INFORMAÇÕES AO PACIENTE XYLOCAINA GELEIA 2%

Atualizado em 25/05/2016

1- Como este medicamento funciona?
O uso de XYLOCAÍNA Geléia 2%, que é um anestésico local de superfície e lubrificante, causa uma perda temporária de sensação na área onde é aplicada.
Geralmente o início de ação é rápido (dentro de 5 minutos) dependendo da área de aplicação.

2- Por que este medicamento foi indicado?
XYLOCAÍNA Geléia 2% é indicada como anestésico de superfície e lubrificante para:
- A uretra1 feminina e masculina durante cistoscopia2, cateterização, exploração por sonda e outros procedimentos endouretrais.
- O tratamento sintomático3 da dor em conecção com cistite4 e uretrite5.

3- Quando não devo usar este medicamento?
Contra-indicações

Você não deve utilizar XYLOCAÍNA Geléia 2% nas seguintes situações:
- Alergia6 a lidocaína, a outros anestésicos locais ou aos outros componentes da fórmula.
- Em pacientes com sensibilidade aumentada ao metil ou propilparabeno ou ao seu metabólito7, o ácido paraminobenzóico (PABA). Formulações de lidocaína contendo parabenos devem ser evitadas em pacientes alérgicos ao anestésico local éster ou ao seu metabólito7 PABA.

Advertências
XYLOCAÍNA Geléia 2% deve ser utilizada com cuidado nas seguintes situações:
- Em pacientes com problemas no coração8, no fígado9 ou nos rins10, com choque11 grave, com epilepsia12 e em pacientes idosos e pacientes debilitados.
Outros locais de administração não recomendados devem ser evitados devido aos efeitos indesejáveis desconhecidos.

XYLOCAÍNA Geléia 2% é possivelmente um desencadeador de porfiria13 e deve ser somente prescrito à pacientes com porfiria13 aguda em indicações fortes ou urgentes. Precauções apropriadas devem ser tomadas para todos pacientes porfíricos.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Não há contra-indicação relativa a faixas etárias, devendo seguir as orientações do médico.

Informe ao médico o aparecimento de reações indesejáveis.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde14.

Precauções
Dependendo da dose do anestésico local, pode haver um efeito muito leve na função mental e pode prejudicar temporariamente a locomoção e coordenação.

Interações medicamentosas
XYLOCAÍNA Geléia 2% deve ser utilizada com cuidado nas seguintes situações:

 - Em pacientes em uso de agentes estruturalmente relacionados aos anestésicos locais, uma vez que os efeitos tóxicos são aditivos.
- Em pacientes que fazem uso de medicamentos antiarrítmicos (ex.: amiodarona), cimetidina,
betabloqueadores uma vez que os efeitos cardíacos são aditivos.
A dose correta de XYLOCAÍNA Geléia 2% em uso de outros medicamentos de importância, deve ser de acordo com a recomendação do médico.

4- Como devo usar este medicamento?
Aspecto físico

XYLOCAÍNA Geléia 2% é apresentada na forma de geléia praticamente incolor.

Características organolépticas
Ver aspecto físico.

Dosagem
A dose usada de XYLOCAÍNA Geléia 2% é decidida pelo seu médico.

Se você tiver a impressão de que o efeito da XYLOCAÍNA Geléia 2% é muito forte ou muito fraco, deve contatar o seu médico.

Em pacientes idosos, pacientes debilitados, pacientes com doenças agudas ou pacientes com sépsis, deve-se adequar as doses de acordo com a idade, peso e condição física.
Em crianças com idade inferior a 12 anos, a dose não deve exceder 6 mg/kg.
Crianças com mais de 12 anos de idade podem receber doses proporcionais ao seu peso e idade.
Não se deve administrar mais do que quatro doses em um período de 24 horas.

