Aspirina MicroAtiva (Bula do profissional de saúde)
BAYER S.A.
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Aspirina® MicroAtiva
ácido acetilsalicílico
Comprimido revestido 500 mg
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimidos revestidos de liberação modificada. Aspirina® MicroAtiva combina o tamanho reduzido das partículas de ácido acetilsalicílico com um núcleo de rápida dissolução que proporcionam uma absorção mais rápida de seu ingrediente ativo.
Strips contendo 4 comprimidos e embalagens contendo 20 comprimidos
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 12 ANOS
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido de Aspirina® MicroAtiva contém:
ácido acetilsalicílico | 500 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: dióxido de silício, carbonato de sódio, cera de carnaúba, hipromelose e estearato de zinco.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE1
INDICAÇÕES
Este medicamento é destinado para:
- o alívio sintomático2 da febre3 e dores de leve a moderada como cefaleia4, odontalgia, dor de garganta5 relacionada a resfriados, dismenorreia6, mialgia7 ou artralgia8, lombalgia9 e dor artrítica de pequena intensidade
- o alívio sintomático2 da dor e da febre3 no resfriado comum ou na gripe10
RESULTADOS DE EFICÁCIA
O ácido acetilsalicílico é um analgésico11 antipirético12 utilizado para alívio sintomático2 de dores leves a moderadas. Tem sido empregado como padrão para comparação e avaliação de novas substâncias da mesma classe.
Foram incluídos 1014 pacientes em dois estudos independentes utilizando o modelo de dor pós-cirurgia dentária com o objetivo de avaliar a Aspirina® MicroAtiva. Os estudos clínicos foram realizados a fim de confirmar os resultados dos estudos de dissolução pré-clínicos e de farmacocinética humana, que indicaram um início de ação analgésica mais rápido sem comprometer a duração do efeito e a segurança. Estudos duplo-cegos com grupos paralelos compararam a Aspirina® MicroAtiva com a Aspirina® comprimido e com placebo13. A velocidade de início de ação analgésica foi medida levando em conta dois parâmetros, a saber: 1) tempo para alcançar o primeiro alívio percebido da dor e 2) tempo para alcançar o alívio significativo da dor. Em ambos os estudos a Aspirina® MicroAtiva foi significativamente mais rápida (p<0,038% - 0,001) que a Aspirina® comprimido e que o placebo13 em ambas as medidas de tempo para início de ação (primeiro alívio percebido da dor e alívio significativo da dor). Não houve diferença significativa entre a Aspirina® MicroAtiva e a Aspirina® comprimido em relação a intensidade e duração do efeito e ambos os tratamentos foram significativamente melhores que o placebo13. Em relação ao tempo para alcançar o primeiro alívio percebido da dor, o início de ação da Aspirina® MicroAtiva foi 19,8 e 16,3 minutos para as doses de 650 mg e 1.000 mg, respectivamente, comparados com 23,7 e 20 minutos para a Aspirina® comprimido. Em relação ao tempo para alcançar o alívio significativo da dor, o início de ação da Aspirina® MicroAtiva foi 48,9 e 49,4 minutos para as doses de 650 mg e 1.000 mg, respectivamente, comparados com 119,2 e 99,2 minutos para a Aspirina® comprimido. O alívio significativo da dor foi duas vezes mais rápido com a Aspirina® MicroAtiva (49 minutos versus 119 minutos e 49 minutos versus 99 minutos) em comparação com a Aspirina® comprimido. Os estudos clínicos de eficácia demonstraram que o início de eficácia analgésica foi significativamente melhorado do ponto de vista estatístico, enquanto a eficácia geral (duração e intensidade do efeito) permaneceu inalterada. (COOPER, S.A.; VOELKER, M. Evaluation of onset of pain relief from microionized aspirin in dental pain model. Imflammopharmacol: 20:233–242, 2012)
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS
O ácido acetilsalicílico pertence ao grupo dos fármacos anti-inflamatórios não- esteroides, com propriedades analgésicas, antipiréticas e anti-inflamatórias. Seu mecanismo de ação baseia-se na inibição irreversível das enzimas ciclooxigenase, envolvidas na síntese das prostaglandinas14.
