REAÇÕES ADVERSAS VINCRISTINA 1 MG IV
Em geral, as reações adversas são reversíveis e relacionam-se com a dose. A mais comum é a perda de cabelos e as mais desagradáveis são os distúrbios neuromusculares. Quando administra-se dose única semanal, as reações como leucopenia1, dor neurítica e constipação2 são, em geral, de curta duração. Diminuindo-se a dose essas reações podem diminuir, podendo até desaparecer. Quando a dose é dividida parece que ocorre um agravamento das reações. Outras reações adversas como perda de cabelo3, perda de sensibilidade, parestesia4, dificuldade em andar, marcha insegura, perda dos reflexos tendinosos profundos e de massa muscular, podem permanecer enquanto durar o tratamento. A disfunção sensorial e motora pode se agravar com a continuação do tratamento. As reações adversas tendem a desaparecer após 6 semanas do fim do tratamento, porém, em alguns casos, as dificuldades neuromusculares podem persistir por períodos mais longos. O cabelo3 pode voltar a crescer durante a terapia de manutenção. As seguintes reações adversas foram relatadas.
Hipersensibilidade: Alguns casos de reações alérgicas, tais como anafilaxia5, erupção6 e edema7, em pacientes recebendo Vincristina como parte de uma poliquimioterapia.
Gastrintestinais: constipação2, cólicas8 abdominais, perda de peso, náuseas9, vômito10, ulcerações11 orais, diarréia12, íleo paralítico13, necrose14 e/ou perfuração intestinal e anorexia15. Todos os casos de constipação2 intestinal respondem ao tratamento com laxativos16 e enemas17. Pode ocorrer íleo paralítico13, mimetizando o "abdome18 cirúrgico", particularmente em crianças pequenas. Esse quadro é recuperado com a interrupção temporária do tratamento e com tratamento sintomático19.
Geniturinárias: poliúria20, disúria21 e retenção urinária22.
Cardiovasculares: hipertensão23 e hipotensão24. Pacientes previamente tratados com radioterapia25 do mediastino26 e tratados com Vincristina estão associados com doenças coronarianas e infarto do miocárdio27, muito embora a causa não tenha sido estabelecida.
Hematológicas: anemia28, leucopenia1 e trombocitopenia29.
Endócrinas: ocorreu uma síndrome30 associada a secreção inapropriada do hormônio31 antidiurético, que caracteriza-se por elevada excreção urinária de sódio na presença de hiponatremia32 e na ausência de doença renal33 ou supra-renal34, hipotensão24, desidratação35, azotemia e edema7 clínico. Com a privação hídrica ocorre melhora na hiponatremia32 e na perda renal33 de sódio.
Neuromusculares: De aparecimento progressivo, começam como distúrbios sensórios com parestesias36, seguidas de dores neuríticas, dificuldades motoras eventuais. Podem também ser observados pé eqüino, ataxia37 e parestesia4 dos dedos.
Neurotóxicas centrais: Crises convulsivas, com hipertensão23. Foram relatados casos de convulsões, seguidos de coma38 em crianças.
Renais: Disúria21 e poliúria20.
Broncopulmonares: Broncoespasmo39 severo e dispnéia40 aguda; estes sintomas41 podem advir minutos depois ou até horas após a administração do VINCRISTINA BIOSINTÉTICA.
Outras: Perda de peso, febre42, cefaléia43, cegueira cortical transitória, atrofia44 óptica, amenorréia45, azoospermia46, distúrbios dos nervos cranianos.
Perda de reflexos tendinosos profundos, queda do pé, ataxia37 e paralisia47 têm sido relatadas com a continuação do tratamento. Manifestações do nervo craniano, incluindo paresia48 isolada e/ou paralisia47 dos músculos49 controlados pelos nervos cranianos motores, podem ocorrer na ausência de insuficiência50 motora. Os músculos49 extraoculares e laríngeos são os mais comumente acometidos.Dor no maxilar, na faringe51, nas glândulas parótidas52, nos ossos, nas costas53, nos membros inferiores e superiores e mialgias54 têm sido relatadas, sendo que as dores nessas áreas podem ser grandes.