Uretra1 Masculina
A geléia deve ser instilada lentamente até que o paciente tenha a sensação de tensão ou até ter usado quase a metade do conteúdo do tubo. Aplica-se, então, uma pinça peniana por alguns minutos, após o qual o restante da geléia pode ser instilada. A anestesia15 é suficiente para cateterismos.
Quando a anestesia15 é especialmente importante, por exemplo, durante sondagem ou cistoscopia2, pode-se instilar o restante da geléia, pedindo ao paciente que se esforce como se fosse urinar. A geléia passará à uretra1 posterior. Aplica-se uma pinça peniana e espera-se por 5-10 minutos.
Um pouco de geléia pode ser aplicada na sonda ou no cistoscópio servindo como lubrificante.

Uretra1 Feminina
Instilar 3-5 g da geléia. Para obter-se a anestesia15 adequada, deve-se aguardar alguns minutos para realizar o exame.

Como usar
XYLOCAÍNA Geléia 2% deve ser administrada por via uretral16.

Uretra1 Masculina
A geléia deve ser instilada lentamente até que o paciente tenha a sensação de tensão ou até ter usado quase a metade do conteúdo do tubo. Aplica-se, então, uma pinça peniana por alguns minutos, após o qual o restante da geléia pode ser instilada. A anestesia15 é suficiente para cateterismos.
Quando a anestesia15 é especialmente importante, por exemplo, durante sondagem ou cistoscopia2, pode-se instilar o restante da geléia, pedindo ao paciente que se esforce como se fosse urinar. A geléia passará à uretra1 posterior. Aplica-se uma pinça peniana e espera-se por 5-10 minutos.
Um pouco de geléia pode ser aplicada na sonda ou no cistoscópio servindo como lubrificante.

Uretra1 Feminina
Instilar em pequenas porções a dose recomendada da geléia para preencher toda a uretra1 (ver item Posologia). Para obter-se a anestesia15 adequada, deve-se aguardar alguns minutos para realizar o exame.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Não use o medicamento com o prazo de validade vencido. Antes de usar observe o aspecto do medicamento.

5- Quais os males que este medicamento pode causar?
Reações adversas por ordem decrescente de gravidade.

1. Toxicidade17 sistêmica aguda:
A lidocaína pode causar efeitos tóxicos agudos se altos níveis sistêmicos18 ocorrerem devido à rápida absorção ou superdosagem.

As reações adversas sistêmicas são raras e podem resultar de níveis sanguíneos elevados devido à dosagem excessiva, à rápida absorção, à hipersensibilidade, às características próprias do paciente ou à reduzida tolerância do paciente.

As reações podem ser:
- Reações do Sistema Nervoso Central19 incluem: nervosismo, tontura20, convulsões, inconsciência21 e, possivelmente, parada respiratória.
- Reações cardiovasculares incluem: queda da pressão arterial22, diminuição da contração ou da força de contração do coração8, batimentos lentos do coração8 e, possivelmente, parada cardíaca.

2. Reações alérgicas:
Reações alérgicas (nos casos mais graves, choque anafilático23) aos anestésicos locais do tipo amida são raras (<0,1%). Outros constituintes da geléia, por exemplo, metilparabeno e propilparabeno também podem causar este tipo de reação.

6- O que fazer se alguém usar uma grande quantidade deste medicamento de uma só vez?
Em caso de uso de uma quantidade de medicamento maior do que a prescrita pelo seu médico, você deve contatá-lo imediatamente.
Quando os sinais24 de superdosagem são notados o quanto antes e nenhuma quantidade de XYLOCAÍNA Geléia 2% é determinada, o risco de acontecer efeitos adversos sérios diminui rapidamente. Se você notar qualquer sinal25, contate imediatamente seu médico.

7- Onde e como devo guardar este medicamento?
XYLOCAÍNA Geléia 2% deve ser mantida em temperatura entre 15ºC e 25ºC.
Todo medicamento deve ser mantido em sua embalagem original até o momento do uso.