Estudos clínicos do ácido acetilsalicílico em doses orais variando entre 0,3 e 1,0 g demonstraram eficácia no alívio da dor de cabeça15 do tipo tensional, enxaqueca16, dor de dente17, dor de garganta5, dismenorreia6 primária, dor muscular e articular e condições febris, como resfriados ou gripe10, para a redução da temperatura corporal. Também é usado em distúrbios inflamatórios agudos e crônicos, como artrite reumatoide18, osteoartrite19 e espondilite anquilosante.
O ácido acetilsalicílico também inibe a agregação plaquetária, bloqueando a síntese do tromboxano A2 nas plaquetas20. Por esta razão, é usado em várias indicações relacionadas ao sistema vascular21, geralmente em doses diárias de 75 a 300 mg.
PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS
Absorção
Aspirina® MicroAtiva oferece alívio rápido da dor em condições de dor aguda de leve a moderada. O alívio rápido da dor é atribuído ao início rápido da ação devido ao tempo reduzido para se obter a concentração plasmática máxima. O tamanho reduzido das partículas do princípio ativo ácido acetilsalicílico e um componente efervescente oferecem desintegração rápida do núcleo do comprimido.
Após administração oral, a absorção gastrintestinal do ácido acetilsalicílico nesta formulação é muito rápida e completa. Durante e após a absorção, o ácido acetilsalicílico é convertido em seu principal metabólito22 ativo, o ácido salicílico. A média de níveis plasmáticos máximos é alcançada em aproximadamente 17,5 minutos para o ácido acetilsalicílico e em aproximadamente 45 minutos para o ácido salicílico, conforme estudos de biodisponibilidade realizados. Em comparação aos comprimidos convencionais de ácido acetilsalicílico (Aspirina®), o tempo para a concentração plasmática máxima do ácido acetilsalicílico e do ácido salicílico foi reduzido pelos fatores 2,6 e 4,0, respectivamente, com esta formulação.
Um início de ação subsequente clinicamente mais rápido foi demonstrado em estudos comparativos de eficácia clínica em mais de 1000 pacientes com dor de dente17 pós-operatória. Nesses estudos, o tempo até o primeiro alívio perceptível da dor, o tempo até o primeiro alívio perceptível da dor confirmado e o tempo até o alívio significativo da dor em comparação com comprimidos convencionais de ácido acetilsalicílico foram significativamente melhores do ponto de vista estatístico, enquanto a eficácia geral (duração e intensidade do efeito) permaneceu inalterada. Em comparação com comprimidos convencionais de ácido acetilsalicílico, o alívio significativo da dor foi duas vezes mais rápido (49 minutos versus 99 minutos).
Distribuição
Tanto o ácido acetilsalicílico quanto o ácido salicílico são amplamente ligados a proteínas23 plasmáticas e rapidamente distribuídos por todo o corpo. O ácido salicílico passa para o leite materno e atravessa a placenta.
Eliminação
O ácido salicílico é eliminado predominantemente por metabolismo24 hepático. Seus metabólitos25 são o ácido salicilúrico, a glucuronídeo salicilfenólico, o glucoronídeo salicilacílico, o ácido gentísico e o ácido gentisúrico.
A cinética26 de eliminação do ácido salicílico é dose dependente, já que o metabolismo24 é limitado pela capacidade das enzimas hepáticas27. A meia-vida de eliminação, portanto, varia de 2 a 3 horas após doses baixas a até aproximadamente 15 horas em doses elevadas. O ácido salicílico e seus metabólitos25 são excretados principalmente pelos rins28.
Dados de segurança pré-clínicos
O perfil de segurança pré-clínico do ácido acetilsalicílico é bem documentado. Nos testes com animais, os salicilatos em altas doses provocaram lesão29 renal30, sem nenhuma outra lesão29 orgânica.
