PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS UNIFEDRINE

Atualizado em 24/05/2016

Gerais: A Efedrina deve ser usada com cautela em pacientes com hipertireoidismo1, hipertensão2, doenças cardíacas (incluindo insuficiência3 coronária, angina4 pectoris e pacientes recebendo digitálicos), arritmias5, diabete e instabilidade do sistema vasomotor.Deve-se monitorar os pacientes que estão recebendo Efedrina através dos seguintes testes: pressão sangüínea6 (preferencialmente intra-arterial), eletrocardiograma7 (ECG), fluxo urinário, débido cardíaco, pressão venosa central, pressão arterial8 pulmonar e pressão dos capilares9 pulmonares.
Os agentes simpatomiméticos não são substitutos da reposição de sangue10, plasma11, fluídos e/ou eletrólitos12.
Recomenda-se cautela durante a administração do medicamento para evitar o seu extravasamento, que pode causar necrose13 do tecido14 circundante. Caso isso ocorra, a  necrose13 pode ser prevenida pela imediata infiltração de 10 a 15 ml de injeção15 de cloreto de sódio 0,9% contendo 5 a 10mg de fentolamina. Uma seringa16 com uma agulha hipodérmica fina deve ser usada e a solução deve ser infiltrada generosamente por toda a área afetada.
Gravidez17:  Não se sabe se a Efedrina pode causar dano fetal quando administrada à gestante ou se pode afetar a capacidade reprodutiva. O Sulfato de Efedrina deve ser administrado à gestante somente se estritamente necessário.
A administração parenteral de Efedrina para manter a pressão sangüínea6 durante queda ou anestesia18 espinal para parto, pode causar aceleração cardíaca fetal e não deve ser usada em obstetrícia se a pressão materna estiver acima de 130/80mmHg.  
Amamentação19: a Efedrina é excretada no leite materno. O uso por lactantes20 não é recomendado devido ao possíveis riscos para os lactentes21.
Pediatria: a Efedrina deve ser usada com cautela em crianças por causa de sua maior suscetibilidades  aos efeitos do medicamento.

- INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
O Sulfato de Efedrina não deve ser administrado concomitantemente com outras drogas simpatomiméticas pela possibilidade de somação de efeitos e aumento da toxicidade22.
Agentes bloqueadores alfa-adrenérgicos23 podem reduzir a resposta vasopressora à Efedrina, causando vasodilatação.
As drogas bloqueadoras beta-adrenérgicas podem bloquear os efeitos cardíacos e broncodilatadores24 da Efedrina.
A administração da Efedrina aos pacientes que estão sendo anestesiados com ciclopropano ou compostos halogenados é contra-indicada.
Drogas como a reserpina e metildopa que reduzem as reservas de noradrenalina25 nas terminações dos nervos simpáticos, podem reduzir as respostas pressoras da Efedrina. Alguns diuréticos26 também podem diminuir a resposta de drogas pressoras como a Efedrina.
A Efedrina pode antagonizar o bloqueio nervoso produzido pela guanetidina, resultando daí uma diminuição do efeito hipertensivo e necessitando aumento de doses posteriores.
A Efedrina também deve ser usada cuidadosamente com  os glicosídeos cardíacos e outras drogas que sensibilizam o miocárdio27 às ações dos agentes simpatomiméticos.
Todos os vasomotores devem ser usados cuidadosamente em pacientes tomando inibidores da monoamina-oxidase (IMAO28). O uso concomitante pode prolongar e intensificar a estimulação cardíaca e os efeitos pressores causados pela liberação das catecolaminas que são acumuladas nos neurônios29 durante a terapia com IMAO28.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Hipertireoidismo: Doença caracterizada por um aumento anormal da atividade dos hormônios tireoidianos. Pode ser produzido pela administração externa de hormônios tireoidianos (hipertireoidismo iatrogênico) ou pelo aumento de uma produção destes nas glândulas tireóideas. Seus sintomas, entre outros, são taquicardia, tremores finos, perda de peso, hiperatividade, exoftalmia.
2 Hipertensão: Condição presente quando o sangue flui através dos vasos com força maior que a normal. Também chamada de pressão alta. Hipertensão pode causar esforço cardíaco, dano aos vasos sangüíneos e aumento do risco de um ataque cardíaco, derrame ou acidente vascular cerebral, além de problemas renais e morte.
3 Insuficiência: Incapacidade de um órgão ou sistema para realizar adequadamente suas funções.Manifesta-se de diferentes formas segundo o órgão comprometido. Exemplos: insuficiência renal, hepática, cardíaca, respiratória.
4 Angina: Inflamação dos elementos linfáticos da garganta (amígdalas, úvula). Também é um termo utilizado para se referir à sensação opressiva que decorre da isquemia (falta de oxigênio) do músculo cardíaco (angina do peito).
5 Arritmias: Arritmia cardíaca é o nome dado a diversas perturbações que alteram a frequência ou o ritmo dos batimentos cardíacos.
6 Pressão sangüínea: Força exercida pelo sangue arterial por unidade de área da parede arterial. É expressa como uma razão (Exemplo: 120/80, lê-se 120 por 80). O primeiro número é a pressão sistólica ou pressão máxima. E o segundo número é a presão diastólica ou mínima.
7 Eletrocardiograma: Registro da atividade elétrica produzida pelo coração através da captação e amplificação dos pequenos potenciais gerados por este durante o ciclo cardíaco.
8 Pressão arterial: A relação que define a pressão arterial é o produto do fluxo sanguíneo pela resistência. Considerando-se a circulação como um todo, o fluxo total é denominado débito cardíaco, enquanto a resistência é denominada de resistência vascular periférica total.
9 Capilares: Minúsculos vasos que conectam as arteríolas e vênulas.
10 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
11 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
12 Eletrólitos: Em eletricidade, é um condutor elétrico de natureza líquida ou sólida, no qual cargas são transportadas por meio de íons. Em química, é uma substância que dissolvida em água se torna condutora de corrente elétrica.
13 Necrose: Conjunto de processos irreversíveis através dos quais se produz a degeneração celular seguida de morte da célula.
14 Tecido: Conjunto de células de características semelhantes, organizadas em estruturas complexas para cumprir uma determinada função. Exemplo de tecido: o tecido ósseo encontra-se formado por osteócitos dispostos em uma matriz mineral para cumprir funções de sustentação.
15 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
16 Seringa: Dispositivo usado para injetar medicações ou outros líquidos nos tecidos do corpo. A seringa de insulina é formada por um tubo plástico com um êmbolo e uma agulha pequena na ponta.
17 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
18 Anestesia: Diminuição parcial ou total da sensibilidade dolorosa. Pode ser induzida por diferentes medicamentos ou ser parte de uma doença neurológica.
19 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.
20 Lactantes: Que produzem leite; que aleitam.
21 Lactentes: Que ou aqueles que mamam, bebês. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
22 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
23 Adrenérgicos: Que agem sobre certos receptores específicos do sistema simpático, como o faz a adrenalina.
24 Broncodilatadores: São substâncias farmacologicamente ativas que promovem a dilatação dos brônquios.
25 Noradrenalina: Mediador químico do grupo das catecolaminas, liberado pelas fibras nervosas simpáticas, precursor da adrenalina na parte interna das cápsulas das glândulas suprarrenais.
26 Diuréticos: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.
27 Miocárdio: Tecido muscular do CORAÇÃO. Composto de células musculares estriadas e involuntárias (MIÓCITOS CARDÍACOS) conectadas, que formam a bomba contrátil geradora do fluxo sangüíneo. Sinônimos: Músculo Cardíaco; Músculo do Coração
28 IMAO: Tipo de antidepressivo que inibe a enzima monoaminoxidase (ou MAO), hoje usado geralmente como droga de terceira linha para a depressão devido às restrições dietéticas e ao uso de certos medicamentos que seu uso impõe. Deve ser considerada droga de primeira escolha no tratamento da depressão atípica (com sensibilidade à rejeição) ou agente útil no distúrbio do pânico e na depressão refratária. Pode causar hipotensão ortostática e efeitos simpaticomiméticos tais como taquicardia, suores e tremores. Náusea, insônia (associada à intensa sonolência à tarde) e disfunção sexual são comuns. Os efeitos sobre o sistema nervoso central incluem agitação e psicoses tóxicas. O término da terapia com inibidores da MAO pode estar associado à ansiedade, agitação, desaceleração cognitiva e dor de cabeça, por isso sua retirada deve ser muito gradual e orientada por um médico psiquiatra.
29 Neurônios: Unidades celulares básicas do tecido nervoso. Cada neurônio é formado por corpo, axônio e dendritos. Sua função é receber, conduzir e transmitir impulsos no SISTEMA NERVOSO. Sinônimos: Células Nervosas

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