PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS CALNATE
Como a diminuição efetiva do potássio sérico com Calnate (poliestirenossulfonato de cálcio) pode levar de horas a dias, o tratamento apenas com esta droga pode ser insuficiente para corrigir rapidamente a hiperpotassemia severa associada à destruição tecidual massiva (por exemplo, queimaduras e insuficiência renal1) ou a hiperpotassemia intensa considerada emergência2 médica. Portanto, outras medidas definitivas, incluindo diálise3, devem sempre ser consideradas e podem ser imperativas.
Pode ocorrer séria deficiência de potássio durante o tratamento com Calnate (poliestirenossulfonato de cálcio). O efeito deve ser cuidadosamente controlado por determinações freqüentes do potássio sérico dentro de cada período de 24 horas.
Uma vez que a deficiência intracelular de potássio nem sempre é reflexo dos níveis séricos de potássio, o nível em que o tratamento com Calnate (poliestirenossulfonato de cálcio) deve ser interrompido e deve ser determinado individualmente para cada paciente. A condição clínica do paciente e o eletrocardiograma4 são importantes auxiliares na determinação da interrupção do tratamento. Os sinais5 clínicos precoces de hipopotassemia6 grave incluem um padrão de confusão com irritabilidade e retardo dos processos de pensamento. Eletrocardiograficamente, a hipopotassemia6 grave está freqüentemente associada a prolongamento do intervalo Q-T, alargamento, achatamento7 ou inversão da onda T e ondas U proeminentes. Além disso, pode ocorrer arritmias8 cardíacas, como contrações ventriculares, nodais e atriais prematuras, e taquicardias ventriculares e supraventriculares. Os efeitos tóxicos dos digitálicos podem, provavelmente, estar exacerbados. A hipopotassemia6 severa pode também manifestar-se por fraqueza muscular grave, algumas vezes estendendo-se para paralisia9 franca.
Como todas as resinas permutadoras de cátions, Calnate (poliestirenossulfonato de cálcio) não é totalmente seletivo (para potássio) em sua ação, e pequenas quantidades de outros cátions, como magnésio e sódio, podem também se perdidas durante o tratamento. Em vista disso, os pacientes recebendo Calnate (poliestirenossulfonato de cálcio) devem ser monitorizados quanto a todos os distúrbios eletrolíticos pertinentes.
Podem ocorrer hipercalcemia e hipercalciúria10 com o uso de Calnate (poliestirenossulfonato de cálcio). Isto é mais provável em pacientes com hipoparatireoidismo que estejam recebendo altas doses de vitamina11 D, ou em pacientes com comprometimento da função renal12, em tratamento de diálise3 ou não. Os sintomas13 de hipercalcemia incluem anorexia14, náusea15, vômito16, constipação17, dor abdominal, boca18 seca, sede e poliúria19. O quadro pode ser evitado por avaliações freqüentes dos níveis plasmáticos e urinário do cálcio. Os níveis urinários de cálcio podem elevar-se antes dos níveis plasmáticos.
Muitos pacientes em insuficiência renal1 crônica têm níveis séricos baixos de cálcio e altos de fosfato, mas alguns, que infelizmente não podem ser identificados de antemão, apresentam uma rápida elevação das concentrações séricas de cálcio após o tratamento.
Esse risco, portanto, enfatiza a necessidade de controle bioquímico adequado.
Caso ocorra constipação17, as pacientes podem ser tratados com sorbitol20 (10 a 20 mL de xarope a 70% a cada 2 horas ou conforme necessário, de modo a produzir uma a duas evacuações aquosas por dia), medida essa que também reduz qualquer tendência à impactação fecal.