O ácido acetilsalicílico tem sido extensivamente estudado in vivo e in vitro quanto à mutagenicidade. Não foi observada nenhuma evidência relevante de potencial mutagênico. O mesmo se aplica aos estudos de carcinogenicidade.
Os salicilatos apresentaram efeitos teratogênicos31 em estudos com animais de espécies diferentes (por exemplo, malformações32 cardíacas e esqueléticas, defeitos da linha média). Foram descritos problemas de implantação, efeitos embriotóxicos e fetotóxicos, e comprometimento da capacidade de aprendizado da prole após exposição pré-natal.
CONTRAINDICAÇÕES
O ácido acetilsalicílico não deve ser utilizado nas seguintes situações:
- hipersensibilidade ao ácido acetilsalicílico, a outros medicamentos que contenham salicilatos ou a qualquer um dos componentes do medicamento
- histórico de crise de asma33 ou reações de hipersensibilidade (por exemplo, urticária34, angioedema35, rinite36 grave, choque37) induzidas pela administração de salicilatos ou substâncias com ação semelhante, principalmente anti-inflamatórios não esteróides
- úlceras38 gastrintestinais agudas
- diátese hemorrágica39
- insuficiência renal40 grave
- insuficiência hepática41 grave
- insuficiência cardíaca42 grave
- em associação ao metotrexato em doses maiores que 20 mg/semana com doses anti-inflamatórias do ácido acetilsalicílico ou com doses analgésicas ou antipiréticas (veja item “6. Interações medicamentosas)
- coadministração de anticoagulantes43 orais com ácido acetilsalicílico utilizado nas doses anti-inflamatórias, analgésicas ou antipiréticas e em pacientes com histórico de úlcera44 gastroduodenal (veja item “6. Interações medicamentosas”)
- a partir do início do 6° mês de gestação ( acima de 24 semanas de amenorreia45), (veja item “5. Advertências e precauções” – Gravidez46)
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez46.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Aspirina? MicroAtiva deve ser utilizada com cautela nos seguintes casos:
- hipersensibilidade a outros analgésicos47, agentes anti-inflamatórios ou antirreumáticos, ou na presença de outras alergias
- história de úlceras38 gastrintestinais, incluindo úlcera44 crônica ou recorrente ou história de sangramentos gastrintestinais
- disfunção renal30 ou circulação48 cardiovascular comprometida (ex.: doença vascular21 renal30, insuficiência cardíaca congestiva49, depleção50 de volume, cirurgia de grande porte, sepse51 ou eventos hemorrágicos52 significativos), já que o ácido acetilsalicílico pode aumentar o risco de comprometimento renal30 e insuficiência renal40 aguda
- disfunção hepática53
O ácido acetilsalicílico pode desencadear broncoespasmo54 e crises de asma33 ou outras reações de hipersensibilidade. Os fatores de risco são: asma33 preexistente, febre do feno55, pólipos56 nasais ou doença respiratória crônica. Isto também é aplicável a pacientes que apresentem reações alérgicas (por exemplo, reações cutâneas57, prurido58 e urticária34) a outras substâncias. Devido a seu efeito inibitório sobre a agregação plaquetária que persiste por alguns dias após a administração, o ácido acetilsalicílico pode levar a um aumento da tendência a sangramentos durante e após intervenções cirúrgicas (inclusive cirurgias de pequeno porte, como por exemplo, extrações dentárias).
Em doses baixas, o ácido acetilsalicílico reduz a excreção do ácido úrico, podendo desencadear crises de gota59 em pacientes predispostos.
Em pacientes que sofrem da deficiência grave de glicose60-6-fosfato desidrogenase (G6PD), o ácido acetilsalicílico pode induzir hemólise61 ou anemia hemolítica62. Os fatores que podem aumentar o risco de hemólise61 são: dose alta, febre3 ou infecções63 agudas, por exemplo.
