PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS ZYBAN

Atualizado em 28/05/2016

Crises convulsivas: O risco de convulsão1 associado ao uso de doses de até 300 mg/dia, na apresentação  de liberação prolongada (slow release) é da ordem de 0,1%(1/1000), quando da exposição crônica ao produto (por, em média, 8 semanas). O risco é um pouco maior no caso de emprego de doses de 300 a 400 mg/dia, na apresentação de liberação imediata ("convencional"), da ordem de 0,4%. É importante destacar que este risco pode aumentar em até 10 vezes no caso de uso de doses de 450 a 600 mg/dia. Este risco pode ser minimizado evitando-se fatores predisponentes, tais como, HPP de epilepsia2 ou TCE, neoplasia3 do SNC4, abuso de drogas ilícitas5 ou álcool, uso de anoréticos ou psicotrópicos6, ou ainda diabete mellitus. Os pacientes deve ser alertados para não fazerem uso de outros medicamentos que contenham bupropiona, como por exemplo o Wellbutrin (usado para o tratamento da depressão).

Psicose7, Confusão e outros Fenômenos Neuropsiquiátricos : Em estudos clínicos com Zyban em fumantes não depressivos, a incidência8 de efeitos adversos foi geralmente comparável ao placebo9. Pacientes com depressão tratados com bupropiona, em estudos de depressão, têm relatado uma variedade de sinais10 e sintomas11 neuropsiquiátricos, incluindo delírio12, alucinações13, psicose7, distúrbio da concentração, paranóia e confusão. Em alguns casos, estes sintomas11 diminuiram com a redução da dose e/ou retirada do tratamento.

Ativação da Psicose7 e/ou Mania : A bupropiona, assim como todo e qualquer antidepressivo pode  precipitar episódios maníacos em pacientes com disordem bipolar durante a fase de depressão de sua enfermidade, e pode ativar psicose7 latente em outros indivíduos susceptíveis. É esperado que a formulação de liberação controlada (slow release) de bupropiona exponha os pacientes ao mesmo risco. Não existem relatos de ativação da psicose7 ou mania em estudos clínicos com Zyban conduzidos em fumantes não depressivos, até o momento.

Uso em Pacientes com Doença Sistêmica : Não existe experiência clínica estabelecendo a segurança de Zyban em pacientes com história recente de infarto do miocárdio14 ou coronariopatia. Por este motivo, deve-se ter precaução com o uso do produto nestes grupos de pacientes.A bupropiona foi bem tolerada por pacientes com depressão que tinham anteriormente desenvolvido hipotensão15 ortostática enquanto recebiam antidepressivos tricíclicos, e foi geralmente bem tolerada em um grupo de 36 pacientes deprimidos internados com insuficiência cardíaca congestiva16 (ICC) instável. Contudo, a bupropiona foi associada a um aumento na pressão arterial17 em posição supina, em um estudo com pacientes com insuficiência cardíaca congestiva16, resultando na descontinuação do tratamento em dois,  pacientes por exacerbação da hipertensão18 basal. Em estudo comparativo, 6,1% de pacientes tratados com a combinação de Zyban e STN necessitaram de tratamento emergencial de hipertensão18 descompensada, comparados com 2,5% , 1,6% e 3,1% de pacientes tratados com Zyban, STN e placebo9, respectivamente. A maioria destes pacientes tinham evidência de hipertensão18 prévia. Três pacientes(1,2%) tratados com a combinação de Zyban e STN e um paciente (0,4%) tratado com STN tiveram a medicação do estudo descontinuada devido à hipertensão18, comparado a nenhum dos pacientes tratados com Zyban ou placebo9. Recomenda-se o monitoramento da hipertensão18 nos pacientes recebendo a combinação. Uma vez que o cloridrato de bupropiona e seus metabólitos19 são completamente metabolizados através dos rins20, e que os metabólitos19 tendem a sofrer conjugação no fígado21 antes da excreção urinária, o tratamento de pacientes com insuficiência renal22 ou hepática23 deve ser  iniciado  com doses reduzidas, pois a bupropiona e seus metabólitos19 podem acumular-se nestes pacientes, em uma extensão maior do que a usual. Os pacientes devem ser rigorosamente monitorados quanto a possíveis efeitos tóxicos dos níveis tissulares e sanguíneos da droga e seus metabólitos19.

Gravidez24 e lactação25: A segurança de Zyban na gravidez24 humana não foi estabelecida. A avaliação de estudos em animais não indica efeitos prejudiciais diretos ou indiretos em relação ao desenvolvimento embrio-fetal, o curso da gestação ou o desenvolvimento peri e pós-natal. Estudo de fertilidade em ratas não demonstrou evidências de alterações na fertilidade. Entretanto, como estudos em animais nem sempre são capazes de prever a resposta em humanos, o uso de ZYBAN® na gravidez24 não é recomendado.
Foi demonstrado que a bupropiona e seus metabólitos19 são excretados pelo leite materno ; portanto, devido às potenciais reações adversas, recomenda-se que mães que estejam recebendo tratamento com ZYBAN® não devam amamentar ao seio26.

