INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS ADEFORTE

Atualizado em 18/05/2016


Palmitato de retinol (vitamina1 A): antiácidos2 com hidróxido de alumínio diminuem a absorção do retinol, por precipitação dos ácidos biliares no duodeno3; devem ser evitadas doses elevadas de retinol na vigência do uso de anticoagulantes4 cumarínicos, para evitar a ocorrência de hipoprotrombinemia; a colestiramina e o colestipol administrados por via oral podem interferir na absorção do retinol e as necessidades dessa vitamina1 podem aumentar em pacientes que receberem estes medicamentos; a administração simultânea de retinol com óleo mineral, neomicina, sucralfato e isotretinoína dá lugar a efeitos tóxicos aditivos (recomenda-se administrar o colecalciferol pela manhã e o óleo mineral à noite); a administração simultânea com a vitamina1 E pode facilitar a absorção, armazenamento hepático e utilização do retinol, reduzindo a sua toxicidade5; doses elevadas desta vitamina1 podem consumir as reservas de vitamina1 A; anticoncepcionais orais podem aumentar as concentrações plasmáticas de retinol; o tabaco diminui a absorção de vitamina1 A (fumantes podem necessitar de doses suplementares); alcoolismo crônico6 interfere na habilidade do organismo de transportar e metabolizar a vitamina1 A.

Colecalciferol (vitamina1 D3): antiácidos2 com alumínio diminuem a absorção de vitamina1 D; os diuréticos7 tiazídicos e medicamentos contendo altas doses de cálcio, se co-administrados com colecalciferol em pacientes hipoparatireoidianos, podem conduzir à hipercalcemia; colestiramina, colestipol e óleo mineral alteram a absorção de vitamina1 D, podendo ser necessárias doses suplementares (recomenda-se administrar o colecalciferol pela manhã e o óleo mineral à noite); digitálicos aumentam o risco de arritmias8; medicamentos contendo fosfato aumentam os riscos de elevar os níveis de fosfato no plasma9; a vitamina1 D pode antagonizar o efeito da calcitonina10 no tratamento da hipercalcemia; derivados de vitamina1 D, tais como calciferol, calcitrol, dihidrotaquisterol e ergocalciferol, quando administrados conjuntamente, aumentam o potencial de toxicidade5 por efeito aditivo; alcoolismo crônico6 causa depleção11 nos níveis hepáticos de vitamina1 D.

Acetato de racealfatocoferol (vitamina1 E): antiácidos2 (hidróxido de alumínio) podem precipitar os ácidos biliares no intestino delgado12 e assim diminuir absorção da vitamina1 E; não utilizar anticoagulantes4 com grandes doses de tocoferol, pela possibilidade de ocorrer hipoprotrombinemia; a colestiramina, o colestipol, o óleo mineral e o sucralfato podem diminuir a absorção da vitamina1 E (recomenda-se administrar o colecalciferol pela manhã e o óleo mineral à noite); o tocoferol pode facilitar a absorção, armazenamento e utilização da vitamina1 A, reduzindo o potencial de toxicidade5 do retinol; doses excessivas de vitamina1 E causam depleção11 de vitamina1 A; suplementos de ferro podem prejudicar a absorção de vitamina1 E, e a vitamina1 E diminui o efeito do suplemento de ferro; o tabaco diminui a absorção de vitamina1 E (fumantes podem necessitar de doses suplementares de vitamina1 E); alcoolismo crônico6 causa depleção11 nos níveis hepáticos de vitamina1 E.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Vitamina: Compostos presentes em pequenas quantidades nos diversos alimentos e nutrientes e que são indispensáveis para o desenvolvimento dos processos biológicos normais.
2 Antiácidos: É uma substância que neutraliza o excesso de ácido, contrariando o seu efeito. É uma base que aumenta os valores de pH de uma solução ácida.
3 Duodeno: Parte inicial do intestino delgado que se estende do piloro até o jejuno.
4 Anticoagulantes: Substâncias ou medicamentos que evitam a coagulação, especialmente do sangue.
5 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
6 Crônico: Descreve algo que existe por longo período de tempo. O oposto de agudo.
7 Diuréticos: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.
8 Arritmias: Arritmia cardíaca é o nome dado a diversas perturbações que alteram a frequência ou o ritmo dos batimentos cardíacos.
9 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
10 Calcitonina: Hormônio secretado pela glândula tireoide que inibe a perda de cálcio dos ossos.
11 Depleção: 1. Em patologia, significa perda de elementos fundamentais do organismo, especialmente água, sangue e eletrólitos (sobretudo sódio e potássio). 2. Em medicina, é o ato ou processo de extração de um fluido (por exxemplo, sangue) 3. Estado ou condição de esgotamento provocado por excessiva perda de sangue. 4. Na eletrônica, em um material semicondutor, medição da densidade de portadores de carga abaixo do seu nível e do nível de dopagem em uma temperatura específica.
12 Intestino delgado: O intestino delgado é constituído por três partes: duodeno, jejuno e íleo. A partir do intestino delgado, o bolo alimentar é transformado em um líquido pastoso chamado quimo. Com os movimentos desta porção do intestino e com a ação dos sucos pancreático e intestinal, o quimo é transformado em quilo, que é o produto final da digestão. Depois do alimento estar transformado em quilo, os produtos úteis para o nosso organismo são absorvidos pelas vilosidades intestinais, passando para os vasos sanguíneos.

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