Crianças
Produtos contendo ácido acetilsalicílico não devem ser utilizados por crianças e adolescentes em infecções63 virais com ou sem febre3, sem antes consultar um médico. Em certas doenças virais, especialmente as causadas por varicela64 e vírus65 influenza66 A e B, há risco da Síndrome67 de Reye, uma doença muito rara, mas com possível risco de morte e que requer ação médica imediata. O risco pode aumentar durante o uso concomitante com ácido acetilsalicílico, embora a relação causal não tenha sido comprovada. Vômitos68 persistentes na vigência destas doenças podem ser um sinal69 da Síndrome67 de Reye.
Crianças ou adolescentes não devem usar esse medicamento para catapora70 ou sintomas71 gripais antes que um médico seja consultado sobre a síndrome67 de Reye, uma rara, mas grave doença associada a este medicamento.
Gravidez46 e Lactação72
O uso do ácido acetilsalicílico é contraindicado no último trimestre de gestação, apresentando categoria de risco na gravidez46 D para tal período. Durante os dois primeiros trimestres de gestação, o ácido acetilsalicílico deve ser utilizado com cautela, se realmente necessário, apresentando categoria de risco na gravidez46 C para tal período.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez46.
A inibição da síntese das prostaglandinas14 pode afetar adversamente a gestação e/ou o desenvolvimento embrionário/fetal. Dados de estudos epidemiológicos chamam a atenção quanto a um aumento de risco de aborto e de malformações32 após o uso de inibidores da síntese de prostaglandinas14 no início da gravidez46. Acredita-se que o risco aumente com a dose e duração do tratamento. Os dados disponíveis não confirmam qualquer associação entre a ingestão do ácido acetilsalicílico e um aumento do risco de aborto. Para o ácido acetilsalicílico, os dados epidemiológicos disponíveis sobre malformações32 não são consistentes, porém um risco maior de gastrosquise não pode ser excluído. Um estudo prospectivo73 com aproximadamente 14.800 gestantes expostas no início da gestação (1° ao 4° mês) não demonstrou qualquer associação com uma elevada taxa de malformações32.
Estudos em animais demonstraram toxicidade74 reprodutiva (veja item “3. Características farmacológicas” - Dados de Segurança Pré-Clínica). Medicamentos a base de ácido acetilsalicílico somente devem ser utilizados durante o primeiro e segundo trimestre da gestação, se realmente necessários; nestes períodos ou em mulheres que estejam tentando engravidar, as doses e a duração do tratamento devem ser as menores possíveis.
Durante o terceiro trimestre de gravidez46, todos os inibidores da síntese de prostaglandinas14 podem expor:
- o feto75 a:
- toxicidade74 cardiopulmonar (com fechamento prematuro do ducto arterioso e hipertensão76 pulmonar);
- disfunção renal30, que pode progredir para insuficiência renal40 com oligohidramnio77
- a mãe e a criança no final da gravidez46 a:
- possível aumento do tempo de sangramento, pelo efeito anti– agregante plaquetário que pode ocorrer até mesmo após doses muito baixas;
- inibição das contrações uterinas provocando trabalho de parto retardado ou prolongado.
Consequentemente, o ácido acetilsalicílico é contraindicado para gestantes que estejam após o quinto mês de gravidez46, ou seja, acima de 24 semanas sem menstruar (em amenorreia45).
Os salicilatos e seus metabólitos25 são excretados no leite materno em pequenas quantidades. O uso deste medicamento não é recomendado durante a amamentação78. A amamentação78 deve ser interrompida durante o uso regular (contínuo) ou de altas doses deste medicamento.
Efeitos na habilidade de dirigir e usar máquinas
Não se observaram efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Seguir as definições aplicáveis no texto subsequente:
Doses anti-inflamatórias de ácido acetilsalicílico são definidas como “≥ 1 g sob a forma de dose única e/ou ≥ 3 g por dia”. Doses analgésica ou antipirética de ácido acetilsalicílico são definidas como “≥ 500 mg como dose única e/ou <3 g por dia”.
