CARACTERÍSTICAS: &NBSP UNIFEDRINE

Atualizado em 24/05/2016

A Efedrina estimula os receptores alfa e beta-adrenérgicos1 e aumenta a liberação da norepinefrina endógena dos neurônios2 simpáticos, resultando em aumento da pressão sangüínea3 sistólica e diastólica e aumento do débito cardíaco4. A Efedrina também aumenta de modo variável a resistência periférica5 e, conseqüentemente, aumenta a pressão arterial6. As respostas pressoras do uso parenteral da Efedrina são mais lentas, porém mais duradouras que as produzidas pela adrenalina7. A Efedrina também estimula o sistema nervoso central8 (SNC9), mais precisamente o córtex cerebral e os centros subcorticais, produzindo efeitos de narcolepsia e estados de depressão. Os efeitos da Efedrina sobre o sistema nervoso10 são similares aos das anfetaminas, porém menos pronunciados.
A ativação dos receptores beta-adrenérgicos1 nos pulmões11 promove a broncodilação, aliviando o broncoespasmo12, aumentando a capacidade vital13, diminuindo o volume residual14 e reduzindo a resistência das vias aéreas.
Pode ocorrer taquifilaxia com doses repetidas.
A Efedrina é rapidamente absorvida após administração intramuscular ou subcutânea15. Após 10 a 20 minutos da injeção intramuscular16, a Efedrina inicia sua ação. As respostas pressoras e cardíacas persistem por 30 minutos a 1 hora após administração de 25 a 50mg da Efedrina. Pequenas quantidades da droga são metabolizadas no fígado17, sendo que alguns de seus metabólitos18 são a p-hidroxiefedrina, a p-hidroxinorefedrina e a norefedrina. A droga e seus metabólitos18 são excretados pela urina19, na maior parte na forma inalterada. O nível de excreção depende do pH da urina19, sendo maior quando a urina19 está ácida. Apresenta meia-vida de cerca de 3 horas quando o pH urinário é 5, e de 6 horas quando o pH é 6,3.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Adrenérgicos: Que agem sobre certos receptores específicos do sistema simpático, como o faz a adrenalina.
2 Neurônios: Unidades celulares básicas do tecido nervoso. Cada neurônio é formado por corpo, axônio e dendritos. Sua função é receber, conduzir e transmitir impulsos no SISTEMA NERVOSO. Sinônimos: Células Nervosas
3 Pressão sangüínea: Força exercida pelo sangue arterial por unidade de área da parede arterial. É expressa como uma razão (Exemplo: 120/80, lê-se 120 por 80). O primeiro número é a pressão sistólica ou pressão máxima. E o segundo número é a presão diastólica ou mínima.
4 Débito cardíaco: Quantidade de sangue bombeada pelo coração para a aorta a cada minuto.
5 Resistência periférica: A resistência periférica é a dificuldade que o sangue encontra em passar pela rede de vasos sanguíneos. Ela é representada pela vasocontratilidade da rede arteriolar especificamente, sendo este fator importante na regulação da pressão arterial diastólica. A resistência é dependente das fibras musculares na camada média dos vasos, dos esfíncteres pré-capilares e de substâncias reguladoras da pressão como a angiotensina e a catecolamina.
6 Pressão arterial: A relação que define a pressão arterial é o produto do fluxo sanguíneo pela resistência. Considerando-se a circulação como um todo, o fluxo total é denominado débito cardíaco, enquanto a resistência é denominada de resistência vascular periférica total.
7 Adrenalina: 1. Hormônio secretado pela medula das glândulas suprarrenais. Atua no mecanismo da elevação da pressão sanguínea, é importante na produção de respostas fisiológicas rápidas do organismo aos estímulos externos. Usualmente utilizado como estimulante cardíaco, como vasoconstritor nas hemorragias da pele, para prolongar os efeitos de anestésicos locais e como relaxante muscular na asma brônquica. 2. No sentido informal significa disposição física, emocional e mental na realização de tarefas, projetos, etc. Energia, força, vigor.
8 Sistema Nervoso Central: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
9 SNC: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
10 Sistema nervoso: O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP). O SNC é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal e a porção periférica está constituída pelos nervos cranianos e espinhais, pelos gânglios e pelas terminações nervosas.
11 Pulmões: Órgãos do sistema respiratório situados na cavidade torácica e responsáveis pelas trocas gasosas entre o ambiente e o sangue. São em número de dois, possuem forma piramidal, têm consistência esponjosa e medem cerca de 25 cm de comprimento. Os pulmões humanos são divididos em segmentos denominados lobos. O pulmão esquerdo possui dois lobos e o direito possui três. Os pulmões são compostos de brônquios que se dividem em bronquíolos e alvéolos pulmonares. Nos alvéolos se dão as trocas gasosas ou hematose pulmonar entre o meio ambiente e o corpo, com a entrada de oxigênio na hemoglobina do sangue (formando a oxiemoglobina) e saída do gás carbônico ou dióxido de carbono (que vem da célula como carboemoglobina) dos capilares para o alvéolo.
12 Broncoespasmo: Contração do músculo liso bronquial, capaz de produzir estreitamento das vias aéreas, manifestado por sibilos no tórax e falta de ar. É uma contração vista com freqüência na asma.
13 Capacidade vital: Representa o maior volume de ar mobilizado, podendo ser medido tanto na inspiração quanto na expiração.
14 Volume residual: Volume de ar que permanece no pulmão após uma expiração máxima.
15 Subcutânea: Feita ou situada sob a pele; hipodérmica.
16 Injeção intramuscular: Injetar medicamento em forma líquida no músculo através do uso de uma agulha e seringa.
17 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
18 Metabólitos: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
19 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.

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