Como a geléia é estéril, deve ser utilizada apenas uma vez.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Uretra: É um órgão túbulo-muscular que serve para eliminação da urina.
2 Cistoscopia: Visualização da bexiga urinária através de um instrumento óptico (cistoscópio) que é introduzido pela uretra.
3 Sintomático: 1. Relativo a ou que constitui sintoma. 2. Que é efeito de alguma doença. 3. Por extensão de sentido, é o que indica um particular estado de coisas, de espírito; revelador, significativo.
4 Cistite: Inflamação ou infecção da bexiga. É uma das infecções mais freqüentes em mulheres, e manifesta-se por ardor ao urinar, urina escura ou com traços de sangue, aumento na freqüência miccional, etc.
5 Uretrite: Inflamação da uretra de causa geralmente infecciosa. Manifesta-se por ardor ao urinar e secreção amarelada drenada pela mesma. Em mulheres esta secreção pode não ser evidente.
6 Alergia: Reação inflamatória anormal, perante substâncias (alérgenos) que habitualmente não deveriam produzi-la. Entre estas substâncias encontram-se poeiras ambientais, medicamentos, alimentos etc.
7 Metabólito: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
8 Coração: Órgão muscular, oco, que mantém a circulação sangüínea.
9 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
10 Rins: Órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.
11 Choque: 1. Estado de insuficiência circulatória a nível celular, produzido por hemorragias graves, sepse, reações alérgicas graves, etc. Pode ocasionar lesão celular irreversível se a hipóxia persistir por tempo suficiente. 2. Encontro violento, com impacto ou abalo brusco, entre dois corpos. Colisão ou concussão. 3. Perturbação brusca no equilíbrio mental ou emocional. Abalo psíquico devido a uma causa externa.
12 Epilepsia: Alteração temporária e reversível do funcionamento cerebral, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se. Quando restritos, a crise será chamada crise epiléptica parcial; quando envolverem os dois hemisférios cerebrais, será uma crise epiléptica generalizada. O paciente pode ter distorções de percepção, movimentos descontrolados de uma parte do corpo, medo repentino, desconforto no estômago, ver ou ouvir de maneira diferente e até perder a consciência - neste caso é chamada de crise complexa. Depois do episódio, enquanto se recupera, a pessoa pode sentir-se confusa e ter déficits de memória. Existem outros tipos de crises epilépticas.
13 Porfiria: Constituem um grupo de pelo menos oito doenças genéticas distintas, além de formas adquiridas, decorrentes de deficiências enzimáticas específicas na via de biossíntese do heme, que levam à superprodução e acumulação de precursores metabólicos, para cada qual correspondendo um tipo particular de porfiria. Fatores ambientais, tais como: medicamentos, álcool, hormônios, dieta, estresse, exposição solar e outros desempenham um papel importante no desencadeamento e curso destas doenças.
14 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
15 Anestesia: Diminuição parcial ou total da sensibilidade dolorosa. Pode ser induzida por diferentes medicamentos ou ser parte de uma doença neurológica.
16 Uretral: Relativo ou pertencente à uretra.
17 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
18 Sistêmicos: 1. Relativo a sistema ou a sistemática. 2. Relativo à visão conspectiva, estrutural de um sistema; que se refere ou segue um sistema em seu conjunto. 3. Disposto de modo ordenado, metódico, coerente. 4. Em medicina, é o que envolve o organismo como um todo ou em grande parte.
19 Sistema Nervoso Central: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
20 Tontura: O indivíduo tem a sensação de desequilíbrio, de instabilidade, de pisar no vazio, de que vai cair.
21 Inconsciência: Distúrbio no estado de alerta, no qual existe uma incapacidade de reconhecer e reagir perante estímulos externos. Pode apresentar-se em tumores, infecções e infartos do sistema nervoso central, assim como também em intoxicações por substâncias endógenas ou exógenas.
22 Pressão arterial: A relação que define a pressão arterial é o produto do fluxo sanguíneo pela resistência. Considerando-se a circulação como um todo, o fluxo total é denominado débito cardíaco, enquanto a resistência é denominada de resistência vascular periférica total.
23 Choque anafilático: Reação alérgica grave, caracterizada pela diminuição da pressão arterial, taquicardia e distúrbios gerais da circulação, acompanhado ou não de edema de glote. Necessita de tratamento urgente. Pode surgir por exposição aos mais diversos alérgenos.
24 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
25 Sinal: 1. É uma alteração percebida ou medida por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida. 2. Som ou gesto que indica algo, indício. 3. Dinheiro que se dá para garantir um contrato.

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