SUPERDOSAGEM LOPRESSOR

Atualizado em 24/05/2016

Sinais1 e sintomas2
A intoxicação em função de superdosagem de LOPRESSOR pode levar a hipotensão3 grave, bradicardia4 sinusal, bloqueio atrioventricular, insuficiência cardíaca5, choque6 cardiogênico, parada cardíaca, broncoespasmo7, perda da consciência (ou mesmo, coma8), convulsões, náuseas9, vômitos10 e cianose11.
A ingestão concomitante de álcool, anti-hipertensivos, quinidina ou barbituratos, agravam estes sinais1 e sintomas2.
As primeiras manifestações de superdosagem aparecem entre  20 minutos e 2 horas após a ingestão de LOPRESSOR. Os efeitos de uma superdosagem maciça podem persistir por muitos dias, independentemente do declínio das concentrações plasmáticas.
Tratamento
Os pacientes devem ser hospitalizados e, geralmente, devem ser tratados em unidade de terapia intensiva12, com monitorização contínua da função cardíaca, gases sangüíneos e bioquímica sangüínea. Medidas de suporte de emergência13, tais como ventilação14 artificial ou marca-passo15 cardíaco, devem ser instituídas quando apropriadas. Mesmo os pacientes que ingeriram uma pequena superdosagem, e que estejam aparentemente bem, devem ser cuidadosamente observados em relação aos sinais1 de intoxicação por no mínimo 4 horas.
Em  caso de superdosagem com risco de vida potencial, induzir o vômito16 ou realizar lavagem gástrica17 (se estiver dentro das 4 horas após a ingestão de LOPRESSOR) e/ou administrar carvão ativado para retirar  o fármaco18 do trato gastrintestinal . É improvável que a hemodiálise19 seja útil para a eliminação do  metoprolol.
Pode-se administrar atropina endovenosa para controlar a bradicardia4 significativa. Deve-se utilizar b-agonistas, tais como prenalterol ou isoprenalina, por via  endovenosa, para tratar a bradicardia4 e a hipotensão3; podem ser necessárias altas dosagem para reverter o efeito betabloqueador. Pode-se administrar dopamina20, dobutamina ou noradrenalina21 para manter a pressão arterial22. O glucagon23 tem efeitos inotrópico e cronotrópico positivos sobre o coração24, que são independentes dos receptores b-adrenérgicos25, e têm sido eficazes no tratamento de hipotensão3 resistente e insuficiência cardíaca5 associadas com superdosagem de betabloqueadores.
O diazepam é a droga de escolha para o controle das  convulsões. Um b2-agonista26 ou aminofilina pode ser administrado para reverter o broncoespasmo7; os pacientes devem ser monitorizados para  evidenciar arritmias27 cardíacas durante a administração de broncodilatadores28.
O fenômeno de retirada do betabloqueador pode ocorrer após a superdosagem. (veja Precauções e Advertências).

