RESULTADOS DE EFICÁCIA SUMAX
SUMATRIPTANA INJETÁVEL
Mathew, N.T e col., 1992 realizaram estudo randomizado1, duplo-cego, placebo2-controlado em
242 adultos. Foram administradas via subcutânea3 dosagens de sumatriptana de 1, 2, 3, 4, 6 ou 8
mg ou injeção4 de placebo2. A eficácia foi definida como redução de dor moderada a severa para
ausente ou leve, sem uso de medicamento suporte. Os níveis atingidos de resposta à enxaqueca5,
bem como o alívio dos sintomas6 de náusea7, foram aproximadamente doses-dependente. Os
resultados obtidos na primeira hora foram 24% para o grupo placebo2, 43% para 1 mg, 57% para 2
mg, 57% para 3 mg, 50% para 4 mg, 73% para 6 mg e 80% para 8 mg. Os eventos adversos mais
comuns foram reações no local de aplicação e formigamento. A dose de 6 mg foi tão efetiva
quanto à de 8 mg, porém, foi associada a menos eventos adversos.
Cady, R.K e col. 1991 conduziram dois estudos com grupos paralelos nos Estados Unidos da
América nos quais pacientes adultos foram randomizados para receber 6 mg de sumatriptana
subcutaneamente (n= 734) ou placebo2 (n= 370). Na primeira hora, a sumatriptana foi
significantemente mais efetiva que o placebo2 na redução da dor moderada ou severa a leve ou
ausente (70% vs. 22%); no alívio completo (49% vs. 9%) e na melhora da incapacidade clínica
(76% vs. 34%). A sumatriptana também reduziu náusea7 e fotofobia8 significantemente melhor que
o placebo2. Pacientes com enxaquecas9 residuais receberam outra injeção4; os que tinham recebido
medicação teste receberam uma segunda dose de sumatriptana (n= 187) ou placebo2 (n= 178);
enquanto que os que receberam placebo2 receberam uma segunda injeção4 de placebo2 (n= 335). A
evidência estatística para beneficio de uma segunda injeção4 de sumatriptana é ausente. Os
eventos adversos associados à sumatriptana foram: formigamento, tontura10, sensações de calor e
reação no local de aplicação.
Ensink, F.B e col. 1991 conduziram dois estudos randomizados multicêntricos, duplo-cegos,
controlados com placebo2 para avaliar a eficácia e a tolerabilidade de injeções subcutâneas de
sumatriptana de 1-3 mg e de 1-8 mg, respectivamente, no tratamento da enxaqueca5 aguda. Os
dados apresentados foram compilados de um total de 519 pacientes. Em ambos os estudos, a
eficácia foi definida pela redução da severidade da enxaqueca5 de severa ou moderada a leve ou
ausente. Todos os grupos testes foram significantemente mais efetivos que o placebo2 no alívio
dos sintomas6, e as respostas mostraram-se doses-dependentes; uma resposta efetiva ao
tratamento foi atingida dentro dos 30 minutos em 73% dos pacientes tratados com 6 mg de
sumatriptana e 80% dos pacientes tratados com 8mg; comparados a 22% do grupo placebo2. A
sumatriptana foi bem tolerada e a maioria dos eventos adversos foi leve e transitório. As queixas
mais freqüentes foram irritação e dor no local de aplicação. Não foram observadas alterações em
exames laboratoriais e leituras de ECG.
SUMATRIPTANA COMPRIMIDOS
Winner, P. e col., 2003 conduziram dois estudos idênticos, multicêntricos, randomizados, duplocegos,
controlados com placebos, entre período de maio a novembro de 2000 em adultos (18-65
anos de idade), nos quais foram administradas 50 mg e 100 mg sumatriptana, via oral. Os
pacientes (n1= 354 e n2= 337) foram tratados ao primeiro sinal11 de dor moderada, mas não mais
que 2 horas após o início da medicação teste ou placebo2. A resposta foi definida pelo alívio da dor
até 2 horas após a medicação teste em relação ao placebo2. Significantemente mais pacientes do
grupo teste ficaram completamente livres de dor 3 e 4 horas após tratamento em comparação ao
placebo2 (em 2 horas, 50% e 57% vs. 29%; e em 4 horas, 61% e 68% vs. 30%; ambos p < 0,001).
Também, significantemente mais pacientes do grupo teste ficaram livres de enxaqueca5 (dor
ausente ou associada a sintomas6) em comparação ao placebo2 em 2 h e 4 horas após tratamento
(em 2h, 43% e 49% vs. 24%; em 4h, 54% e 63% vs. 28%; ambos p< 0,001). A incidência12 de todos
os eventos adversos foi baixa tanto no grupo da sumatriptana 50 mg (14% vs. 7% placebo2) como
da sumatriptana 100 mg (16% vs. 14% placebo2).
