PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS UNIFENITOIN

Atualizado em 24/05/2016

Gerais: A retirada abrupta do medicamento em pacientes epilépticos pode precipitar o estado epiléptico.  Usar com cautela em pacientes com hipotensão1 e insuficiência2 miocárdica grave.
Há risco de aumento na ocorrência de infecções3 graves em pacientes com discrasia sangüínea. Hepatite4 induzida é uma das síndromes mais comumente relatadas com o uso de Fenitoína.
Durante o tratamento, deve-se fazer contagem das células5 sangüíneas à intervalos mensais.
Deve-se evitar o uso concomitante com drogas que afetam o sistema hematopoético6.
Deve-se ficar atento ao aparecimento de indisposição, inflamação7 na garganta8, febre9, sangramento de mucosas10, petéquias11, reações cutâneas12 e outros sintomas13 indicativos de discrasias sangüíneas14. Os sinais15 de depressão marcante das células5 sangüíneas indicam necessidade de suspender o medicamento.
Algumas evidências sugerem que Fenitoína pode interferir com o metabolismo16 do ácido fólico, podendo induzir anemia megaloblástica17. Se houver aumento dos nódulos linfáticos, deve-se substituir por outro anticonvulsivante.
Deve-se observar cuidadosamente quando a droga é administrada por via intravenosa e existir uma possível depressão do nódulo18 sino-atrial. Fenitoína pode aumentar os níveis de glicose19 em pessoas hiperglicêmicas.
Pode ocorrer hiperplasia20 gengival durante os primeiros 6 meses do tratamento.
Uma pequena parte dos indivíduos tratada com hidantoína metaboliza substâncias lentamente.
Gravidez21: A maioria das mulheres que usam medicamentos antiepilépticos tem tido filhos normais, porém há uma possibilidade de ocorrerem malformações22 congênitas23 em crianças nascidas de mulheres epilépticas, portanto deve-se avaliar se o benefício para a paciente é maior do que o risco potencial para o feto24.
Amamentação25: Em razão da passagem de Fenitoína para o leite materno, seu uso em lactantes26 deve ser avaliado.
Pediatria: As crianças são mais suscetíveis à hiperplasia20 gengival que os adultos. Alguns relatos mostram que as crianças podem diminuir o rendimento escolar se tratadas cronicamente com Fenitoína.

- INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
Pode interagir com álcool e depressores do sistema nervoso central27, produzindo aumento dos efeitos depressores. O uso crônico28 do álcool pode reduzir as concentrações séricas e a efetividade das hidantoínas; o uso concomitante de anticonvulsivantes com álcool, pode aumentar as concentrações das hidantoínas.
O uso de Fenitoína e amiodarona pode aumentar os níveis plasmáticos da hidantoína, aumentando seus efeitos e/ou toxicidade29.
Antiácidos30 contendo alumínio, magnésio, carbonato de cálcio podem diminuir a biodisponibilidade da Fenitoína. Deve-se ter intervalos de 2 a 3 horas entre as administrações destas substâncias com Fenitoína.
Anticoagulantes31, derivados da cumarina ou indandiona, cloranfenicol, cimetidina, dissulfiram, isoniazida, metilfenidato, fenilbutazona, ranitidina, salicilato e sulfonamidas podem aumentar as concentrações séricas de Fenitoína, devido à diminuição do metabolismo16 e, consequentemente aumentar seus efeitos e/ou toxicidade29. Se necessário, ajustes de dose podem ser feitos.
Anticonvulsivantes, succinimida, carbamazepina, anticoncepcionais contendo estrógenos, corticosteróides, glucocorticóides e mineralocorticóides, corticotrofina (ACTH), ciclosporina, glicosídeos digitálicos, disopiramida, doxiciclina, estrógenos, furosemida, levodopa ou quinidina podem ter seus efeitos terapêuticos e as concentrações plasmáticas reduzidas, resultando no aumento do metabolismo16 induzido pela Fenitoína. Ajustes de doses nestes medicamentos devem ser necessários. Carbamazepina pode também induzir o metabolismo16 das hidantoínas.
