insuficiência cardíaca20 ou pós-infarto do miocárdio21 deve sempre incluir a avaliação da função renal11.
Em pacientes com insuficiência cardíaca20, cuidados devem ser tomados com a tripla combinação de um inibidor da ECA, de um betabloqueador e valsartana.
Para pacientes23 com infarto do miocárdio21 recente, a combinação de captopril e valsartana não demonstrou nenhum benefício clínico adicional, porém demonstraram um aumento no risco dos efeitos adversos comparado à monoterapia.
Portanto, esta combinação não é recomendada para pacientes23 com infarto do miocárdio21 recente, ao contrário da monoterapia com BRATOR que é indicado para melhorar a sobrevida24 após infarto do miocárdio21 em pacientes clinicamente estáveis (vide “Indicações”).
Gravidez25 e lactação26
Devido ao mecanismo de ação dos antagonistas de angiotensina II, o risco para o feto27 não deve ser excluído. Em exposição in utero28 a inibidores da ECA (uma classe específica de medicamentos que agem no SRAA), durante o segundo e terceiro trimestres da gestação, houve relatos de lesões29 e morte de fetos em desenvolvimento. Além disso, nos dados retrospectivos, o uso de inibidores da ECA no primeiro trimestre foi associado a um risco potencial de anomalias congênitas30. Houve relatos de aborto espontâneo, oligodrâmnio e disfunção renal11 em recém-nascidos quando mulheres grávidas tomaram inadvertidamente a valsartana. Como qualquer droga que atua diretamente sobre SRAA, BRATOR não deve ser usado durante a gravidez25 (veja “Contraindicações”) ou em mulheres que planejam engravidar.
Os médicos que prescrevem qualquer agente que atue no SRAA devem aconselhar as mulheres com potencial de engravidar sobre o risco potencial destes agentes durante a gravidez25.
Não se sabe se a valsartana é excretada no leite humano. A valsartana foi excretada no leite de ratas lactantes31. Portanto, não se recomenda o uso de BRATOR em lactantes31.
Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas
Assim como outros agentes anti-hipertensivos, recomenda-se cautela ao se operar máquinas e/ou dirigir veículos.