Pffaffenrath, V. e col., 1997 conduziram estudo multinacional, duplo-cego (n= 1003) no quais os
pacientes receberam três dosagens de sumatriptana (25 mg, 50 mg, 100 mg) ou placebo2, para
tratar até 3 crises de enxaqueca5, e uma segunda dose independentemente randomizada para
enxaqueca5 recorrente. O estudo avaliou a eficácia e a tolerabilidade das três dosagens de
sumatriptana, ficando demonstrado que todas as dosagens de sumatriptana foram superiores ao
placebo2 (p< 0,05) na redução da enxaqueca5 moderada ou severa a leve ou ausente 4 horas após
dose para cada 3 crises tratadas. As dosagens de sumatriptana 50 mg e 100 mg foram superiores
(p< 0,05) à de 25 mg 4 horas após tratamento para duas das três crises. Todas as dosagens de
sumatriptana foram similarmente efetivas no alívio de náusea7 e fotofobia8 ou fonofobia ou ambos e
na redução da incapacidade clínica. A recorrência13 de enxaqueca5 foi evidenciada em proporções
similares entre os grupos de tratamento (35% a 48% após placebo2; 26% a 39% após
sumatriptana). O alívio da enxaqueca5 recorrente 2 horas após a segunda dose da medicação do
estudo ocorreu em porcentagens maiores de pacientes que usaram alguma dose de sumatriptana
comparada aos pacientes que usaram placebo2 para tratar a recorrência13. A incidência12 de eventos
adversos foi similar entre os grupos de sumatriptana 25 mg e 50 mg comparados ao placebo2 e foi
mais baixa em relação ao grupo de sumatriptana 100 mg.
Cutler, N. e col., 1995 realizaram estudo randomizado1, duplo-cego, grupo paralelo, controlado
com placebo2 para avaliar a eficácia e a tolerabilidade da sumatriptana oral em 259 pacientes com
enxaqueca5. Os pacientes receberam dosagens de 25 mg, 50 mg ou 100 mg de sumatriptana oral
ou placebo2 para tratamento da crise de enxaqueca5. Os resultados indicaram que 2 horas após
dose, 50 a 56% dos pacientes dos grupos testes obtiveram alivio da enxaqueca5 (p < 0,05 para
cada grupo teste vs. placebo2) em comparação ao placebo2 (26 %). Após 4 horas da dose, 68 a
71% dos pacientes dos grupos testes obtiveram alivio da enxaqueca5 (p < 0,05 para cada grupo
teste vs. placebo2) em comparação ao placebo2 (38%). A sumatriptana foi similarmente efetiva no
alívio da náusea7 e fotofobia8 e na redução da incapacidade clínica. O padrão e a incidência12 de
eventos adversos não diferiram entre os grupos testes.
Sargent, J. e col, 1995 conduziram estudo randomizado1, duplo-cego, grupo paralelo, controlado
com placebo2 em 187 indivíduos com enxaqueca5, para avaliar a eficácia e a tolerabilidade da
sumatriptana. Os pacientes receberam sumatriptana em dosagens de 25 mg, 50 mg ou 100 mg ou
placebo2, para tratamento da crise de enxaqueca5.
Os resultados demonstraram que 2 horas após dose 52% a 57% dos pacientes tratados com
sumatriptana comparados a 17% do grupo placebo2 obteve alívio da enxaqueca5 (p< 0,05 para
cada grupo teste vs. placebo2). 4 horas após dose, 65% a 78% dos pacientes tratados com
sumatriptana comparados a 19% do grupo placebo2 obtiveram alívio da enxaqueca5 (p< 0,05 para
cada grupo teste vs. placebo2). A sumatriptana foi similarmente efetiva no alívio da náusea7 e
fotofobia8 e na redução da incapacidade clínica. Não foram reportados eventos adversos sérios ou
incomuns. O padrão e a incidência12 de eventos adversos não diferiram entre os grupos de
tratamento teste.
Nappi, G. e col.,1994 realizaram estudo multicêntrico, duplo-cego, grupo paralelo, controlado com
placebo2, para comparar a eficácia e a tolerabilidade da sumatriptana oral na forma de
comprimidos revestidos para tratamento da enxaqueca5 aguda. Os pacientes foram randomizados
(1:2) para receber placebo2 ou sumatriptana. 88 pacientes receberam placebo2 (+dose opcional
após 2 h/enxaqueca5 persistente; +dose opcional 24 h/ enxaqueca5 recorrente) e 162 receberam
sumatriptana 100 mg (+dose opcional 100 mg após 2 h e dose opcional de 100 mg dentro de
24h). A sumatriptana foi significantemente mais efetiva que o placebo2 no alívio da enxaqueca5
(definida pela redução na severidade da dor de severa ou moderada para leve ou ausente) em 2
horas (51% vs. 31%, p= 0,003) e 4 horas (71% vs. 35%, p< 0,001). Menos pacientes do grupo
teste necessitaram de uma segunda dose de medicação comparados ao placebo2 (49% vs. 74%,
p< 0,001). Mais pacientes do grupo teste ficaram livres de dor comparados ao grupo placebo2 tanto
em 2 horas (24% vs. 12%) como em 4 horas (48% vs. 18%). Os pacientes que receberam
sumatriptana reportaram alívio mais rápido da enxaqueca5 em relação ao placebo2. O alívio da
enxaqueca5 nos pacientes tratados com a sumatriptana foi similar, independente do tipo de
enxaqueca5 (com ou sem aura) nos períodos de tratamento ≤ 4h ou > 4 h após início da
enxaqueca5). A sumatriptana foi mais efetiva que o placebo2 no alívio da náusea7, vômito14 e
fotofobia8/fonofobia. Menos pacientes foram avaliados com enxaqueca5 recorrente, e a análise
estatística não foi possível. Mais pacientes tratados com sumatriptana comparados ao placebo2
reportaram eventos adversos (29% vs. 16), porém a diferença não foi significativa ao nível de 5%.