O sulfato de cálcio quando usado como excipiente em cápsulas de Fenitoína, pode diminuir sua absorção de 20%. Aconselha-se ingerir suplementos de cálcio, comprimidos ou cápsulas, contendo sulfato de cálcio como excipiente, após um intervalo de 1 - 3 horas depois de ter tomado Fenitoína.
Não se recomenda o uso de Fenitoína com diazoxida oral, pois pode diminuir a eficácia da Fenitoína e o efeito hiperglicêmico de diazoxida.
A administração concomitante de fluconazol e Fenitoína resulta em aumento da concentração desta última.
A administração concomitante de Cetoconazol e Fenitoína altera o metabolismo16 de ambas as drogas e, por isso, deve-se monitorar as respostas das mesmas.
Quando miconazol é administrado junto com Fenitoína, ocorre aumento da concentração desta última. Se necessário, ajustes de dose podem ser feitos antes e após terapia com miconazol.
Fluoxetina pode elevar as concentrações de Fenitoína, ocasionando sintomas13 de toxicidade29. Deve-se monitorar os pacientes.
Lidocaína, propranolol e provavelmente outros bloqueadores a-adrenérgicos32 em uso concomitante à Fenitoína intravenosa, podem produzir efeitos depressores cardíacos.
O uso crônico28 de Fenitoína pode aumentar o metabolismo16 de metadona e precipitar a síndrome33 de abstinência em pacientes dependentes de opióides que estejam em tratamento; a dose de metadona deve ser ajustada no início da terapia ou quando está é descontinuada.
O uso concomitante de Fenitoína e fenacemida pode aumentar o risco de toxicidade29.
A Rifampicina pode estimular o metabolismo16, aumentando a eliminação de Fenitoína, e com isto, neutralizar o efeito anticonvulsivante. Estreptomicina pode ter seus efeitos terapêuticos reduzidos pela Fenitoína. Sulcralfato pode reduzir a absorção de Fenitoína. Ácido valpróico pode deslocar Fenitoína das proteínas34, inibir seu metabolismo16; Fenitoína, por sua vez pode diminuir os níveis do ácido valpróico. Pode haver um risco de toxicidade29 hepática35, especialmente em crianças.
O uso concomitante de Fenitoína e xantinas, como aminofilina, cafeína, oxtrifilina, teofilina, pode estimular o metabolismo16 hepático desta, resultando no aumento do clearance de teofilina. As xantinas podem ainda inibir a absorção de Fenitoína. As concentrações plasmáticas de Fenitoína e teofilina devem ser monitoradas durante terapia simultânea, podendo haver necessidade de ajuste de ambas as concentrações.
Fenitoína interage ainda com antidepressivos tricíclicos, bupropiona, clozapina, haloperidol, loxapina, maprotilina, molindona, inibidores da monoamina oxidase, incluindo furazolidona e procarbazina, fenotiazinas, primozida, tioxantenicos, antidiabéticos orais36 ou insulina37, barbituratos, primidona, dopamina38, enflurano, halotano, metoxiflurano. Nutrição parenteral39 ou enteral podem alterar as concentrações plasmáticas de Fenitoína.
Interage ainda com ácido fólico, leucovorim, levotiroxina40, nifedipina, verapamil, omeprazol, praziquantel, trazodona e vitamina41 D.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
2 Insuficiência: Incapacidade de um órgão ou sistema para realizar adequadamente suas funções.Manifesta-se de diferentes formas segundo o órgão comprometido. Exemplos: insuficiência renal, hepática, cardíaca, respiratória.
3 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
4 Hepatite: Inflamação do fígado, caracterizada por coloração amarela da pele e mucosas (icterícia), dor na região superior direita do abdome, cansaço generalizado, aumento do tamanho do fígado, etc. Pode ser produzida por múltiplas causas como infecções virais, toxicidade por drogas, doenças imunológicas, etc.
5 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
6 Sistema Hematopoético:
7 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
8 Garganta: Tubo fibromuscular em forma de funil, que leva os alimentos ao ESÔFAGO e o ar à LARINGE e PULMÕES. Situa-se posteriormente à CAVIDADE NASAL, à CAVIDADE ORAL e à LARINGE, extendendo-se da BASE DO CRÂNIO à borda inferior da CARTILAGEM CRICÓIDE (anteriormente) e à borda inferior da vértebra C6 (posteriormente). É dividida em NASOFARINGE, OROFARINGE e HIPOFARINGE (laringofaringe).
