
SUPERDOSAGEM PARACETAMOL
Em casos de suspeita de ingestão de doses elevadas de paracetamol, deve-se procurar imediatamente um serviço médico de urgência1. Os sinais2 e sintomas3 iniciais que se seguem à ingestão de uma dose maciça, possivelmente hepatotóxica, de paracetamol são: náuseas4, vômitos5, dor ou sensibilidade à dor na área abdominal superior ou "inchaço6" da área abdominal, sudorese7 intensa e mal-estar geral. Hipotensão arterial8, arritmia9 cardíaca, icterícia10, insuficiência hepática11 e renal12 são também observadas. Os sinais2 clínicos e laboratoriais de toxicidade13 hepática14 podem não estar presentes até 48 a 72 horas após a ingestão da dose maciça.
Tratamento: o estômago15 deve ser imediatamente esvaziado, seja por lavagem gástrica16 ou por indução ao vômito17 com xarope de ipeca. Deve-se providenciar nos centros com metodologia e aparelhagem adequadas, a determinação dos níveis plasmáticos de paracetamol. As provas de função hepática14 devem ser realizadas inicialmente e repetidas a cada 24 horas até normalização. Independentemente da dose maciça de paracetamol referida, deve-se administrar imediatamente o antídoto18 considerado eficaz, a N-acetilcisteína19 a 20%, desde que não tenha decorrido mais de 16 horas da ingestão. A N-acetilcisteína19 deve ser administrada por via oral, na dose de ataque de 140mg/kg de peso, seguida a cada 4 horas por uma dose de manutenção de 70 mg/kg de peso, até um máximo de 17 doses, conforme a evolução do caso. A N-acetilcisteína19 a 20% deve ser administrada após diluição a 5% em água, suco ou refrigerante, preparada no momento da administração. Além da administração da N-acetilcisteína19, o paciente deve ser acompanhado com medidas gerais de suporte, incluindo manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico20, correção de hipoglicemia21, administração de vitamina22 K, quando necessário e outras. Após a recuperação do paciente, não permanecem seqüelas hepáticas23, anatômicas ou funcionais.