PRECAUÇÕES SANDOSTATIN

Atualizado em 25/05/2016

Tendo em vista que tumores pituitários secretores de GH podem por vezes se expandir, causando complicações sérias (por ex. defeitos do campo visual1), é essencial que todos os pacientes sejam cuidadosamente controlados. Se surgir evidência de expansão de tumor2, procedimentos alternativos podem ser aconselháveis.

Tem sido relatado o desenvolvimento de cálculos biliares em 10-20% dos pacientes tratados a longo prazo com Sandostatin. Portanto, recomenda-se exame ultrassonográfico da vesícula biliar3 antes e a intervalos de 6 a 12 meses durante a terapia com Sandostatin. Se de fato ocorrerem cálculos biliares, eles são geralmente assintomáticos. Cálculos sintomáticos devem ser tratados ou por terapia de dissolução com ácidos biliares ou por cirurgia. Detalhes adicionais encontram-se disponíveis na Sandoz.

Durante o tratamento de tumores endócrinos gastro-entero-pancreáticos, podem ocorrer raros episódios de escapes repentinos do controle sintomático4 por Sandostatin, com rápida recorrência5 de sintomas6 graves.Em pacientes com insulinomas, devido à sua potência relativa maior na inibição da secreção do hormônio7 de crescimento e glucagon8 em comparação com a insulina9 e devido à duração mais curta de sua ação inibitória sobre a insulina9, Sandostatin pode aumentar a intensidade e prolongar a duração da hipoglicemia10. Estes pacientes devem ser cuidadosamente observados durante o início da terapia com Sandostatin e a cada alteração na posologia. Flutuações acentuadas na concentração de glicemia11 podem possivelmente ser reduzidas por doses menores e mais freqüentemente administradas.

As necessidades de insulina9 de pacientes com diabetes mellitus12, que requerem terapia com insulina9, podem ser reduzidas pela administração de Sandostatin.

A experiência com Sandostatin em mulheres grávidas ou que amamentam  não  se  encontra  disponível  e, portanto, elas devem receber a droga apenas sob circunstâncias estritamente necessárias.

Em um estudo de toxicidade13 de 52 semanas em ratos, predominantemente em machos, foram observados sarcomas no local da injeção subcutânea14 apenas na dose mais alta (cerca de 40 vezes a dose máxima para humanos). Não ocorreram lesões15 hiperplásicas ou neoplásicas16 no local da injeção subcutânea14 em um estudo de toxicidade13 de 52 semanas em cães. Não houve relatos de formação de tumor2 nos locais de injeção17 em pacientes tratados com Sandostatin por até três anos. Toda a informação disponível no momento, indica que os achados em ratos são específicos da espécie e não apresentam relevância para o uso da droga em seres humanos.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Campo visual: É toda a área que é visível com os olhos fixados em determinado ponto.
2 Tumor: Termo que literalmente significa massa ou formação de tecido. É utilizado em geral para referir-se a uma formação neoplásica.
3 Vesícula Biliar: Reservatório para armazenar secreção da BILE. Através do DUCTO CÍSTICO, a vesícula libera para o DUODENO ácidos biliares em alta concentração (e de maneira controlada), que degradam os lipídeos da dieta.
4 Sintomático: 1. Relativo a ou que constitui sintoma. 2. Que é efeito de alguma doença. 3. Por extensão de sentido, é o que indica um particular estado de coisas, de espírito; revelador, significativo.
5 Recorrência: 1. Retorno, repetição. 2. Em medicina, é o reaparecimento dos sintomas característicos de uma doença, após a sua completa remissão. 3. Em informática, é a repetição continuada da mesma operação ou grupo de operações. 4. Em psicologia, é a volta à memória.
6 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
7 Hormônio: Substância química produzida por uma parte do corpo e liberada no sangue para desencadear ou regular funções particulares do organismo. Por exemplo, a insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que diz a outras células quando usar a glicose para energia. Hormônios sintéticos, usados como medicamentos, podem ser semelhantes ou diferentes daqueles produzidos pelo organismo.
8 Glucagon: Hormônio produzido pelas células-alfa do pâncreas. Ele aumenta a glicose sangüínea. Uma forma injetável de glucagon, disponível por prescrição médica, pode ser usada no tratamento da hipoglicemia severa.
9 Insulina: Hormônio que ajuda o organismo a usar glicose como energia. As células-beta do pâncreas produzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina.
10 Hipoglicemia: Condição que ocorre quando há uma queda excessiva nos níveis de glicose, freqüentemente abaixo de 70 mg/dL, com aparecimento rápido de sintomas. Os sinais de hipoglicemia são: fome, fadiga, tremores, tontura, taquicardia, sudorese, palidez, pele fria e úmida, visão turva e confusão mental. Se não for tratada, pode levar ao coma. É tratada com o consumo de alimentos ricos em carboidratos como pastilhas ou sucos com glicose. Pode também ser tratada com uma injeção de glucagon caso a pessoa esteja inconsciente ou incapaz de engolir. Também chamada de reação à insulina.
11 Glicemia: Valor de concentração da glicose do sangue. Seus valores normais oscilam entre 70 e 110 miligramas por decilitro de sangue (mg/dl).
12 Diabetes mellitus: Distúrbio metabólico originado da incapacidade das células de incorporar glicose. De forma secundária, podem estar afetados o metabolismo de gorduras e proteínas.Este distúrbio é produzido por um déficit absoluto ou relativo de insulina. Suas principais características são aumento da glicose sangüínea (glicemia), poliúria, polidipsia (aumento da ingestão de líquidos) e polifagia (aumento da fome).
13 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
14 Injeção subcutânea: Injetar fluido no tecido localizado abaixo da pele, o tecido celular subcutâneo, com uma agulha e seringa.
15 Lesões: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
16 Neoplásicas: Que apresentam neoplasias, ou seja, que apresentam processo patológico que resulta no desenvolvimento de neoplasma ou tumor. Um neoplasma é uma neoformação de crescimento anormal, incontrolado e progressivo de tecido, mediante proliferação celular.
17 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.

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