Várias substâncias estão envolvidas em interações, devido às suas propriedades inibidoras de agregação plaquetária: abciximabe, ácido acetilsalicílico, cilostazol, clopidogrel, epoprostenol, eptifibatida, iloprosta, trometamol, prasugrel, ticlopidina, tirofibana, ticagrelor.
A utilização de múltiplos inibidores da agregação de plaquetas20 aumenta o risco de sangramento, assim como a sua combinação com a heparina ou moléculas relacionadas, anticoagulantes43 orais ou outros trombolíticos, e consequentemente, deve ser feita a manutenção da monitoramento clínico regularmente.
Interações contraindicadas
Metotrexato em doses maiores que 20 mg/semana utilizado com ácido acetilsalicílico nas doses anti-inflamatórias, analgésicas ou antipiréticas: aumento da toxicidade74 de metotrexato, em especial a toxicidade74 hematológica (devido à redução na depuração renal30 do metotrexato pelo ácido acetilsalicílico) (veja item “4. Contraindicações”).
Anticoagulantes43 orais utilizados com ácido acetilsalicílico nas doses anti-inflamatórias, analgésicas ou antipiréticas e em pacientes com histórico de úlcera44 gastroduodenal: risco aumentado de hemorragia79 (veja item “4. Contraindicações”).
Interações não recomendadas
Outros fármacos anti-inflamatórios não-esteróides com salicilatos em altas doses: aumento do risco de úlceras38 e sangramento gastrintestinal devido a efeito sinérgico.
Heparinas de baixo peso molecular (e moléculas relacionadas) e as heparinas não fracionadas em doses anticoagulantes43, ou em pacientes idosos (≥ 65 anos), independente da dose de heparina, e para doses anti-inflamatórias, analgésicas ou antipiréticas do ácido acetilsalicílico: risco aumentado de hemorragia79 (inibição da agregação plaquetária e agressão da mucosa80 gastroduodenal pelo ácido acetilsalicílico). Outro medicamento anti-inflamatório, analgésico11 ou antipirético12 deve ser usado.
Clopidogrel (além das indicações aprovadas para essa combinação em pacientes com síndrome67 coronariana aguda): risco aumentado de hemorragia79. Se a coadministração não puder ser evitada, é recomendado o monitoramento clínico.
Ticlopidina: aumento do risco de hemorragia79. Se a coadministração não puder ser evitada, é recomendado o monitoramento clínico.
Uricosúricos, como benzbromarona e probenecida: diminuição do efeito uricosúrico (competição com o ácido úrico pela eliminação tubular renal30).
Glicocorticóides sistêmicos81, exceto a hidrocortisona utilizada como terapia de reposição na doença de Addison: diminuição dos níveis de salicilato plasmático durante o tratamento com corticosteroides e risco de superdose de salicilato após interrupção do tratamento, por aumento da eliminação de salicilatos pelos corticosteroides, aumentando o risco de hemorragia79.
Pemetrexede em pacientes com insuficiência renal40 leve a moderada (depuração de creatinina82 entre 45 mL/min e 80 mL/min): risco aumentado de toxicidade74 pelo pemetrexede (devido à diminuição da depuração renal30 do pemetrexede pelo ácido acetilsalicílico) com doses anti-inflamatórias do ácido acetilsalicílico.
Anagrelida: risco aumentado de hemorragia79 e diminuição do efeito antitrombótico. Se a coadministração não puder ser evitada, é recomendado o monitoramento clínico.
