MODO DE AÇÃO CORUS H
CORUS-H possui como princípios ativos o losartam e a hidroclorotiazida. O losartam é um antagonista1 especifico de receptor (AT1) de angiotensina II, não-peptídico. Trata-se de um agente anti-hipertensivo, antagonista1 da angiotensina II, altamente seletivo e que não induz à tosse e não produz hipotensão2 inicial. Diminui a pressão sangüínea3 sem alterar o ritmo circadiano4, a variabilidade da pressão sangüínea3 ou o ritmo do pulso. Não afeta o clearance de creatinina5, o volume urinário nem a excreção de sódio ou potássio. Quando administrado oralmente, losartam controla a pressão sangüínea3 por 24 horas, sem induzir à hipotensão2 nas primeiras horas da terapia, isso permite que o produto seja administrado somente uma vez ao dia. Losartam e seu principal metabólito6 ativo bloqueiam os efeitos vasoconstritor e secretor de aldosterona da angiotensina II por bloqueio seletivo da ligação da angiotensina II aos receptores AT1 encontrados em vários tecidos. Estudos in vitro demonstram que losartam é um inibidor competitivo do receptor AT e reversível. Losartam e seu metabólito6 principal não inibem a enzima7 conversora de angiotensina (ECA), nem se ligam ou bloqueiam outros receptores hormonais8 ou canais iônicos conhecidos como importantes na regulação do sistema cardiovascular9. Atualmente se dispõe de agentes capazes de modificara atividade do sistema renina-angiotensina. Espironolactona, um antagonista1 da aldosterona, é um dessas agentes e é usado especialmente como diurético10 moderador do potássio. Captoprila, enalapril e lisinopril são os antagonistas da enzima7 conversora da angiotensina e ocupam um lugar indiscutível no tratamento da hipertensão11. Não obstante, losartam pode bloquear de uma forma mais direta o sistema renina-angiotensina do que os inibidores da ECA. A hidroclorotiazida é um diurético10 tiazídico com ação nos mecanismos de reabsorção tubular renal12 de eletrólitos13, diretamente aumentando a excreção de sódio e cloretos em quantidades aproximadamente equivalentes. Indiretamente, seção diurética das tiazidas reduz o volume plasmático com aumento da atividade da renina plasmática, aumento na secreção de aldosterona, aumento das perdas urinárias de potássio e redução do potássio plasmático. Assim, a administração de um antagonista1 de angiotensina tende a reverter a perda de potássio associada à diurese14. O mecanismo do efeito anti-hipertensivo dos diuréticos15 tiazídicos é desconhecido.