
SUPERDOSE ADEFORTE
Palmitato de retinol (vitamina1 A): a ingestão de doses excessivas de vitamina1 A em dose única ou mesmo por períodos prolongados, pode provocar toxicidade2 severa; os primeiros sinais3 da intoxicação provocados pelo excesso de vitamina1 A, incluem prurido4, descamação5 da pele6, alteração do crescimento do cabelo7, fissura8 nos lábios, dor ósteo-articular, cefaléia9, diplopia10, anorexia11, fadiga12, irritabilidade, crises convulsivas, vômitos13 incoercíveis e hemorragias14; em crianças, pode ocorrer protusão das fontanelas15 e vômitos13; em crianças maiores e adultos, aumento da pressão intracraniana (pseudotumor cerebral); pode ocorrer também hepatoesplenomegalia16, com alterações histopatológicas que incluem hipertrofia17 celular com depósitos de gordura18, fibrose19, esclerose20 das veias21 centrais, cirrose22 e ascite23, como resultado da hipertensão24 portal; os sinais3 de superdosagem crônica do retinol são dores nos ossos ou articulações25, ressecamento da pele6 e lábios, febre26, mal estar, dor de cabeça27, fotossensibilidade, nictúria28, irritabilidade, perda de apetite, queda de cabelo7, epigastralgia29, cansaço, vômitos13, manchas de cor amarelo-alaranjado na palma das mãos30, na planta dos pés e ao redor do nariz31 e lábios, papiledema, hipomenorréia, hemólise32, e anemia33; os sintomas34 de toxicidade2 aparecem cerca de 6 horas após a ingestão de altas doses de vitamina1 A. A toxicidade2 é lentamente reversível após suspensão do tratamento, mas pode persistir durante várias semanas.
Colecalciferol (vitamina1 D3): os efeitos do colecalciferol podem durar mais de 2 meses após a suspensão da administração; os sinais3 iniciais de toxicidade2 por vitamina1 D associada a hipercalcemia incluem náuseas35 e vômitos13, normalmente mais freqüentes em crianças e adolescentes, diarréia36, secura da boca37, dor de cabeça27, sede intensa, perda de apetite, gosto metálico, e fadiga12; sinais3 tardios de toxicidade2 por vitamina1 D associada a hipercalcemia: urina38 turva, hipertensão arterial39, fotossensibilidade e irritação ocular, nictúria28, arritmias40 cardíacas, ardência na pele6, astenia41, dores musculares, náuseas35 e vômitos13 e epigastralgia29, crises convulsivas, e perda de peso; a administração crônica de colecalciferol pode provocar nefrocalcinose e calcificação42 de outros tecidos, inclusive vasculares43; estes efeitos têm mais tendência a serem produzidos quando a hipercalcemia está acompanhada de hiperfosfatemia; o crescimento pode ser retardado, especialmente depois da administração prolongada de 1.800 UI ou mais de vitamina1 D ao dia; a dosagem necessária para se produzir toxicidade2 varia com a sensibilidade individual, mas 50.000 UI de colecalciferol ao dia durante mais de 6 meses podem causar toxicidade2.
Acetato de racealfatocoferol (vitamina1 E): com doses superiores a 400 a 800 mg/dia,por períodos prolongados pode haver visão44 turva, diarréia36, cefaléia9, náusea45 ou cólica, e fadiga12; as doses mais elevadas (superiores a 800 mg/dia) têm sido associadas a uma maior incidência46 de sangramento em pacientes com deficiência de vitamina1 K, alteração do metabolismo47 tireoidiano, função sexual diminuída, e risco de tromboembolia.
As hipervitaminoses são tratadas suspendendo-se a administração das vitaminas e iniciando um tratamento sintomático48 e de manutenção. Alguns sinais3 e sintomas34 desaparecem em uma semana; outros podem persistir durante semanas ou meses. Se persistir hipercalcemia, administrar soro49 fisiológico50 intravenoso, prednisona e calcitonina51. Fazer testes de função hepática52. Pode-se também incluir dieta pobre em cálcio, ingestão abundante de líquidos, acidificação da urina38 e tratamento sintomático48 e de manutenção. As crises hipercalcêmicas necessitam hidratação vigorosa com soro49 fisiológico50 intravenoso para aumentar a excreção de cálcio, com ou sem diurético53. A terapia adicional pode incluir diálise54 ou administração de corticosteróides ou calcitonina51 e a não exposição excessiva à luz solar. O tratamento pode ser retomado com doses reduzidas, quando as concentrações séricas de cálcio voltarem aos níveis normais.