Interações que requerem precaução para uso
Diuréticos83 (por exemplo: furosemida, bumetanida, diuréticos83 de alça; hidroclorotiazida, clortalidona, indapamida (diuréticos83 tiazídicos); espironolactona, amilorida (diuréticos83 poupadores de potássio); manitol (diurético84 osmótico85)), inibidores da enzima86 conversora de angiotensina (ECA) (por exemplo: captopril, ramipril, enalapril, lisinopril) e os antagonistas dos receptores da angiotensina II (por exemplo: losartana, valsartana) utilizados com ácido acetilsalicílico nas doses anti- inflamatórias, analgésicas ou antipiréticas: insuficiência renal40 aguda pode ocorrer em pacientes desidratados, devido à diminuição da taxa de filtração glomerular secundária à diminuição da síntese de prostaglandinas14 renais. Além disso, pode ocorrer redução do efeito anti-hipertensivo. Certifique-se de que o paciente está hidratado e a função renal30 é monitorada no início do tratamento.
Metotrexato em doses iguais ou inferiores a 20 mg/semana utilizado com ácido acetilsalicílico nas doses anti-inflamatórias, analgésicas ou antipiréticas: aumento da toxicidade74 hematológica do metotrexato (diminuição da depuração renal30 do metotrexato por agentes anti- inflamatórios em geral e deslocamento do metotrexato, ligado às proteínas23 plasmáticas, pelos salicilatos).
Clopidogrel (nas indicações aprovadas para essa combinação em pacientes com síndrome67 coronariana aguda): risco aumentado de hemorragia79. É recomendado o monitoramento clínico.
Gastrointestinais de ação local, antiácidos87 e carvão: excreção renal30 aumentada do ácido acetilsalicílico devido a alcalinização da urina88. Recomenda-se administrar medicações gastrointestinais de ação local e antiácidos87 com pelo menos 2 horas de intervalo da administração do ácido acetilsalicílico.
Pemetrexede em pacientes com função renal30 normal: risco aumentado da toxicidade74 pelo pemetrexede (devido à diminuição da depuração renal30 do pemetrexede pelo ácido acetilsalicílico) com doses anti-inflamatórias do ácido acetilsalicílico. A função renal30 deve ser monitorada.
Outras interações
Glicocorticoides (exceto a hidrocortisona utilizada na terapia de reposição) com doses analgésicas e antipiréticas do ácido acetilsalicílico: risco aumentado de hemorragia79.
Deferasirox com doses anti-inflamatórias, analgésicas ou antipiréticas do ácido acetilsalicílico: risco aumentado de úlceras38 e hemorragias89 gastrointestinais.
Heparinas de baixo peso molecular (e moléculas relacionadas) e as heparinas não fracionadas em doses preventivas em pacientes com menos de 65 anos de idade: a coadministração atua em diferentes níveis da hemostasia90 aumentando o risco de hemorragia79. Portanto, em pacientes com menos de 65 anos de idade, a coadministração de heparinas em doses de prevenção (ou moléculas relacionadas) e ácido acetilsalicílico, qualquer que seja a dose, deve ser considerada através da manutenção do monitoramento clínico e monitoramento laboratorial, conforme necessário.
Trombolíticos/ outros inibidores da agregação plaquetária/ hemostasia90: aumento do risco de sangramento.
Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs): aumento do risco de sangramento do trato gastrintestinal alto91 por possível efeito sinérgico (por exemplo: citalopram, escitalopram, fluoxetina, fluvoxamina, paroxetina, sertralina).
Digoxina: a diminuição da excreção renal30 provoca elevação das concentrações plasmáticas de digoxina.
Medicamentos para diabetes92, como por exemplo, insulina93 e sulfonilureias94: aumento do efeito hipoglicemiante95 por altas doses do ácido acetilsalicílico via ação hipoglicêmica do ácido acetilsalicílico e deslocamento da sulfonilureia ligada às proteínas23 plasmáticas.
Ácido valpróico: aumento da toxicidade74 do ácido valpróico por deslocamento dos sítios de ligação às proteínas23.
Álcool: aumento do dano à mucosa80 gastrintestinal e aumento do tempo de sangramento pelos efeitos aditivos do ácido acetilsalicílico e álcool.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Conservar em temperatura ambiente (15°C a 30°C).
