POSOLOGIA VINCRISTINA 1 MG IV

Atualizado em 25/05/2016

A neurotoxicidade parece estar relacionada com a dose. Como a superdosagem pode ocasionar acidentes muito graves ou fatais deve-se tomar cuidado na administração da dose. Ver ítem "ADVERTÊNCIA". O sulfato de Vincristina deve ser administrado através de venóclise ou cateter intacto e deve-se tomar cuidado para que não haja furos ou vazamentos durante a administração. A solução poderá ser injetada diretamente na veia ou no tubo de infusão intravenosa. A injeção1 pode ser completada em 1 minuto. A droga é administrada por via intravenosa e em intervalos semanais.
A solução restante do sulfato de Vincristina pode ser armazenada em geladeira por 14 dias sem perda significante de potência. A concentração final recomendada é de 0,01 a 1,0 mg/ml.

Deve-se tomar um cuidado extremo com o sulfato de Vincristina, uma vez que uma dose excessiva pode levar o paciente ao êxito letal. A administração é por via intravenosa estrita, a intervalos de uma semana ou mais. A dose usual para a VCR é de:

2 mg/m2 de superfície corporal em crianças;

1,4 mg/m2 no adulto, sem nunca ultrapassar 2 mg/m2.

Para crianças de menos de 10 kg de peso, a dose deverá ser de 0,05 mg/kg por semana.

Uma redução de 50% na dose de sulfato de Vincristina é recomendada para pacientes2 com bilirrubina3 sérica direta, acima de 3 mg/100 ml. O sulfato de Vincristina não deve ser administrado a pacientes que estejam recebendo radioterapia4. Quando é usado em combinação com L-asparaginase, o sulfato de Vincristina deve ser administrado 12 a 24 horas antes dessa enzima5 para diminuir a toxicidade6. A administração de L-asparaginase antes do sulfato de Vincristina, pode reduzir o clearance hepático do sulfato de Vincristina.

ATENÇÃO - Não administrar a VCR concomitantemente à radioterapia4 do fígado7. Conservar o produto sob refrigeração (2° a 8°C).

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
2 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
3 Bilirrubina: Pigmento amarelo que é produto da degradação da hemoglobina. Quando aumenta no sangue, acima de seus valores normais, pode produzir uma coloração amarelada da pele e mucosas, denominada icterícia. Pode estar aumentado no sangue devido a aumento da produção do mesmo (excesso de degradação de hemoglobina) ou por dificuldade de escoamento normal (por exemplo, cálculos biliares, hepatite).
4 Radioterapia: Método que utiliza diversos tipos de radiação ionizante para tratamento de doenças oncológicas.
5 Enzima: Proteína produzida pelo organismo que gera uma reação química. Por exemplo, as enzimas produzidas pelo intestino que ajudam no processo digestivo.
6 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
7 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.

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