9 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
10 Mucosas: Tipo de membranas, umidificadas por secreções glandulares, que recobrem cavidades orgânicas em contato direto ou indireto com o meio exterior.
11 Petéquias: Pequenas lesões da pele ou das mucosas, de cor vermelha ou azulada, características da púrpura. São lesões hemorrágicas, que não desaparecem à pressão, cujo tamanho não ultrapassa alguns milímetros.
12 Cutâneas: Que dizem respeito à pele, à cútis.
13 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
14 Discrasias sangüíneas: Qualquer alteração envolvendo os elementos celulares do sangue, glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.
15 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
16 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
17 Anemia megaloblástica: É uma doença na qual a medula óssea produz hemácias gigantes e imaturas. Esse distúrbio é provocado pela carência de vitamina B12 ou de ácido fólico no organismo. Uma vez que esses fatores são importantes para a síntese de DNA e responsáveis pela eritropoiese, a sua falta causa um defeito na síntese de DNA, levando ao desequilíbrio no crescimento e divisão celular.
18 Nódulo: Lesão de consistência sólida, maior do que 0,5cm de diâmetro, saliente na hipoderme. Em geral não produz alteração na epiderme que a recobre.
19 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
20 Hiperplasia: Aumento do número de células de um tecido. Pode ser conseqüência de um estímulo hormonal fisiológico ou não, anomalias genéticas no tecido de origem, etc.
21 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
22 Malformações: 1. Defeito na forma ou na formação; anomalia, aberração, deformação. 2. Em patologia, é vício de conformação de uma parte do corpo, de origem congênita ou hereditária, geralmente curável por cirurgia. Ela é diferente da deformação (que é adquirida) e da monstruosidade (que é incurável).
23 Congênitas: 1. Em biologia, o que é característico do indivíduo desde o nascimento ou antes do nascimento; conato. 2. Que se manifesta espontaneamente; inato, natural, infuso. 3. Que combina bem com; apropriado, adequado. 4. Em termos jurídicos, é o que foi adquirido durante a vida fetal ou embrionária; nascido com o indivíduo. Por exemplo, um defeito congênito.
24 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
25 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.
26 Lactantes: Que produzem leite; que aleitam.
27 Sistema Nervoso Central: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
28 Crônico: Descreve algo que existe por longo período de tempo. O oposto de agudo.
29 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
30 Antiácidos: É uma substância que neutraliza o excesso de ácido, contrariando o seu efeito. É uma base que aumenta os valores de pH de uma solução ácida.
31 Anticoagulantes: Substâncias ou medicamentos que evitam a coagulação, especialmente do sangue.
32 Adrenérgicos: Que agem sobre certos receptores específicos do sistema simpático, como o faz a adrenalina.
33 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
34 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
35 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
36 Antidiabéticos orais: Quaisquer medicamentos que, administrados por via oral, contribuem para manter a glicose sangüínea dentro dos limites normais. Eles podem ser um hipoglicemiante, se forem capazes de diminuir níveis de glicose previamente elevados, ou um anti-hiperglicemiante, se agirem impedindo a elevação da glicemia após uma refeição.
37 Insulina: Hormônio que ajuda o organismo a usar glicose como energia. As células-beta do pâncreas produzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina.
38 Dopamina: É um mediador químico presente nas glândulas suprarrenais, indispensável para a atividade normal do cérebro.
39 Nutrição parenteral: Administração de alimentos utilizando um acesso venoso. Utilizada em situações nas quais o trato digestivo encontra-se seriamente danificado (pancreatite grave, sepse grave, etc.). Os alimentos são administrados em sua forma mais simples, como se fossem digeridos, para que possam ser absorvidos pelas células.
40 Levotiroxina: Levotiroxina sódica ou L-tiroxina (T4) é um hormônio sintético usado no tratamento de reposição hormonal quando há déficit de produção de tiroxina (T4) pela glândula tireoide.
41 Vitamina: Compostos presentes em pequenas quantidades nos diversos alimentos e nutrientes e que são indispensáveis para o desenvolvimento dos processos biológicos normais.

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