Pacientes idosos: A experiência clínica com a bupropiona não demonstrou qualquer diferença na tolerabilidade entre pacientes idosos e outros pacientes. Entretanto, a maior sensibilidade de alguns pacientes idosos não pode ser desconsiderada. Pacientes idosos são mais susceptíveis a apresentar diminuição da função renal27 e por isso necessitarem de uma redução da frequência da dose.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Convulsão: Episódio agudo caracterizado pela presença de contrações musculares espasmódicas permanentes e/ou repetitivas (tônicas, clônicas ou tônico-clônicas). Em geral está associada à perda de consciência e relaxamento dos esfíncteres. Pode ser devida a medicamentos ou doenças.
2 Epilepsia: Alteração temporária e reversível do funcionamento cerebral, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se. Quando restritos, a crise será chamada crise epiléptica parcial; quando envolverem os dois hemisférios cerebrais, será uma crise epiléptica generalizada. O paciente pode ter distorções de percepção, movimentos descontrolados de uma parte do corpo, medo repentino, desconforto no estômago, ver ou ouvir de maneira diferente e até perder a consciência - neste caso é chamada de crise complexa. Depois do episódio, enquanto se recupera, a pessoa pode sentir-se confusa e ter déficits de memória. Existem outros tipos de crises epilépticas.
3 Neoplasia: Termo que denomina um conjunto de doenças caracterizadas pelo crescimento anormal e em certas situações pela invasão de órgãos à distância (metástases). As neoplasias mais frequentes são as de mama, cólon, pele e pulmões.
4 SNC: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
5 Ilícitas: 1. Condenadas pela lei e/ou pela moral; proibidas, ilegais. 2. Qualidade das que não são legais ou moralmente aceitáveis; ilicitude.
6 Psicotrópicos: Que ou o que atua quimicamente sobre o psiquismo, a atividade mental, o comportamento, a percepção, etc. (diz-se de medicamento, droga, substância, etc.). Alguns psicotrópicos têm efeito sedativo, calmante ou antidepressivo; outros, especialmente se usados indevidamente, podem causar perturbações psíquicas.
7 Psicose: Grupo de doenças psiquiátricas caracterizadas pela incapacidade de avaliar corretamente a realidade. A pessoa psicótica reestrutura sua concepção de realidade em torno de uma idéia delirante, sem ter consciência de sua doença.
8 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
9 Placebo: Preparação neutra quanto a efeitos farmacológicos, ministrada em substituição a um medicamento, com a finalidade de suscitar ou controlar as reações, geralmente de natureza psicológica, que acompanham tal procedimento terapêutico.
10 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
11 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
12 Delírio: Delirio é uma crença sem evidência, acompanhada de uma excepcional convicção irrefutável pelo argumento lógico. Ele se dá com plena lucidez de consciência e não há fatores orgânicos.
13 Alucinações: Perturbações mentais que se caracterizam pelo aparecimento de sensações (visuais, auditivas, etc.) atribuídas a causas objetivas que, na realidade, inexistem; sensações sem objeto. Impressões ou noções falsas, sem fundamento na realidade; devaneios, delírios, enganos, ilusões.
14 Infarto do miocárdio: Interrupção do suprimento sangüíneo para o coração por estreitamento dos vasos ou bloqueio do fluxo. Também conhecido por ataque cardíaco.
15 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
16 Insuficiência Cardíaca Congestiva: É uma incapacidade do coração para efetuar as suas funções de forma adequada como conseqüência de enfermidades do próprio coração ou de outros órgãos. O músculo cardíaco vai diminuindo sua força para bombear o sangue para todo o organismo.
17 Pressão arterial: A relação que define a pressão arterial é o produto do fluxo sanguíneo pela resistência. Considerando-se a circulação como um todo, o fluxo total é denominado débito cardíaco, enquanto a resistência é denominada de resistência vascular periférica total.
18 Hipertensão: Condição presente quando o sangue flui através dos vasos com força maior que a normal. Também chamada de pressão alta. Hipertensão pode causar esforço cardíaco, dano aos vasos sangüíneos e aumento do risco de um ataque cardíaco, derrame ou acidente vascular cerebral, além de problemas renais e morte.
19 Metabólitos: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
20 Rins: Órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.
21 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
22 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
23 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
24 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
25 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
26 Seio: Em humanos, uma das regiões pareadas na porção anterior do TÓRAX. As mamas consistem das GLÂNDULAS MAMÁRIAS, PELE, MÚSCULOS, TECIDO ADIPOSO e os TECIDOS CONJUNTIVOS.
27 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.

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