PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS UNIFENITOIN
Gerais: A retirada abrupta do medicamento em pacientes epilépticos pode precipitar o estado epiléptico. Usar com cautela em pacientes com hipotensão1 e insuficiência2 miocárdica grave.
Há risco de aumento na ocorrência de infecções3 graves em pacientes com discrasia sangüínea. Hepatite4 induzida é uma das síndromes mais comumente relatadas com o uso de Fenitoína.
Durante o tratamento, deve-se fazer contagem das células5 sangüíneas à intervalos mensais.
Deve-se evitar o uso concomitante com drogas que afetam o sistema hematopoético6.
Deve-se ficar atento ao aparecimento de indisposição, inflamação7 na garganta8, febre9, sangramento de mucosas10, petéquias11, reações cutâneas12 e outros sintomas13 indicativos de discrasias sangüíneas14. Os sinais15 de depressão marcante das células5 sangüíneas indicam necessidade de suspender o medicamento.
Algumas evidências sugerem que Fenitoína pode interferir com o metabolismo16 do ácido fólico, podendo induzir anemia megaloblástica17. Se houver aumento dos nódulos linfáticos, deve-se substituir por outro anticonvulsivante.
Deve-se observar cuidadosamente quando a droga é administrada por via intravenosa e existir uma possível depressão do nódulo18 sino-atrial. Fenitoína pode aumentar os níveis de glicose19 em pessoas hiperglicêmicas.
Pode ocorrer hiperplasia20 gengival durante os primeiros 6 meses do tratamento.
Uma pequena parte dos indivíduos tratada com hidantoína metaboliza substâncias lentamente.
Gravidez21: A maioria das mulheres que usam medicamentos antiepilépticos tem tido filhos normais, porém há uma possibilidade de ocorrerem malformações22 congênitas23 em crianças nascidas de mulheres epilépticas, portanto deve-se avaliar se o benefício para a paciente é maior do que o risco potencial para o feto24.
Amamentação25: Em razão da passagem de Fenitoína para o leite materno, seu uso em lactantes26 deve ser avaliado.
Pediatria: As crianças são mais suscetíveis à hiperplasia20 gengival que os adultos. Alguns relatos mostram que as crianças podem diminuir o rendimento escolar se tratadas cronicamente com Fenitoína.
- INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
Pode interagir com álcool e depressores do sistema nervoso central27, produzindo aumento dos efeitos depressores. O uso crônico28 do álcool pode reduzir as concentrações séricas e a efetividade das hidantoínas; o uso concomitante de anticonvulsivantes com álcool, pode aumentar as concentrações das hidantoínas.
O uso de Fenitoína e amiodarona pode aumentar os níveis plasmáticos da hidantoína, aumentando seus efeitos e/ou toxicidade29.
Antiácidos30 contendo alumínio, magnésio, carbonato de cálcio podem diminuir a biodisponibilidade da Fenitoína. Deve-se ter intervalos de 2 a 3 horas entre as administrações destas substâncias com Fenitoína.
Anticoagulantes31, derivados da cumarina ou indandiona, cloranfenicol, cimetidina, dissulfiram, isoniazida, metilfenidato, fenilbutazona, ranitidina, salicilato e sulfonamidas podem aumentar as concentrações séricas de Fenitoína, devido à diminuição do metabolismo16 e, consequentemente aumentar seus efeitos e/ou toxicidade29. Se necessário, ajustes de dose podem ser feitos.
Anticonvulsivantes, succinimida, carbamazepina, anticoncepcionais contendo estrógenos, corticosteróides, glucocorticóides e mineralocorticóides, corticotrofina (ACTH), ciclosporina, glicosídeos digitálicos, disopiramida, doxiciclina, estrógenos, furosemida, levodopa ou quinidina podem ter seus efeitos terapêuticos e as concentrações plasmáticas reduzidas, resultando no aumento do metabolismo16 induzido pela Fenitoína. Ajustes de doses nestes medicamentos devem ser necessários. Carbamazepina pode também induzir o metabolismo16 das hidantoínas.
O sulfato de cálcio quando usado como excipiente em cápsulas de Fenitoína, pode diminuir sua absorção de 20%. Aconselha-se ingerir suplementos de cálcio, comprimidos ou cápsulas, contendo sulfato de cálcio como excipiente, após um intervalo de 1 - 3 horas depois de ter tomado Fenitoína.
Não se recomenda o uso de Fenitoína com diazoxida oral, pois pode diminuir a eficácia da Fenitoína e o efeito hiperglicêmico de diazoxida.
A administração concomitante de fluconazol e Fenitoína resulta em aumento da concentração desta última.
A administração concomitante de Cetoconazol e Fenitoína altera o metabolismo16 de ambas as drogas e, por isso, deve-se monitorar as respostas das mesmas.
Quando miconazol é administrado junto com Fenitoína, ocorre aumento da concentração desta última. Se necessário, ajustes de dose podem ser feitos antes e após terapia com miconazol.
Fluoxetina pode elevar as concentrações de Fenitoína, ocasionando sintomas13 de toxicidade29. Deve-se monitorar os pacientes.
Lidocaína, propranolol e provavelmente outros bloqueadores a-adrenérgicos32 em uso concomitante à Fenitoína intravenosa, podem produzir efeitos depressores cardíacos.
O uso crônico28 de Fenitoína pode aumentar o metabolismo16 de metadona e precipitar a síndrome33 de abstinência em pacientes dependentes de opióides que estejam em tratamento; a dose de metadona deve ser ajustada no início da terapia ou quando está é descontinuada.
O uso concomitante de Fenitoína e fenacemida pode aumentar o risco de toxicidade29.
A Rifampicina pode estimular o metabolismo16, aumentando a eliminação de Fenitoína, e com isto, neutralizar o efeito anticonvulsivante. Estreptomicina pode ter seus efeitos terapêuticos reduzidos pela Fenitoína. Sulcralfato pode reduzir a absorção de Fenitoína. Ácido valpróico pode deslocar Fenitoína das proteínas34, inibir seu metabolismo16; Fenitoína, por sua vez pode diminuir os níveis do ácido valpróico. Pode haver um risco de toxicidade29 hepática35, especialmente em crianças.
O uso concomitante de Fenitoína e xantinas, como aminofilina, cafeína, oxtrifilina, teofilina, pode estimular o metabolismo16 hepático desta, resultando no aumento do clearance de teofilina. As xantinas podem ainda inibir a absorção de Fenitoína. As concentrações plasmáticas de Fenitoína e teofilina devem ser monitoradas durante terapia simultânea, podendo haver necessidade de ajuste de ambas as concentrações.
Fenitoína interage ainda com antidepressivos tricíclicos, bupropiona, clozapina, haloperidol, loxapina, maprotilina, molindona, inibidores da monoamina oxidase, incluindo furazolidona e procarbazina, fenotiazinas, primozida, tioxantenicos, antidiabéticos orais36 ou insulina37, barbituratos, primidona, dopamina38, enflurano, halotano, metoxiflurano. Nutrição parenteral39 ou enteral podem alterar as concentrações plasmáticas de Fenitoína.
Interage ainda com ácido fólico, leucovorim, levotiroxina40, nifedipina, verapamil, omeprazol, praziquantel, trazodona e vitamina41 D.