REAÇÕES ADVERSAS FLUTAMIDA
As reações adversas mais freqüentemente reportadas com o uso da flutamida foram: ginecomastia1 ou sensibilidade mamaria, galactorréia2, diarréia3, náuseas4, vômitos5, hiperfagia6, insônia, cansaço, disfunções hepáticas7 e hepatite8. Estas reações desaparecem com a interrupção do tratamento ou com a diminuição s da dosagem.
Flutamida demonstra baixo potencial de interferência no sistema cardiovascular9, que é significativamente mais baixo quando comparado ao DES ( dietilestilbestrol).
No tratamento com Flutamida, comprimidos de 250 mg, é possível ocorrer inicialmente um aumento passageiro da testosterona sérica (hormônio10 sexual masculino), podendo surgir, além disso, rubor cutâneo11 com sensação de calor, assim como uma alteração no tipo de cabelo12.
As reações adversas menos freqüentes são: diminuição da libido13, impotência14, anorexia15, dor epigástrica, pirose16, obstipação17, edemas18, equimoses19, herpes zoster20, cefaléias21, pruridos, vertigens22, mal-estar indefinido, visão23 "borrada", dor torácica, ansiedade, nervosismo, depressão, linfedema e hipertensão24. Muito raramente foram relatados casos de anemia25, leucopenia26, trombocitopenia27, metehemoglobinemia, reações de fotosensibilidade, alterações na cor da urina28, icterícia29 colestática, necrose30 hepática31 e diminuição da contagem de espermatozóides32.
Terapia combinada33: Não se deve esquecer a possibilidade de se manifestarem efeitos concomitantes causados por outro fármaco34, quando da associação de FLUTAMIDA Biosintética com antagonistas do LHRH. Os efeitos colaterais35 mais comumente observados na combinação com um agonista36 LHRH foram ondas de calor, diminuição da libido13, impotência14 diarréia3 e vômitos5.
Com exceção da diarréia3, estes efeitos colaterais35 ocorrem na mesma freqüência com o uso do agonista36 LHRH isoladamente.
Outras reações adversas - anemia hemolítica37, anemia25 macrocítica, reações de fotosensibilidade incluindo eritema38 ulcerações39, erupções vesiculares e necrólise epidérmica, além da mudança da cor da urina28 para âmbar ou aparência verde-amarela que pode ser atribuída a flutamida e ou a seus metabólitos40. Também foram observadas icterícia29 colestática, encefalopatia41 hepática31 e necrose30 hepática31. As alterações hepáticas7 foram usualmente reversíveis após a interrupção da terapia; entretanto, houve casos fatais posteriores a severa injúria hepática31 associada ao uso de flutamida.
Alterações Laboratoriais incluem modificações na função hepática31, apresentando elevação nos valores da creatinina42 sérica, SGOT, SGPT, SGGT, BUN e bilirrubina43 . Foram relatados dois casos de neoplasia44 maligna de mama45 em pacientes do sexo masculino que faziam uso de flutamida. Um deles consistiu na piora de um nódulo46 preexistente que foi detectado três a quatro meses antes do início da monoterapia com flutamida em paciente com hipeplasia prostática begnina. Após a extirpação foi diagnosticado como carcinoma47 ductal pouco diferenciado. O outro caso apresentou ginecomastia1 e um nódulço detectado dois a seis meses, respectivamente, após o inicio com a monoterapia com flutamida para o tratamento do cancer48 avançado da próstata49. Nove meses após o ínicio da terapia, o nódulo46 foi extirpado e diagnosticadocomo tumor50 ductal invasivo moderadamente diferenciado, estágio T4nomo, G3, sem metástases51.
Avaliação regular do título de PSA (Prostate Specifc Antigen) é útil na monitoração da resposta do paciente . Se os níveis de PSA aumentarem significativamente durante a terapia com Flutamida Biosintética deve-se avaliar a progressão clínica . Para pacientes52 que não tiveram objetivamente a progressão da doença acompanhada de um elevado PSA, pode ser considerado um período livre do antiandrogênico enquanto continua-se um análago de LHRH.
Os valores de estradiol e testosterona foram observados após a administração de flutamida.
Diminuição na contagem de espermatozóides32 foi observada durante um estudo de 6 semanas de monoterapia com flutamida em voluntários normais.