REAÇÕES ADVERSAS E ALTERAÇÕES DE EXAMES LABORATORIAIS CALNATE

Atualizado em 28/05/2016


As reações adversas mais sérias foram mencionadas no item “PRECAUÇÕES e ADVERTÊNCIAS”.



Calnate (poliestirenossulfonato de cálcio) pode causar certo grau de irritação gástrica. Anorexia1, náusea2, vômito3 e constipação4 também podem ocorrer, especialmente com altas doses. Ocasionalmente pode haver diarréia5. Doses altas em pessoas idosas podem causar impactação fecal (vide “PRECAUÇÕES e ADVERTÊNCIA”). Este efeito pode ser evitado pelo uso da resina em enemas6, como descrito no item “POSOLOGIA”. Hipopotassemia7, hiponatremia8, hipomagnesemia e retenção significante de cálcio podem ocorrer.


- POSOLOGIA

Calnate (poliestirenossulfonato de cálcio) pode ser administrado por via oral ou através de enemas6 de retenção. Sempre que possível, deve-se dar preferência à via oral uma vez que os resultados são mais evidentes.

A suspensão da droga deve ser preparada no momento do uso e não deve ser guardada por mais de 24 horas.

As recomendações posológicas descritas abaixo constituem orientação geral. As necessidades precisas devem ser decididas face9 a determinações regulares dos eletrólitos10 séricos.


Calnate (poliestirenossulfonato de cálcio) Via Oral

Adultos, incluindo idosos: 15 g, três ou quatro vezes ao dia.


Pediátrico: 1 g por quilograma de peso por dia, administrada em doses divididas, em hiperpotassemia aguda. A dose pode ser reduzida para 0,5 g por quilograma de peso por dia, em doses divididas para tratamento de manutenção.

Cada dose deve ser administrada na forma de suspensão em pequena quantidade de água ou na forma de xarope para melhor aceitação do paladar11. A quantidade de líquido usualmente varia de 20 a 100 mL, dependendo da dose. A suspensão pode também ser preparada adicionando-se 3 a 4 mL de líquido por grama12 de resina. O sorbitol13 pode ser administrado, a fim de evitar constipação4. A resina não deve ser administrada em sucos de frutas que tenham um alto conteúdo de potássio.

Se houver dificuldade na deglutição14, a resina pode ser administrada através de sonda gástrica de 2 a 3 mm de diâmetro e, se desejado, misturada a uma dieta apropriada para insuficiência renal15.


Calnate (poliestirenossulfonato de cálcio) Via Retal

Adultos, incluindo idosos: Em casos onde vômitos16 tornem a administração oral difícil, Calnate (poliestirenossulfonato de cálcio) pode ser administrado por via retal na forma de suspensão de 30 g de resina em veículo aquoso (p.ex. 200 mL de metilcelulose a 1% ou 100 mL de sorbitol13): como enema17 de retenção, diariamente. Cada dose é administrada como suspensão aquecida (à temperatura corporal). A suspensão deve ser levemente agitada durante a administração.

Nos estágios iniciais, a administração por via retal associada à via oral pode ajudar a diminuir mais rapidamente os níveis séricos de potássio.

Inicialmente se ambas as vias forem usadas, provavelmente será desnecessário continuar a administração retal após a resina oral ter atingido o reto18.

Se possível, o enema17 deve ser retido pelo menos por 9 horas, e então seguido por um enema17 de lavagem.

Após um enema17 de lavagem inicial, uma sonda de borracha macia de tamanho grande (French 28) é inserida via retal por cerca de 20cm, com a extremidade atingindo o sigmóide19 e fixada nessa posição. A resina é então suspensa em quantidade apropriada de veículo aquoso à temperatura corporal e introduzida por gravidade, enquanto as partículas são mantidas em suspensão por agitação. A suspensão é lavada com 50 a 100 mL de líquido, seguido do clampeamento da sonda, mantendo-a no local. Se ocorrer refluxo, os quadris devem ser elevados com travesseiros ou o paciente deve ficar temporariamente em posição genupeitoral. Pode-se utilizar uma suspensão um pouco mais densa; entretanto, deve-se evitar formação da pasta, que reduzirá a superfície de troca, sendo inefetiva se depositada na ampola retal20. A suspensão deve ser mantida no cólon sigmóide21 por várias horas, se possível. Então, o cólon22 é lavado com solução que não contém cálcio, à temperatura corporal, a fim de remover a resina. Dois filtros de solução para lavagem podem ser necessários. O retorno é drenado constantemente através de uma conexão em Y.


