PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS DIPROSPAN
O tratamento com hormônio1 corticosteróide é um coadjuvante2 e não substitui a terapêutica3 convencional.
DIPROSPAN Injetável NÃO deverá ser usado por via endovenosa ou subcutânea4. Técnica estritamente asséptica é mandatória com o uso de DIPROSPAN Injetável. Reajustes posológicos poderão ser necessários para remissões ou exacerbações do processo posológico, conforme a resposta individual de cada paciente sob tratamento e quando ocorrer exposição do paciente a situações de estresse, isto é, infecção5 grave, cirurgia ou traumatismo6. Após o término de um tratamento prolongado com corticóides em altas doses, poderá ser necessária monitorização por até um ano.
Insuficiência7 adrenocortical secundária induzida pelo medicamento, pode resultar da retirada muito rápida do corticóide, e poderá ser minimizada pela redução gradual da dose.
A menor dose possível de corticóide deverá ser usada para controlar a condição sob tratamento. Quando a redução da dose for possível, deverá ser gradual. Uma vez que as complicações do tratamento com os glicocorticóides são dependentes da dose e da duração do tratamento, uma decisão em termos de risco/benefício deve ser tomada para cada paciente individualmente.
DIPROSPAN Injetável contém dois ésteres de betametasona, um dos quais, fosfato dissódico de betametasona, desaparece rapidamente do local da injeção8. O potencial para efeitos sistêmicos9 produzidos por esta porção solúvel de DIPROSPAN Injetável deverá ser considerada pelo médico ao usar este preparado.
Os efeitos dos corticóides estão aumentados em pacientes com hipotireoidismo10 e naqueles com cirrose11.
Aconselha-se cautela ao se usar corticóides em pacientes com herpes simples ocular.
Os corticóides podem agravar uma instabilidade emocional ou tendências psicóticas pré-existentes.
A aspirina deverá ser usada com cautela associada a corticóides em pacientes com hipoprotrombinemia.
Corticóides deverão ser usados com cautela em colite12 ulcerativa não-específica, quando houver probabilidade de perfuração iminente, abscesso13 ou outra infecção5 piogênica; diverticulite14; anastomose15 intestinal recente; úlcera péptica16 ativa ou latente; insuficiência renal17; hipertensão18; osteoporose19 e miastenia20 gravis.
Visto que as complicações do tratamento com corticosteróides são dependentes da dose e duração do tratamento, uma decisão baseada na relação risco/benefício deverá ser tomada para cada caso individual.
Os corticosteróides podem mascarar sinais21 de infecção5, e novas infecções22 podem surgir durante o seu uso. Quando os corticosteróides são usados, pode ocorrer uma diminuição da resistência e uma dificuldade de localizar o sítio de uma nova infecção5.
O uso prolongado de corticosteróides pode produzir catarata23 subcapsular posterior, especialmente em crianças, glaucoma24 com possível dano ao nervo óptico, podendo aumentar a incidência25 de infecções22 oculares secundárias devidas a fungos ou vírus26.
Elevação da pressão arterial27 e retenção hidrossalina, assim como um aumento da excreção de potássio, ocorrem com menos freqüência com os derivados sintéticos, exceto quando usados em altas doses. Todos os corticosteróides aumentam a excreção de cálcio. Enquanto em tratamento com corticóides, os pacientes não deverão ser vacinados contra a varíola. Outros procedimentos de imunização28 não deverão ser realizados em pacientes recebendo corticosteróides, principalmente em altas doses. Quando o corticosteróide estiver sendo utilizado como terapia de reposição (por exemplo Doença de Adison) os procedimentos de imunização28 podem ser realizados normalmente. Pacientes em uso de doses imunossupressoras que entrem em contato com pessoas portadoras de varicela29 ou sarampo30 devem procurar orientação médica., principalmente crianças.
O tratamento com corticosteróides em tuberculose31 ativa deverá ser restrito aos casos de tuberculose31 fulminante ou disseminada, nos quais o corticosteróide é usado em associação com um esquema antituberculoso apropriado.
Se os corticóides são indicados em pacientes com tuberculose31 latente, se faz necessária uma observação cuidadosa. Durante tratamento prolongado estes pacientes deverão receber quimioprofilaxia. O uso de rifampicina no programa de quimioprofilaxia, devido a seu efeito de estimulação do clearance dos glicocorticóides, pode impor um reajuste na dose empregada.
O crescimento e desenvolvimento de crianças e lactentes32 fazendo uso prolongado de corticóides, deverão ser acompanhados cuidadosamente.
O tratamento com corticosteróides pode alterar a motilidade e o número de espermatozóides33.
Devido a ocorrência de raros casos de reações anafiláticas34 e com o uso parenteral de corticóides, deverão ser tomadas medidas apropriadas de precaução antes da administração, especialmente se o paciente apresenta uma história de alergia35 medicamentosa.
Com o tratamento prolongado, deverá ser considerada a transferência da administração parenteral para oral, depois da avaliação dos potenciais benefícios e riscos.
A administração intra-articular e/ou intralesional36 pode produzir efeitos sistêmicos9 e locais. Isto deverá ser levado em consideração em pacientes sendo tratados concomitantemente com corticosteróides oral e/ou parenteral. É necessário o exame do líquido sinovial37 para excluir um processo infeccioso. Evitar a injeção8 local em uma articulação38 previamente infectada. O aumento da dor e do edema39 local, restrição maior dos movimentos articulares, febre40 e mal-estar são sugestivos de artrite41 séptica. Se a infecção5 for confirmada, deverá ser instituída terapia antimicrobiana apropriada.
Corticosteróides não deverão ser injetados em articulações42 não estáveis, áreas infectadas ou espaços intervertebrais. Injeções repetidas em articulações42 com osteoartrite43 podem aumentar a destruição articular. Evitar injetar corticosteróides diretamente nos tendões44. Técnica estritamente asséptica é mandatória.
Em seguida a terapia corticóide intra-articular, o paciente deverá ser alertado quanto a evitar o uso excessivo da articulação38 na qual foi obtido benefício sintomático45.
A administração intramuscular de corticóides deverá ser feita profundamente em grandes massas musculares para evitar atrofia46 tissular47 local.
As injeções intralesionais e em tecidos moles podem produzir efeitos sistêmicos9 e locais.
Uso durante a gravidez48 e lactação49
O uso de corticosteróides durante a gestação, em mulheres lactantes50 e em idade fértil exige que os possíveis benefícios do fármaco51 sejam pesados contra os potenciais riscos para a mãe, feto52 e lactente53. Crianças nascidas de mães que receberam doses substanciais de corticóides durante a gestação deverão ser observadas cuidadosamente para detecção de sinais21 de hipoadrenalismo.