ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES CLORIDRATO DE ZIPRASIDONA
Intervalo QT
A ziprasidona causa prolongamento no intervalo QT de grau leve a moderado.
Na base de dados dos estudos clínicos realizados no período pré-comercialização para a formulação oral, a incidência1 de prolongamento do intervalo QTc para um valor acima de 500 ms foi de 3 casos em um total de 3266 (0,1%) pacientes tratados com ziprasidona e 1 caso em um total de 538 (0,2%) pacientes recebendo placebo2.
Alguns fármacos, incluindo antiarrítmicos das classes IA e III que prolongam o intervalo QT para um valor maior que 500 ms, foram associados à ocorrência rara de torsade de pointes, uma arritmia3 com risco de morte (vide item 4 - Contraindicações).
Existem raros casos de torsade de pointes em pacientes com múltiplos fatores de risco na experiência pós-comercialização com cloridrato de ziprasidona. Uma relação causal com a ziprasidona ainda não foi estabelecida.
O cloridrato de ziprasidona deve ser utilizado com cautela em pacientes com os seguintes fatores de risco, para torsade de pointes:
bradicardia4;
desequilíbrio hidroeletrolítico5;
uso concomitante com outros fármacos que prolongam o intervalo QT.
Se sintomas6 cardíacos sugestivos de arritmias7 forem observados ou relatados durante o tratamento, deve ser feita uma avaliação cardiológica apropriada. Se o intervalo QTc encontrado for maior que 500 ms, é recomendado que o tratamento seja interrompido (vide item 4 - Contraindicações).
Tromboembolismo8 Venoso
Foram descritos casos de tromboembolismo8 venoso (TEV) associados a drogas antipsicóticas. Como os pacientes tratados com antipsicóticos, geralmente, adquirem fatores de risco para TEV, todos devem ser identificados antes e durante o tratamento com ziprasidona e medidas preventivas tomadas.
Síndrome9 Neuroléptica Maligna (SNM)
A Síndrome9 Neuroléptica Maligna (SNM), um quadro clínico potencialmente fatal, foi relatada em associação a fármacos antipsicóticos, incluindo a ziprasidona. As manifestações são: hiperpirexia, rigidez muscular, estado mental alterado e evidência de instabilidade autonômica (pulso ou pressão arterial10 irregular, taquicardia11, diaforese12 e disritmia cardíaca). Sinais13 adicionais podem incluir níveis elevados de creatinofosfoquinase, mioglobinúria associada a rabdomiólise14 e insuficiência renal15 aguda. Se um paciente manifestar sinais13 e sintomas6 sugestivos de SNM, ou se apresentar febre16 alta inexplicada sem manifestações clínicas adicionais de SNM, todos os fármacos antipsicóticos devem ser descontinuados.
Reações Adversas Cutâneas17 Graves
Reação a medicamentos com eosinofilia18 e sintomas6 sistêmicos19 (DRESS) foi relatada com a exposição à ziprasidona.
DRESS consiste de uma combinação de três ou mais das seguintes reações: reação cutânea20 (tais como rash21 ou dermatite22 esfoliativa), eosinofilia18, febre16, linfadenopatia e uma ou mais complicações sistêmicas, tais como hepatite23, nefrite24, pneumonite25, miocardite26 e pericardite27.
Outras reações adversas cutâneas17 graves, tais como a síndrome de Stevens-Johnson28, foram relatadas com a exposição à ziprasidona.
Reações adversas cutâneas17 graves são às vezes fatais. Descontinuar o uso de ziprasidona se reações adversas cutâneas17 graves ocorrerem.
Discinesia Tardia29
Assim como ocorre com outros antipsicóticos, existe um potencial da ziprasidona causar discinesia tardia29 e outras síndromes extrapiramidais tardias após tratamento prolongado. Se aparecerem sinais13 e sintomas6 de discinesia tardia29, deve-se considerar a redução da dose ou a descontinuação de cloridrato de ziprasidona.
Convulsões
Assim como ocorre com outros antipsicóticos, recomenda-se cautela no tratamento de pacientes com histórico de convulsões.
Fármacos Ativos no SNC30/Álcool
Considerando os efeitos primários da ziprasidona no SNC30, deve-se ter cautela quando esta for administrada em associação a outros fármacos de ação central, incluindo álcool e fármacos que agem nos sistemas dopaminérgicos e serotoninérgicos.
Aumento da Mortalidade31 em Pacientes Idosos com Psicose32 Relacionada à Demência33
Dados sobre pacientes idosos com psicose32 relacionada à demência33 demonstraram risco aumentado de morte, quando tratados com medicamentos antipsicóticos, em comparação aos pacientes tratados com placebo2. Os dados de estudos com ziprasidona no tratamento de pacientes idosos com demência33 são insuficientes para concluir se existe ou não um risco aumentado de morte com ziprasidona vs. placebo2 nesta população de pacientes. A ziprasidona não está aprovada para o tratamento de pacientes idosos demenciados e com psicose32 relacionada.
Priapismo34
Casos de priapismo34 têm sido relatados com o uso de antipsicóticos, incluindo a ziprasidona. Esta reação adversa, assim como acontece com outras drogas psicotrópicas, não parece ser dose-dependente e nem ter correlação com a duração do tratamento.
Hiperprolactinemia
Tal como acontece com outras drogas que bloqueiam os receptores de dopamina35 tipo 2 (D2), a ziprasidona pode elevar os níveis de prolactina36. Distúrbios, tais como galactorreia37, amenorreia38, ginecomastia39 e impotência40 têm sido relatados com a elevação de prolactina36 induzida por medicamentos. Hiperprolactinemia prolongada quando associada ao hipogonadismo pode levar à diminuição da mineralização e densidade óssea.
Uso durante a Gravidez41 e Lactação42
Estudos de toxicidade43 na reprodução44 realizados com ziprasidona oral não demonstraram efeitos adversos no processo reprodutivo, além daqueles secundários à toxicidade43 materna resultante de um efeito farmacológico exacerbado, em doses iguais ou maiores que 17,5 vezes a dose máxima recomendada para humanos. Não houve evidências de teratogenicidade com as doses estudadas (vide item 3. Características Farmacológicas - Dados de Segurança Pré-Clínicos).
Uso durante a Gravidez41
Não foram conduzidos estudos em mulheres grávidas. Mulheres com potencial de engravidar que estejam recebendo cloridrato de ziprasidona devem ser aconselhadas a utilizar um método contraceptivo adequado. Recém-nascidos expostos a medicamentos antipsicóticos durante o terceiro trimestre de gravidez41 correm o risco de apresentar sintomas6 extrapiramidais e/ou de abstinência após o parto. Há relatos de agitação, hipertonia45, hipotonia46, tremor, sonolência, dificuldade respiratória e distúrbio alimentar nestes recém-nascidos.
A ziprasidona deve ser utilizada durante a gravidez41 somente se o benefício potencial para a mãe superar o potencial de risco para o feto47 (vide item 3. Características Farmacológicas - Dados de Segurança Pré-Clínicos).
O cloridrato de ziprasidona é um medicamento classificado na categoria C de risco de gravidez41. Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Uso durante a Lactação42
Não se sabe se a ziprasidona é excretada no leite materno. As pacientes devem ser advertidas a não amamentar se estiverem em tratamento com cloridrato de ziprasidona.
Efeitos na Habilidade de Dirigir e de Operar Máquinas
Assim como ocorre com outros fármacos psicoativos, cloridrato de ziprasidona pode causar sonolência.
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.