FARMACODINÂMICA MAXAQUIN
A ação bactericida resulta da interferência na atividade da enzima1 bacteriana DNA-girase, necessária para transcrição e replicação do DNA da bactéria2. Conseqüentemente ocorre inibição do superespiralamento do DNA dependente de ATP3, inibição do relaxamento do DNA superespiralado e quebra da dupla haste do DNA.
Atividade microbiológica4:A lomefloxacina é um agente antimicrobiano com atividade "in vitro" contra bactérias Gram-negativas e Gram-positivas. Estudos "in vitro" assinalaram que este quinolônico tem ação sobre:
GRAM-NEGATIVOS: Acinetobacter sp (incluindo A. calcoaceticus ssp lwoffi e A. calcoaceticus ssp. anitratun), Aeromonas hydrophilia, Alcaligenes sp, Branhamella catarrhalis (beta lactamase + e -), Campylobacter sp (incluindo C.jejuni e C.pylori), Citrobacter sp (incluindo C.diversus e C.freundii), Enterobacter sp (incluindo E.aerogenes, E. agglomerans e E.cloacae), Escherichia coli, Hafnia alvei, Haemophilus sp (incluindo cepas5 beta lactamase + e - de H.influenzae e H.parainfluenzae) e H.ducreyi, Klebsiella sp (incluindo K.oxytoca, K.ozaenae, e K. pneumoniae), Legionella pneumophilia, Morganella morganii, Neisseria sp (incluindo cepas5 beta lactamase + e - de N.gonorrhoeae e N.meningitidis), Proteus sp (incluindo P.mirabilis e P.vulgaris), Providencia sp (incluindo P.alcalifaciens, P.rettgeri e P.stuartii), Pseudomonas sp (incluindo P. aeruginosa e P.fluorescens), Salmonella sp (incluindo S. enteritidis e S.typhi), Serratia sp (incluindo S.liquifaciens e S.marcescens), Shigella sp (incluindo S.dysenteriae, S.flexneri e S.sonnei), Vibrio sp (incluindo V.cholerae e V.parahemolyticus), Yersinia enterocolitica.
A maioria das cepas5 de Pseudomonas cepacia, Pseudomonas maltophilia, Ureaplasma urealyticum e Mycoplasma hominis são moderadamente susceptíveis à lomefloxacina. Convém ressatar que é extraordinariamente eficaz contra Neisseria gonorrhoeae.
GRAM-POSITIVOS: Staphylococcus sp (incluindo cepas5 de S.aureus e S.epidermidis meticilina-susceptíveis e meticilina-resistentes) e S.saprophyticus.
A maioria das cepas5 de estreptococos do grupo D (incluindo enterococos) e Streptococcus pneumoniae são moderadamente susceptíveis à lomefloxacina como o são o Mycobacterium tuberculosis e a Chlamydia trachomatis.
A maioria das bactérias anaeróbicas são resistentes à lomefloxacina, incluindo Bacteroides fragilis e Clostridium difficile. A maioria dos estreptococos dos grupos A e B são resistentes.
A lomefloxacina é levemente menos ativa quando testada em pH ácido. Um aumento no tamanho do inóculo tem pouco efeito sobre a atividade " in vitro" da lomefloxacina. A resistência "in vitro" a lomefloxacina desenvolve-se lentamente (mutação6 de múltiplos passos). Um desenvolvimento rápido da resistência num único passo ocorre somente raramente <10-9) "in vitro".
Não há resistência cruzada entre lomefloxacina e outras classes de agentes antimicrobianos tais como aminoglicosídeos, penicilinas, tetraciclinas, cefalosporinas ou sulfonamidas. Tem sido relatada resistência cruzada entre lomefloxacina e outros agentes antimicrobianos da classe das quinolonas. Estudos "in vitro" têm mostrado que freqüentemente resulta atividade aditiva quando lomefloxacina é combinado com outros agentes antimicrobianos tais como beta-lactâmicos, aminoglicosídeos, ou metronidazol.