INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS MELOXICAM MERCK
Outros Inibidores da Prostaglandina1 Sintetase (IPS), incluindo glicocorticoides e salicilatos (ácido acetilsalicílico): a co-administração de Inibidores da Prostaglandina1 Sintetase pode aumentar o risco de úlceras2 e sangramentos gastrintestinais, em razão de sinergismo de ação, e não é recomendada.
O uso concomitante de meloxicam com outros AINEs (como ácido acetilsalicílico, diclofenaco de sódio, nimesulida) não é recomendado.
A administração concomitante de ácido acetilsalicílico (1.000 mg três vezes ao dia) em voluntários sadios tendeu a aumentar a AUC3 (10%) e a Cmax (24%) de meloxicam. A significância clínica dessa interação é desconhecida;
Anticoagulantes4 orais (como varfarina), heparina parenteral (como enoxaparina), trombolíticos (como estreptoquinase): aumento do risco de hemorragia5. Caso seja imprescindível a utilização deste tipo de medicamento, deve-se realizar um rigoroso acompanhamento médico dos seus efeitos na coagulação6;
Antiplaquetários (como dipiridamol, ticlopidina, clopidogrel) e Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (ISRS - como fluoxetina, paroxetina, sertralina): aumento do risco de sangramento, via inibição da função das plaquetas7.
Lítio: há relatos de que os AINEs aumentam a concentração plasmática de lítio (devido à diminuição da excreção renal8 de lítio), que pode atingir níveis tóxicos. Não se recomenda o uso concomitante de lítio e AINEs. Se essa combinação for necessária, as concentrações plasmáticas de lítio devem ser cuidadosamente monitoradas durante o início, ajuste e interrupção da administração de meloxicam;
Metotrexato: AINEs podem reduzir a secreção tubular do metotrexato, aumentando sua concentração plasmática. Por esta razão, não é recomendado o uso concomitante de AINEs nos pacientes tratados com altas doses de metotrexato (> 15 mg/semana). O risco de interação entre os AINEs e metotrexato deve ser considerado também em pacientes tratados com baixas doses de metotrexato, especialmente naqueles com função renal8 comprometida. Nos casos em que o tratamento combinado for necessário, a contagem das células sanguíneas9 e a função renal8 devem ser monitoradas. Deve-se ter cautela quando os AINEs e metotrexato forem administrados concomitantemente no período de 3 dias, pois a toxicidade10 do metotrexato pode aumentar devido ao aumento do seu nível plasmático.
Embora a farmacocinética do metotrexato (15 mg/semana) não seja significativamente afetada pelo tratamento concomitante com meloxicam, deve ser considerado que a toxicidade10 hematológica do metotrexato pode ser potencializada pelo tratamento com AINEs;
Contracepção11: Embora ainda seja necessária confirmação, há relatos de que os AINEs diminuem a eficácia do dispositivo intra-uterino (DIU);
Diuréticos12 (como hidroclorotiazida; espironolactona; furosemida): O tratamento com AINEs está associado a risco de insuficiência renal13 aguda em pacientes desidratados. Em caso de prescrição concomitante de meloxicam e diuréticos12, deve-se assegurar a hidratação adequada do paciente e monitorar a função renal8 antes do início do tratamento;
Anti-hipertensivos (betabloqueadores como propranolol, atenolol; inibidores da ECA, como captopril, enalapril; vasodilatadores, como isossorbida, anlodipino; diuréticos12): há relatos de diminuição do efeito hipotensor de certos anti-hipertensivos no tratamento com AINEs, devido à inibição das prostaglandinas14 vasodilatadoras;
Anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs) e antagonistas dos receptores de angiotensina II (como telmisartana, valsartana), assim como os inibidores da ECA exercem efeito sinérgico na diminuição da filtração glomerular. Isto pode levar à insuficiência renal13 aguda nos pacientes que já possuem a função renal8 comprometida;
Colestiramina liga-se ao meloxicam no trato gastrintestinal, levando à eliminação mais rápida do meloxicam;
Ciclosporina: os AINEs podem aumentar a nefrotoxicidade15 da ciclosporina através de efeitos mediados pelas prostaglandinas14 renais. Durante tratamento combinado, deve-se monitorar a função renal8;
Pemetrexede: Para o uso concomitante de meloxicam com pemetrexede em pacientes com depuração de creatinina16 entre 45 e 79 ml/min, a administração de meloxicam deve ser interrompida 5 dias antes, no dia da administração e 2 dias após a administração de pemetrexede. Se uma combinação de meloxicam com pemetrexede for necessária, os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados, especialmente para a mielossupressão e reações adversas gastrointestinais. Em pacientes com depuração de creatinina16 abaixo de 45 ml/min, a administração concomitante de meloxicam com pemetrexede não é recomendada.
Meloxicam é eliminado quase totalmente pelo metabolismo17 hepático, do qual aproximadamente dois terços são mediados pelas enzimas do citocromo P450 (CYP 2C9 é responsável pela maior parte da metabolização e CYP 3A4 é responsável pela menor parte) e um terço é metabolizado por outras vias, tais como oxidação pelas peroxidases. Deve-se considerar interação farmacocinética potencial quando se administram concomitantemente meloxicam e outras drogas que inibam ou que sejam metabolizadas por CYP 2C9 e/ou CYP 3A4. Interações via CYP 2C9 podem ser esperadas na combinação com medicamentos tais como antidiabéticos orais18 (sulfonilureias19, nateglinida), que pode levar ao aumento dos níveis plasmáticos destes fármacos e do meloxicam. Os pacientes que utilizam concomitantemente meloxicam com sulfoniluréias19 ou nateglinida devem ser cuidadosamente monitorados para hipoglicemia20.
A administração concomitante de antiácidos21, cimetidina, digoxina ou furosemida não revelou interação farmacocinética significativa.