PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS ZYBAN
Crises convulsivas: O risco de convulsão1 associado ao uso de doses de até 300 mg/dia, na apresentação de liberação prolongada (slow release) é da ordem de 0,1%(1/1000), quando da exposição crônica ao produto (por, em média, 8 semanas). O risco é um pouco maior no caso de emprego de doses de 300 a 400 mg/dia, na apresentação de liberação imediata ("convencional"), da ordem de 0,4%. É importante destacar que este risco pode aumentar em até 10 vezes no caso de uso de doses de 450 a 600 mg/dia. Este risco pode ser minimizado evitando-se fatores predisponentes, tais como, HPP de epilepsia2 ou TCE, neoplasia3 do SNC4, abuso de drogas ilícitas5 ou álcool, uso de anoréticos ou psicotrópicos6, ou ainda diabete mellitus. Os pacientes deve ser alertados para não fazerem uso de outros medicamentos que contenham bupropiona, como por exemplo o Wellbutrin (usado para o tratamento da depressão).
Psicose7, Confusão e outros Fenômenos Neuropsiquiátricos : Em estudos clínicos com Zyban em fumantes não depressivos, a incidência8 de efeitos adversos foi geralmente comparável ao placebo9. Pacientes com depressão tratados com bupropiona, em estudos de depressão, têm relatado uma variedade de sinais10 e sintomas11 neuropsiquiátricos, incluindo delírio12, alucinações13, psicose7, distúrbio da concentração, paranóia e confusão. Em alguns casos, estes sintomas11 diminuiram com a redução da dose e/ou retirada do tratamento.
Ativação da Psicose7 e/ou Mania : A bupropiona, assim como todo e qualquer antidepressivo pode precipitar episódios maníacos em pacientes com disordem bipolar durante a fase de depressão de sua enfermidade, e pode ativar psicose7 latente em outros indivíduos susceptíveis. É esperado que a formulação de liberação controlada (slow release) de bupropiona exponha os pacientes ao mesmo risco. Não existem relatos de ativação da psicose7 ou mania em estudos clínicos com Zyban conduzidos em fumantes não depressivos, até o momento.
Uso em Pacientes com Doença Sistêmica : Não existe experiência clínica estabelecendo a segurança de Zyban em pacientes com história recente de infarto do miocárdio14 ou coronariopatia. Por este motivo, deve-se ter precaução com o uso do produto nestes grupos de pacientes.A bupropiona foi bem tolerada por pacientes com depressão que tinham anteriormente desenvolvido hipotensão15 ortostática enquanto recebiam antidepressivos tricíclicos, e foi geralmente bem tolerada em um grupo de 36 pacientes deprimidos internados com insuficiência cardíaca congestiva16 (ICC) instável. Contudo, a bupropiona foi associada a um aumento na pressão arterial17 em posição supina, em um estudo com pacientes com insuficiência cardíaca congestiva16, resultando na descontinuação do tratamento em dois, pacientes por exacerbação da hipertensão18 basal. Em estudo comparativo, 6,1% de pacientes tratados com a combinação de Zyban e STN necessitaram de tratamento emergencial de hipertensão18 descompensada, comparados com 2,5% , 1,6% e 3,1% de pacientes tratados com Zyban, STN e placebo9, respectivamente. A maioria destes pacientes tinham evidência de hipertensão18 prévia. Três pacientes(1,2%) tratados com a combinação de Zyban e STN e um paciente (0,4%) tratado com STN tiveram a medicação do estudo descontinuada devido à hipertensão18, comparado a nenhum dos pacientes tratados com Zyban ou placebo9. Recomenda-se o monitoramento da hipertensão18 nos pacientes recebendo a combinação. Uma vez que o cloridrato de bupropiona e seus metabólitos19 são completamente metabolizados através dos rins20, e que os metabólitos19 tendem a sofrer conjugação no fígado21 antes da excreção urinária, o tratamento de pacientes com insuficiência renal22 ou hepática23 deve ser iniciado com doses reduzidas, pois a bupropiona e seus metabólitos19 podem acumular-se nestes pacientes, em uma extensão maior do que a usual. Os pacientes devem ser rigorosamente monitorados quanto a possíveis efeitos tóxicos dos níveis tissulares e sanguíneos da droga e seus metabólitos19.
Gravidez24 e lactação25: A segurança de Zyban na gravidez24 humana não foi estabelecida. A avaliação de estudos em animais não indica efeitos prejudiciais diretos ou indiretos em relação ao desenvolvimento embrio-fetal, o curso da gestação ou o desenvolvimento peri e pós-natal. Estudo de fertilidade em ratas não demonstrou evidências de alterações na fertilidade. Entretanto, como estudos em animais nem sempre são capazes de prever a resposta em humanos, o uso de ZYBAN® na gravidez24 não é recomendado.
Foi demonstrado que a bupropiona e seus metabólitos19 são excretados pelo leite materno ; portanto, devido às potenciais reações adversas, recomenda-se que mães que estejam recebendo tratamento com ZYBAN® não devam amamentar ao seio26.
Pacientes idosos: A experiência clínica com a bupropiona não demonstrou qualquer diferença na tolerabilidade entre pacientes idosos e outros pacientes. Entretanto, a maior sensibilidade de alguns pacientes idosos não pode ser desconsiderada. Pacientes idosos são mais susceptíveis a apresentar diminuição da função renal27 e por isso necessitarem de uma redução da frequência da dose.