CARACTERÍSTICAS UNIFENITOIN

Atualizado em 24/05/2016

A Fenitoína pertence ao grupo das hidantoínas. É considerada como a droga de escolha para o tratamento das crises convulsivas generalizadas e todas as formas de crises parciais epilépticas, de grande mal. O mecanismo de ação não é conhecido totalmente, possivelmente as hidantoínas estabilizem as membranas neuronais tanto no corpo celular como na sinapse e limitem a difusão da atividade epiléptica ou neuronal. Nos neurônios1 a Fenitoína diminui a entrada dos íons2 sódio e cálcio, porque prolonga o tempo de inativação do canal durante a geração dos impulsos nervosos. Nas células3 de Glia e em outros tipos de células3 não neuronais, pode estar aumentada a saída de sódio e entrada de potássio. Na sinapse, a Fenitoína diminui a potencialização pós-tetânica e pós-descarga repetida.
Os anticonvulsivantes do grupo das hidantoínas tem o efeito excitatório sobre o cérebro4, ativando as vias inibitórias que se projetam sobre o córtex cerebral. Este efeito também pode reduzir a atividade epiléptica que está associada a um aumento da descarga das células de Purkinje5 do cérebro4.
Após administração oral, a absorção é lenta e variável. Quando a administração é via parenteral a absorção é muito lenta, mas completa (92%). A ligação com proteínas6 plasmáticas é alta, cerca de 90% ou mais. A metabolização é hepática7. O principal metabólito8 inativo da Fenitoína é a 5-(p-hidroxifenol)-5 fenolhidantoína (HPPH).
A meia-vida da Fenitoína é de 22 horas com grandes variações individuais entre 7 a 42 horas. O tempo até a concentração máxima após administração oral é de 1,5 a 3 horas.

- INDICAÇÕES:
No tratamento e prevenção do grande mal epiléptico; nas epilepsias psicomotoras, na epilepsia9 pós-neurocirúrgica e no tratamento do status epiléptico.

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Complementos

1 Neurônios: Unidades celulares básicas do tecido nervoso. Cada neurônio é formado por corpo, axônio e dendritos. Sua função é receber, conduzir e transmitir impulsos no SISTEMA NERVOSO. Sinônimos: Células Nervosas
2 Íons: Átomos ou grupos atômicos eletricamente carregados.
3 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
4 Cérebro: Derivado do TELENCÉFALO, o cérebro é composto dos hemisférios direito e esquerdo. Cada hemisfério contém um córtex cerebral exterior e gânglios basais subcorticais. O cérebro inclui todas as partes dentro do crânio exceto MEDULA OBLONGA, PONTE e CEREBELO. As funções cerebrais incluem as atividades sensório-motora, emocional e intelectual.
5 Células de Purkinje: Neurônios eferentes do córtex cerebelar.
6 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
7 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
8 Metabólito: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
9 Epilepsia: Alteração temporária e reversível do funcionamento cerebral, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se. Quando restritos, a crise será chamada crise epiléptica parcial; quando envolverem os dois hemisférios cerebrais, será uma crise epiléptica generalizada. O paciente pode ter distorções de percepção, movimentos descontrolados de uma parte do corpo, medo repentino, desconforto no estômago, ver ou ouvir de maneira diferente e até perder a consciência - neste caso é chamada de crise complexa. Depois do episódio, enquanto se recupera, a pessoa pode sentir-se confusa e ter déficits de memória. Existem outros tipos de crises epilépticas.

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