ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES ZOLOFT
Gerais:
Inibidores da monoamino oxidase (IMAO1): Casos de reações graves, algumas vezes fatais, foram relatados em pacientes que estavam recebendo Zoloft* em associação a um inibidor da monoamino oxidase (IMAO1), incluindo o IMAO1 seletivo, selegilina, e o IMAO1 reversível, moclobemida. Alguns casos apresentaram-se com sinais2 semelhantes à síndrome3 serotonérgica. Casos similares, algumas vezes fatais, foram relatados com outros antidepressivos durante o tratamento associado a um IMAO1 e em pacientes que tenham recentemente descontinuado um agente antidepressivo e iniciado terapia com IMAO1. Sintomas4 de interação entre Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina (ISRS) e IMAO1 incluem hipertermia, rigidez, espasmo5 clônico, instabilidade autonômica com possibilidade de rápidas flutuações dos sinais vitais6, alterações mentais que incluem confusão, irritabilidade e agitação extrema progredindo para delírio7 e coma8. Portanto, Zoloftâ não deve ser usado em combinação com um IMAO1 ou dentro de 14 dias após a descontinuação do tratamento com IMAO1. Similarmente, um intervalo de no mínimo 14 dias deverá ser respeitado após a descontinuação do tratamento com Zoloft* antes de iniciar um tratamento com um IMAO1.
Outras drogas serotonérgicas: A co-administração de sertralina com outras drogas que aumentam a neurotransmissão serotonérgica, assim como o triptofano ou a fenfluramina, deve ser realizado com cuidado e ser evitado sempre que possível devido ao potencial de interação farmacodinâmica.
Substituição por outros antidepressivos: Existe um número limitado de experiências controladas com relação ao momento ideal para substituir a terapia com outros antidepressivos por Zoloft*. É necessário cuidado e avaliação médica prudente ao realizar a mudança, particularmente de agentes de ação prolongada, como a fluoxetina. A duração do período de washout9 necessário para a substituição de um ISRS por outro ainda não foi estabelecida.
Ativação de mania/hipomania: Em estudos iniciais, hipomania ou mania ocorreram em aproximadamente 0,4% dos pacientes tratados com sertralina. A ativação de mania/hipomania também tem sido relatada numa pequena proporção de pacientes com distúrbio afetivo maior tratados com outros antidepressivos disponíveis.
Convulsões: Convulsões são um risco potencial com o uso de medicamentos utilizados no tratamento de depressão, TOC e distúrbio do pânico. Foram observadas convulsões em três pacientes entre aproximadamente 4.000 (aproximadamente 0,08%) tratados com sertralina no programa de desenvolvimento para depressão.
Quatro pacientes, de um total de aproximadamente 1.800 expostos durante o programa de desenvolvimento para TOC (aproximadamente 0,2%) apresentaram convulsões. Em todos estes casos, a relação com o tratamento com sertralina foi incerta. Uma vez que Zoloft* não foi avaliado em pacientes com distúrbios convulsivos, ele deve ser evitado em pacientes com epilepsia10 instável e pacientes com epilepsia10 controlada devem ser cuidadosamente monitorados. A medicação deve ser descontinuada em qualquer paciente que desenvolva convulsões.
Suicídio: Uma vez que a possibilidade de uma tentativa de suicídio é inerente à depressão e pode persistir até que uma remissão significativa ocorra, os pacientes devem ser cuidadosamente supervisionados durante o período inicial da terapia.
Uso na Insuficiência Hepática11:
A sertralina é extensamente metabolizada pelo fígado12. Um estudo farmacocinético de dose múltipla em indivíduos com cirrose13 estável de grau leve, demonstrou uma meia-vida de eliminação prolongada e Cmax e área sob a curva (AUC14) aproximadamente 3 vezes maior em comparação a indivíduos sadios. Não foram observadas diferenças significantes na ligação às proteínas15 plasmáticas entre os dois grupos. O uso de Zoloft* em pacientes com doença hepática16 deve ser feito com cuidado. Se Zoloft* for administrado a pacientes com insuficiência hepática11, uma dose menor ou menos frequente deve ser considerada.
Uso na Insuficiência Renal17:
Uma vez que a sertralina é extensamente metabolizada, a excreção da droga inalterada na urina18 é uma via de eliminação pouco significativa. Em pacientes com insuficiência renal17 de grau leve a moderado (clearance de creatinina19 de 20 a 50 ml/min) ou insuficiência renal17 severa (clearance de creatinina19 *20ml/min), os parâmetros farmacocinéticos de dose múltipla (AUC14 0-24 ou Cmáx) não foram significativamente diferentes quando comparados aos controles. As meias-vidas foram similares e não houve diferenças na ligação às proteínas15 plasmáticas em todos os grupos estudados. Este estudo indica que, de acordo com a baixa excreção renal20 da sertralina, as doses de sertralina não precisam ser ajustadas com base no grau de insuficiência hepática11.
Uso em Idosos:
Mais de 700 pacientes idosos (idade superior a 65 anos) participaram de estudos clínicos que demonstraram a eficácia da sertralina nesta população de pacientes. O padrão e incidências de reações adversas nos idosos foram similares aos observados em pacientes mais jovens.
Uso em Crianças:
A segurança e a eficácia do uso da sertralina em crianças não foi completamente estabelecida. Em estudos clínicos em pacientes com idade entre 6 a17 anos com depressão ou TOC, a sertralina apresentou um perfil de farmacocinética similar ao encontrado em adultos.
Uso durante a Gravidez21 e Lactação22:
Uso durante a Gravidez21: Estudos de reprodução23 foram realizados em ratos e coelhos com doses até aproximadamente 20 e 10 vezes a dose máxima diária em humanos (mg/kg), respectivamente. Não foi observada qualquer evidência de teratogenicidade em qualquer nível de dose. Contudo,nas doses correspondentes à aproximadamente 2,5 a 10 vezes a dose máxima diária em humanos (mg/kg), a sertralina foi associada com retardo no processo de ossificação dos fetos, provavelmente secundários aos efeitos maternos.
Houve diminuição da sobrevida24 neonatal após a administração materna de sertralina em doses aproximadamente 5 vezes superior à dose máxima indicada para humanos (mg/kg). Efeitos similares na sobrevida24 neonatal foram também observados com outras drogas antidepressivas. O significado clínico destes efeitos é desconhecido.
Não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Uma vez que estudos de reprodução23 em animais nem sempre prevêem a resposta humana, Zoloft* deverá ser usado durante a gravidez21 somente quando os benefícios superarem os riscos potenciais.
Mulheres em idade fértil devem empregar métodos adequados de contracepção25 quando em tratamento com Zoloft*.
Uso durante a Lactação22:
Apenas dados limitados a respeito dos níveis de sertralina no leite materno estão disponíveis. Estudos isolados em um número muito pequeno de lactantes26 e seus recém-nascidos indicaram níveis de sertralina desprezíveis ou indetectáveis no soro27 da criança recém-nascida, apesar de que os níveis no leite materno foram mais concentrados do que aqueles no soro27 materno. O uso em lactantes26 não é recomendado a menos que, na avaliação do médico, os benefícios superarem os riscos.
Efeitos na habilidade de dirigir veículos e operar máquinas:
Estudos clínicos de farmacologia28 demonstraram que Zoloft* não produz efeito na atividade psicomotora29.
Contudo, uma vez que os medicamentos utilizados no tratamento de depressão, TOC e distúrbio do pânico podem interferir nas habilidades mentais ou físicas necessárias para a realização de tarefas potencialmente arriscadas como dirigir veículos e operar máquinas, o paciente deve ser advertido a respeito.