Pediátrico: Quando recusada na boca23, ou em caso de vômito3, a resina pode ser administrada por via retal, usando uma dose no mínimo igual à que deveria ser administrada por via oral, diluída na mesma proporção descrita para adultos.

A intensidade e duração da terapia dependem da severidade e persistência da hiperpotassemia.

Calnate (poliestirenossulfonato de cálcio) não deve ser aquecido, pois suas propriedades de troca podem ser alteradas.


- SUPERDOSAGEM

Em caso de superdosagem, a resina deve ser removida com o uso de laxantes24 ou enemas6 para impedir constipação4 ou impactação fecal.

Hipercalcemia e/ou hipopotassemia7 podem ocorrer. Medidas apropriadas devem ser instituídas para normalizar os níveis séricos de potássio e reduzir os níveis de cálcio se estes estiverem elevados.


Lote, data de fabricação e validade: vide embalagem externa.



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Complementos

1 Anorexia: Perda do apetite ou do desejo de ingerir alimentos.
2 Náusea: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc.
3 Vômito: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Pode ser classificado como: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
4 Constipação: Retardo ou dificuldade nas defecações, suficiente para causar desconforto significativo para a pessoa. Pode significar que as fezes são duras, difíceis de serem expelidas ou infreqüentes (evacuações inferiores a três vezes por semana), ou ainda a sensação de esvaziamento retal incompleto, após as defecações.
5 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
6 Enemas: Introdução de substâncias líquidas ou semilíquidas através do esfíncter anal, com o objetivo de induzir a defecação ou administrar medicamentos.
7 Hipopotassemia: Concentração sérica de potássio inferior a 3,5 mEq/l. Pode ocorrer por alterações na distribuição de potássio (desvio do compartimento extracelular para intracelular) ou de reduções efetivas no conteúdo corporal de potássio por uma menor ingesta ou por perda aumentada. Fraqueza muscular e arritimias cardíacas são os sinais e sintomas mais comuns, podendo haver também poliúria, polidipsia e constipação. Pode ainda ser assintomática.
8 Hiponatremia: Concentração de sódio sérico abaixo do limite inferior da normalidade; na maioria dos laboratórios, isto significa [Na+] < 135 meq/L, mas o ponto de corte [Na+] < 136 meq/L também é muito utilizado.
9 Face: Parte anterior da cabeça que inclui a pele, os músculos e as estruturas da fronte, olhos, nariz, boca, bochechas e mandíbula.
10 Eletrólitos: Em eletricidade, é um condutor elétrico de natureza líquida ou sólida, no qual cargas são transportadas por meio de íons. Em química, é uma substância que dissolvida em água se torna condutora de corrente elétrica.
11 Paladar: Paladar ou sabor. Em fisiologia, é a função sensorial que permite a percepção dos sabores pela língua e sua transmissão, através do nervo gustativo ao cérebro, onde são recebidos e analisados.
12 Grama: 1. Designação comum a diversas ervas da família das gramíneas que formam forrações espontâneas ou que são cultivadas para criar gramados em jardins e parques ou como forrageiras, em pastagens; relva. 2. Unidade de medida de massa no sistema c.g.s., equivalente a 0,001 kg . Símbolo: g.
13 Sorbitol: Adoçante com quatro calorias por grama. Substância produzida pelo organismo em pessoas com diabetes e que pode causar danos aos olhos e nervos.
14 Deglutição: Passagem dos alimentos desde a boca até o esôfago; ação ou efeito de deglutir; engolir. É um mecanismo em parte voluntário e em parte automático (reflexo) que envolve a musculatura faríngea e o esfíncter esofágico superior.
15 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
16 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
17 Enema: Introdução de substâncias líquidas ou semilíquidas através do esfíncter anal, com o objetivo de induzir a defecação ou administrar medicamentos.
18 Reto: Segmento distal do INTESTINO GROSSO, entre o COLO SIGMÓIDE e o CANAL ANAL.
19 Sigmóide: Segmento do COLO entre o RETO e o colo descendente.
20 Ampola retal: É a parte superior do reto. Ela é a porção mais dilatada do órgão e onde fica armazenado o material fecal até ao momento da sua expulsão.
21 Cólon Sigmóide: Segmento do COLO entre o RETO e o colo descendente.
22 Cólon:
23 Boca: Cavidade oral ovalada (localizada no ápice do trato digestivo) composta de duas partes
24 Laxantes: Medicamentos que tratam da constipação intestinal; purgantes, purgativos, solutivos.

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