O prazo de validade do medicamento é de 24 meses a partir da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Aspirina® MicroAtiva é um comprimido redondo e branco. Cada comprimido traz gravado de um lado “BA 500” e do outro a cruz Bayer.
Antes de usar observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Tomar os comprimidos preferencialmente após as refeições, com bastante líquido.
Adultos: 1 a 2 comprimidos com repetição de dose conforme necessário após um período mínimo de 4 horas. A dose diária máxima não deve exceder 6 comprimidos.
Idosos: 1 comprimido com repetição de dose conforme necessário após um período mínimo de 4 horas. A dose diária máxima não deve exceder 4 comprimidos.
Crianças com mais de 12 anos de idade (40 kg ou mais): 1 comprimido com repetição de dose conforme necessário após um período mínimo de 4 horas. A dose diária máxima não deve exceder 3 comprimidos.
O ácido acetilsalicílico não deve ser tomado por mais de 3 dias para febre3 e 3 a 4 dias para dor, salvo sob orientação médica.
O ácido acetilsalicílico deve ser usado com cautela em pacientes com função renal30 ou hepática53 prejudicada ou problemas de circulação48.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
REAÇÕES ADVERSAS
As reações adversas listadas a seguir foram identificadas durante o uso pós aprovação do ácido acetilsalicílico. Considerando que as reações são reportadas voluntariamente e afetadas por vários fatores, não é possível estimar a frequência das reações adversas.
Podem ocorrer distúrbios do trato gastrintestinal superior96 e inferior como sinais97 e sintomas71 de dispepsia98, dor gastrintestinal e abdominal; raramente inflamação99 gastrintestinal, úlcera44 gastrintestinal, levando potencialmente, mas raramente, a hemorragia79 e perfuração gastrintestinal, com respectivos sinais97 e sintomas71 clínicos e laboratoriais.
Por seu efeito inibitório sobre as plaquetas20, o ácido acetilsalicílico pode estar associado a um aumento do risco de sangramento. Foram observados sangramentos tais como hemorragia79 peri-operatória, hematomas100, epistaxe101, sangramento urogenital102 e sangramento gengival. Foram raros a raríssimos os relatos de sangramentos graves, como hemorragia79 do trato gastrintestinal, hemorragia79 cerebral (especialmente em pacientes com hipertensão76 não controlada e/ ou em uso concomitante de agentes anti-hemostáticos), que em casos isolados podem ter potencial risco de morte.
A hemorragia79 pode provocar anemia103 pós-hemorrágica39/por deficiência de ferro (por exemplo, sangramento oculto) crônica ou aguda com respectivos sinais97 e sintomas71 clínicos e laboratoriais, tais como astenia104, palidez e hipoperfusão.
Podem ocorrer reações de hipersensibilidade com suas respectivas manifestações clínicas e laboratoriais, inclusive síndrome67 asmática, reações leves a moderadas que potencialmente afetam a pele105, o trato respiratório, o trato gastrintestinal e o sistema cardiovascular106, com sintomas71 tais como erupção107 cutânea108, urticária34, edema109, prurido58, rinite36, congestão nasal, alterações cardio – respiratórias e, muito raramente, reações graves, incluindo choque anafilático110.
Muito raramente foi relatada disfunção hepática53 transitória com elevação das transaminases hepáticas111.
Há relatos de zumbidos e tonturas112, que podem ser indicativos de sobredose.
Hemólise61 e anemia hemolítica62 em pacientes com formas severas de deficiência de glicose60-6-fosfato desidrogenase (G6PD) foram relatadas. Insuficiência renal40 e falência renal30 aguda foram relatadas.
O ácido acetilsalicílico pode causar a síndrome67 de Reye, uma rara, mas grave reação, com possível risco de morte, que se apresenta como distúrbio da consciência, comportamento anormal ou vômitos68, em crianças com doença viral (veja item “5. Advertências e Precauções”).