18.09.96

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Complementos

1 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
2 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
3 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
4 Bradicardia: Diminuição da freqüência cardíaca a menos de 60 batimentos por minuto. Pode estar associada a distúrbios da condução cardíaca, ao efeito de alguns medicamentos ou a causas fisiológicas (bradicardia do desportista).
5 Insuficiência Cardíaca: É uma condição na qual a quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada minuto (débito cardíaco) é insuficiente para suprir as demandas normais de oxigênio e de nutrientes do organismo. Refere-se à diminuição da capacidade do coração suportar a carga de trabalho.
6 Choque: 1. Estado de insuficiência circulatória a nível celular, produzido por hemorragias graves, sepse, reações alérgicas graves, etc. Pode ocasionar lesão celular irreversível se a hipóxia persistir por tempo suficiente. 2. Encontro violento, com impacto ou abalo brusco, entre dois corpos. Colisão ou concussão. 3. Perturbação brusca no equilíbrio mental ou emocional. Abalo psíquico devido a uma causa externa.
7 Broncoespasmo: Contração do músculo liso bronquial, capaz de produzir estreitamento das vias aéreas, manifestado por sibilos no tórax e falta de ar. É uma contração vista com freqüência na asma.
8 Coma: 1. Alteração do estado normal de consciência caracterizado pela falta de abertura ocular e diminuição ou ausência de resposta a estímulos externos. Pode ser reversível ou evoluir para a morte. 2. Presente do subjuntivo ou imperativo do verbo “comer.“
9 Náuseas: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc .
10 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
11 Cianose: Coloração azulada da pele e mucosas. Pode significar uma falta de oxigenação nos tecidos.
12 Terapia intensiva: Tratamento para diabetes no qual os níveis de glicose são mantidos o mais próximo do normal possível através de injeções freqüentes ou uso de bomba de insulina, planejamento das refeições, ajuste em medicamentos hipoglicemiantes e exercícios baseados nos resultados de testes de glicose além de contatos freqüentes entre o diabético e o profissional de saúde.
13 Emergência: 1. Ato ou efeito de emergir. 2. Situação grave, perigosa, momento crítico ou fortuito. 3. Setor de uma instituição hospitalar onde são atendidos pacientes que requerem tratamento imediato; pronto-socorro. 4. Eclosão. 5. Qualquer excrescência especializada ou parcial em um ramo ou outro órgão, formada por tecido epidérmico (ou da camada cortical) e um ou mais estratos de tecido subepidérmico, e que pode originar nectários, acúleos, etc. ou não se desenvolver em um órgão definido.
14 Ventilação: 1. Ação ou efeito de ventilar, passagem contínua de ar fresco e renovado, num espaço ou recinto. 2. Agitação ou movimentação do ar, natural ou provocada para estabelecer sua circulação dentro de um ambiente. 3. Em fisiologia, é o movimento de ar nos pulmões. Perfusão Em medicina, é a introdução de substância líquida nos tecidos por meio de injeção em vasos sanguíneos.
15 Marca-passo: Dispositivo implantado no peito ou no abdômen com o por objetivo de regular os batimentos cardíacos.
16 Vômito: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Pode ser classificado como: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
17 Lavagem gástrica: É a introdução, através de sonda nasogástrica, de líquido na cavidade gástrica, seguida de sua remoção.
18 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.
19 Hemodiálise: Tipo de diálise que vai promover a retirada das substâncias tóxicas, água e sais minerais do organismo através da passagem do sangue por um filtro. A hemodiálise, em geral, é realizada 3 vezes por semana, em sessões com duração média de 3 a 4 horas, com o auxílio de uma máquina, dentro de clínicas especializadas neste tratamento. Para que o sangue passe pela máquina, é necessária a colocação de um catéter ou a confecção de uma fístula, que é um procedimento realizado mais comumente nas veias do braço, para permitir que estas fiquem mais calibrosas e, desta forma, forneçam o fluxo de sangue adequado para ser filtrado.
20 Dopamina: É um mediador químico presente nas glândulas suprarrenais, indispensável para a atividade normal do cérebro.
21 Noradrenalina: Mediador químico do grupo das catecolaminas, liberado pelas fibras nervosas simpáticas, precursor da adrenalina na parte interna das cápsulas das glândulas suprarrenais.
22 Pressão arterial: A relação que define a pressão arterial é o produto do fluxo sanguíneo pela resistência. Considerando-se a circulação como um todo, o fluxo total é denominado débito cardíaco, enquanto a resistência é denominada de resistência vascular periférica total.
23 Glucagon: Hormônio produzido pelas células-alfa do pâncreas. Ele aumenta a glicose sangüínea. Uma forma injetável de glucagon, disponível por prescrição médica, pode ser usada no tratamento da hipoglicemia severa.
24 Coração: Órgão muscular, oco, que mantém a circulação sangüínea.
25 Adrenérgicos: Que agem sobre certos receptores específicos do sistema simpático, como o faz a adrenalina.
26 Agonista: 1. Em farmacologia, agonista refere-se às ações ou aos estímulos provocados por uma resposta, referente ao aumento (ativação) ou diminuição (inibição) da atividade celular. Sendo uma droga receptiva. 2. Lutador. Na Grécia antiga, pessoa que se dedicava à ginástica para fortalecer o físico ou como preparação para o serviço militar.
27 Arritmias: Arritmia cardíaca é o nome dado a diversas perturbações que alteram a frequência ou o ritmo dos batimentos cardíacos.
28 Broncodilatadores: São substâncias farmacologicamente ativas que promovem a dilatação dos brônquios.

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