
FARMACOCINÉTICA CORUS H
Losartam sofre um metabolismo1 de primeira passagem e, no fígado2, sofre a ação das enzimas do sistema citocromo P450. Ele é convertido, em parte, em um metabólito3 ativo, ácido carboxílico, que é responsável pela maior parte da ação de antagonismo do receptor de angiotensina II conseqüente e o tratamento com losartam. A meia-vida terminal do losartam é de cerca de 2 horas e a de seu metabólito3 é da cerca de 6 a 9 horas. A farmacocinética do losartam e de seu metabólito3 principal é linear com doses por via oral de até 200 mg. Nem o losartam nem seu metabólito3 ativo produzem acumulação no plasma4 quando do uso de doses repetitivas uma vez ao dia, O losartam é bem-absorvido por via oral e sua biodisponibilidade é de aproximadamente 33%. Cercado 14% da dose administrada por via oral são convertidos no metabólito3 ativo. As concentrações máximas de losartam e de seu metabólito3 ativo atingem a concentração máxima em 1 hora e em 3-4 horas, respectivamente. Porquanto as concentrações máximas de losartam e de seu metabólito3 ativo sejam iguais, a AUC5 do metabólito3 é cerca de 4 vezes maior do que e de losartam. Alimento diminui a absorção de losartam e reduz sua concentração máxima, mas tom pequeno efeito na sua AUC5 ou na AUC5 de seu metabólito3 ativo. Ambos, losartam e seu metabólito3 ativo, ligam-se altamente à proteína plasmática, primariamente albumina6, com frações plasmáticas livres de 1,3% e 0,2%, respectivamente. Em ratos, o losartam atravessa de modo pobre a barreira hemoliquórica. Em cerca de 1% dos indivíduos estudados, a conversão de losartam em seu metabólito3 ativo, em vez de corresponder a 14% da dose, índice tido como normal, atingiu menos de 1%. O volume de distribuição de losartam é de 34 litros e, o de seu metabólito3 ativo, de 12 litros. Os clearances plasmáticos totais do losartam e de seu metabólito3 ativo são de cerca de 600 ml/min e 50 ml/min, respectivamente, com clearances renais de cerca de 75 ml/min e 25 ml/min, respectivamente. Quando o losartam é administrado por via oral, cerca de 4% da dose são excretados não-alterados na urina7 e cerca de 6%, excretados como metabólito3 ativo. Excreção biliar contribui para excreção de losartam e seus metabólitos8. Após administração oral, 35% são eliminados pela urina7 e 60% nas fezes. As concentrações asmáticas de losartam ode seu metabólito3 ativo são similares em idosos e jovens hipertensos de ambos os sexos. As concentrações plasmáticas de losartam são duas vezes mais elevadas em mulheres hipertensas do que em homens hipertensos, mas as concentrações do metabólito3 ativo são similares em ambos os sexos. Pacientes com insuficiência renal9: As concentrações plasmáticas de losartam não estão alteradas em pacientes com clearance de creatinina10 de até 30 ml/min. Em pacientes com clearance de creatinina10 menor, as AUCs são cerca de 50% maiores, e elas podem duplicar em pacientes em hemodiálise11. As concentrações plasmáticas do metabólito3 ativo não estão alteradas. Não há necessidade de ajuste posológico em pacientes com função renal12 deteriorada, a menos que sejam volume-depletados. Pacientes com insuficiência hepática13: Em pacientes com cirrose14 leve ou moderada do fígado2, as concentrações plasmáticas de losartam e de seu metabólito3 ativo estão 5 vezes e 1,7 vez maiores do que no adulto jovem normal. O clearance nestes pacientes é cerca de 50% menor e a biodisponibilidade oral é cerca de duas vezes maior. Uma dose menor para inicio de tratamento é recomendada neste tipo de paciente. Hidroclorotiazida: Após a administração oral de hidroclorotiazida, a diurese15 inicia-se dentro de 2horas, atinge seu pico em cerca de 4 horas e dura por cerca de 6 a 12horas. A hidroclorotiazida não é metabolizada, sendo eliminada rapidamente pelos rins16. Quando os níveis plasmáticos foram determinados durante 24 horas, a meia-vida plasmática variou entre 5,6 e 14,8 horas. Pelo menos 61% da dose oral são eliminados inalterados dentro das 24 horas. A hidroclorotiazida cruza a barreira placentária, mas não e hematoliquórica, e é excretada no leite materno.