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
A intoxicação por salicilatos (doses acima de 100 mg/kg/dia por mais de 2 dias consecutivos podem ser tóxicas) pode resultar em intoxicação crônica, terapeuticamente adquirida e de intoxicação aguda (sobredose) com potencial risco de morte, que pode ser causada por ingestão acidental em crianças ou intoxicação acidental.
A intoxicação crônica por salicilatos pode ser insidiosa, uma vez que os sinais97 e sintomas71 são inespecíficos. A intoxicação crônica leve por salicilatos, ou salicilismo, normalmente ocorre somente após o uso repetido de altas doses. Os sintomas71 incluem tontura113, vertigem114, zumbidos, surdez, sudorese115, náuseas116 e vômitos68, cefaleia4 e confusão, podendo ser controlados pela redução da dose. Zumbidos podem ocorrer com concentrações plasmáticas entre 150 e 300 mcg/mL. Reações adversas mais graves ocorrem com concentrações acima de 300 mcg/mL.
A principal manifestação da intoxicação aguda é um distúrbio grave do equilíbrio ácido - base, que pode variar com a idade e gravidade da intoxicação. A apresentação mais comum nas crianças é a acidose metabólica117. A gravidade da intoxicação não pode ser estimada apenas pela concentração plasmática. A absorção do ácido acetilsalicílico pode ser retardada pela diminuição do esvaziamento gástrico, formação de concreções118 no estômago119, ou pela ingestão de formulações com revestimento entérico. O manejo da intoxicação por ácido acetilsalicílico é determinado pela sua extensão, estágio, sintomas71 clínicos e de acordo com as técnicas de tratamento padrão para intoxicação. As principais medidas são acelerar a excreção do fármaco120, bem como restaurar o metabolismo24 ácido – base e eletrolítico.
Devido aos complexos efeitos fisiopatológicos da intoxicação por salicilatos, sinais97 e sintomas71/ achados clínicos e laboratoriais podem incluir:
Sinais97 e sintomas71 |
Achados clínicos e laboratoriais |
Medidas terapêuticas |
Intoxicação leve a moderada |
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Lavagem gástrica121, administração repetida de carvão ativado e diurese122 alcalina forçada. |
Taquipnéia123, hiperventilação e alcalose124 respiratória. |
Alcalemia, alcalúria |
Manejo de fluidos e eletrólitos125 |
Diaforese126 (Perspiração) |
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Náusea127 e vômito128 |
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Intoxicação moderada a grave |
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Lavagem gástrica121, administrações repetidas de carvão ativado, diurese122 alcalina forçada e hemodiálise129 nos casos graves |
Alcalose124 respiratória com acidose metabólica117 compensatória |
Acidemia130, acidúria |
Manejo de fluidos e eletrólitos125 |
Hiperpirexia |
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Manejo de fluidos e eletrólitos125 |
Manifestações respiratórias: desde hiperventilação, edema pulmonar131 não cardiogênico até parada respiratória e asfixia132 |
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Manifestações cardiovasculares: desde arritmias133 e hipotensão134 até parada cardíaca |
por exemplo: alteração da pressão arterial135 e do ECG |
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Perda de fluidos e eletrólitos125: desidratação136, oligúria137, insuficiência renal40 |
por exemplo: hipocalemia138, hipernatremia139, hiponatremia140 e alteração da função renal30 |
Manejo de fluidos e eletrólito141 |
Alteração do metabolismo24 da glicose60, cetose |
Hiperglicemia142, hipoglicemia143 (especialmente em crianças). |
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Zumbido e surdez |
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Manifestações gastrintestinais: sangramento gastrintestinal |
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Manifestações hematológicas: variando desde inibição da agregação plaquetária até coagulopatias |
por exemplo: tempo de protrombina144 prolongado, hipoprotrombinemia |
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Manifestações neurológicas: encefalopatia145 tóxica e depressão do Sistema Nervoso Central146 com manifestações variando desde letargia147 e confusão até coma148 e convulsões |
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Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
Siga corretamente o modo de usar, não desaparecendo os sintomas71 procure orientação médica.
MS - 1. 7056.0020
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