
POSOLOGIA E MODO DE USAR XYLOPROCT
Como para qualquer anestésico local, a segurança e eficácia da lidocaína depende da dose apropriada, técnica correta, precauções adequadas e facilidade para emergências; as reações e complicações são evitadas pelo emprego da mínima dose eficaz. As seguintes recomendações de dose devem ser consideradas como um guia. A experiência do clínico e conhecimento do estado físico do paciente são importantes para calcular a dose necessária.
Pacientes idosos ou debilitados e crianças devem receber doses proporcionais a sua idade, peso e condição física.
Uso externo: aplique uma fina camada de pomada várias vezes ao dia na área afetada. Não se deve usar mais de 6 g ao dia.
Uso intraretal: aplicar a pomada utilizando o aplicador especial, o qual deve ser limpo logo após o uso.
A dose diária de 6 g está dentro dos limites de segurança. A duração do tratamento pode variar de 10 dias a 3 semanas. Se o tratamento for prolongado, pode-se recomendar um intervalo sem o uso do produto, especialmente se houver suspeita de ocorrência de irritação devida à lidocaína ou hidrocortisona. Se a irritação local desaparecer após a suspensão do tratamento, a possibilidade de sensibilidade à lidocaína ou à hidrocortisona pode ser investigada, por exemplo, por um teste de placa1.
- SUPERDOSAGEM
A lidocaína pode causar reações tóxicas agudas se ocorrerem níveis sistêmicos2 elevados devido à rápida absorção ou superdosagem. Com o uso das doses recomendadas de XYLOPROCT, não têm sido relatados efeitos tóxicos.
Contudo, se ocorrer toxicidade3 sistêmica, os sinais4 são de natureza similar àqueles encontrados na administração de anestésicos locais por outras vias.
A toxicidade3 dos anestésicos locais se manifesta por sintomas5 de excitação do sistema nervoso6 e, em casos mais graves, depressão cardiovascular e do SNC7.
Os sintomas5 neurológicos graves (convulsões, depressão do SNC7) devem ser tratados sintomaticamente por meio de suporte respiratório e administração de fármacos anticonvulsivantes.
O tratamento do paciente com manifestações tóxicas consiste em assegurar adequada ventilação8 e controlar as convulsões.
A ventilação8 deve ser mantida com oxigênio através de respiração assistida ou controlada. Se ocorrer convulsão9, esta deverá ser tratada rapidamente por administração intravenosa de 50-100 mg de succinilcolina e/ou 5-15 mg de diazepam. Como a succinilcolina causa depressão respiratória, esta só deve ser utilizada por médico com habilidade de realizar intubação endotraqueal e controlar um paciente totalmente paralisado. Também pode-se usar 100-200 mg de tiopentona para cessar as convulsões. Se ocorrer fibrilação ventricular ou parada cardíaca, deve-se realizar manobras efetivas de reanimação.