DADOS TOXICOLÓGICOS VENALOT
Toxicidade1 aguda
DL50 oral em lebres: 32 drágeas2 de Venalot®, correspondendo a aproximadamente 3,36 g da mistura (1:6) das substâncias ativas por Kg.
Rato: 6 g de mistura (1:6) das substâncias ativas por Kg de peso corpóreo.
Em babuínos foram testadas doses unitárias da mistura cumarina + troxerrutina na relação 1:6 (70/140/280/560/1120/2240/4480 mg/kg), com posterior observação durante 7 dias. Os animais sobreviveram a todas as doses. As intolerâncias consistiram-se em vômitos3, salivação e agitação, após administração de três doses máximas durante 30 minutos. Fezes e urina4 apresentaram uma coloração amarelo-esverdeada após a ingestão e evacuação de 4 doses máximas.
Toxicidade1 sub-crônica
No caso da administração repetida em ratos, durante 7 semanas, não puderam ser observadas alterações macroscópicas ou histológicas5 com doses de 0/50/450/4050 mg/kg. Os babuínos não apresentaram alterações, dependentes da substância, nos parâmetros clínico-químicos ou diagnósticos nos órgãos com uma administração extra de 2000 mg/kg durante 7 dias: além de vomitar alimentos e a substância de teste. Administração de 100 mg/kg durante 21 dias causou inicialmente vômitos3, que diminuíram na 3a semana do teste. Não houve perdas de peso, não houve resultados patológicos.A administração de 100/300/1000 mg de mistura de agentes/kg, por um período de 13 semanas causou uma morte, quando administrada a dose máxima. No mais, os babuínos apresentaram vômitos3. Por um tempo curto os valores de leucinoaminopeptidase e ornitincarbomiltransferase apresentaram-se elevados.
Toxicidade1 crônica
Durante 6 meses, ratos receberam cumarina + troxerrutina (1:6) em doses de 50, 450 e 4050 mg/kg de peso. A dose máxima foi 1300 vezes maior que a dose terapêutica6. Os exames bioquímicos e histopatológicos completos dos órgãos e do sangue7, não apresentaram indícios para processos tóxicos, sintomas8 clínicos e outras reações adversas ao tratamento. No estudo clássico toxicológico em babuínos - no qual o metabolismo9 da cumarina e da troxerrutina é muito semelhante ao dos seres humanos - o esquema de dose era de 0, 100, 300 e 1000 mg de Venalot®/kg, administrados diariamente por via oral. Os pesos hepáticos relativos ao grupo recebendo 1000 mg de Venalot®/kg estavam elevados, porém, este não apresentou alterações histológicas5 ou ultraestruturais.
Toxicidade1 de Reprodução10
No estudo combinado sobre teratogenia e fertilidade em ratazanas SPF-Wistar, foram administradas até 128 vezes a dose diária terapêutica6 de Venalot®. Por meio de procedimentos histológicos11, foram controladas, também, as malformações12 não letais de órgãos. A mistura dos agentes cumarina + troxerrutina não influenciou a fertilidade, nem na geração P, que recebeu o tratamento, nem na geração F-1 que não foi tratada. Da mesma forma não puderam ser comprovados efeitos teratogênicos13. O desenvolvimento peri e pós-natal ocorreu sem distúrbios, tanto na primeira como na segunda geração de filhos, o ensaio não apresentou indício para um risco toxicológico na reprodução10.
Outro estudo embriotóxico foi efetuado em porcos miniaturas Göttinger. Os animais receberam 100 vezes a dose terapêutica6 de Venalot®, juntamente com a alimentação. Os úteros e os fetos examinados macroscopicamente e histologicamente, sobre malformações12 e intoxicações orgânicas, não apresentaram influência da substância testada para a taxa de absorção e malformação14.
Mutagênese:
Teste Ames
Não houve indícios para a existência de potencial mutagênico de Venalot® em 5 tribos de Salmonella typhimurium testadas. Nem com, nem sem ativação metabólica ou na presença de frações de microssomos de ratos ou de babuínos apareceram mutações. A troxerrutina também não apresentou propriedades mutagênicas.