A maioria desses eventos adversos foi de severidade leve a moderada, curta duração e resolvidos
sem tratamento. A sumatriptana não apresentou nenhum efeito clinicamente significante na
pressão sanguínea, batimento cardíaco, eletrocardiograma15 ou resultados de exames laboratoriais.
SUMATRIPTANA INTRANASAL
Vliet, J.A, e col., 2002 conduziram estudo randomizado1, duplo-cego, controlado com placebo2,
pacientes com episódios de enxaqueca5 ou com enxaqueca5 em salvas com duração mínima de
crises de 45 min. Os pacientes receberam uma dose de 20 mg de sumatriptana spray nasal , no
mínimo 24 horas após, ou placebo2. As enxaquecas9 foram classificadas segundo escala de 5
pontos (muito severa, severa, moderada, leve ou ausente) em 5, 10, 15, 20 e 30 minutos. O
principal resultado medido foi a resposta à enxaqueca5 (diminuição da dor muito severa a severa,
ou moderada para leve ou ausente) em 30 minutos. Resultados secundários medidos incluíram
níveis de dor ausente, alivio dos sintomas6 associados, e níveis de eventos adversos. Foram
utilizadas análise múltipla e multivariada para análise estatística. Cinco centros de estudo
selecionaram 118 pacientes nos quais foram tratadas 154 crises: 77 com sumatriptana e 77 com
placebo2. Os níveis de resposta em 30 minutos foram 57% para sumatriptana e 26% para placebo2
(p= 0,002). Os níveis de dor ausente em 30 minutos foram 47% para sumatriptana e 18% para
placebo2 (p= 0,003). A sumatriptana foi superior ao placebo2 considerando a reposta inicial, média
de alívio e alívio de sintomas6 associados. Não houve eventos adversos sérios.
Farmer, K., e col., 2001 conduziu um estudo aberto para avaliar as medidas da função cognitiva16
durante enxaqueca5 aguda, antes e depois do tratamento com sumatriptana spray nasal 20 mg.
Nesse estudo foram avaliadas as funções cognitivas de 28 pacientes através de uma bateria de
avaliações neuropsicológicas computadorizadas sob três condições de pacientes: ausência de
enxaqueca5, enxaqueca5 não tratada e após tratamento com sumatriptana (resultado principal).
Foram medidas resposta à enxaqueca5, ausência de enxaqueca5, porcentagem de eficácia e
incapacidade clinica. A função cognitiva16 (tempo de reação simples, atenção
sustentada/concentração, memória de trabalho17, processamento visual/espacial) e agilidade/fadiga18
foram adversamente afetadas durante a enxaqueca5 comparadas ao desempenho livre de
enxaqueca5 (p< 0,05) e foi rapidamente restaurada após sumatriptana 20 mg spray nasal (p< 0,05).
Enxaqueca5 e ausência de enxaqueca5 foram de 86% e 68%, respectivamente, em 135 minutos
após dose.
Alterações na severidade da dor, incapacidade clínica e porcentagem de eficácia após tratamento
com sumatriptana foram significantemente correlacionadas às medidas das funções cognitivas em
todos subtestes (p< 0,001). A sumatriptana restaurou a função cognitiva16 e incapacidade clínica
relacionada à enxaqueca5.
Peikert, A. e col., 1998 realizaram estudo multicêntrico, randomizado19, duplo-cego, grupo paralelo,
comparando a eficácia e a tolerabilidade de 4 dosagens de sumatriptana spray nasal (2,5; 5; 10 e
20 mg) com placebo2 no tratamento agudo20 de uma crise única de enxaqueca5. No total, 544
pacientes receberam a medicação do estudo como um único spray em cada narina. As avaliações
de eficácia incluíram medidas da severidade da enxaqueca5, incapacidade clínica e a
presença/ausência de sintomas6 associados. A incidência12 de enxaqueca5 recorrente foi também
avaliada. As três dosagens mais altas de sumatriptana (5 mg 49%, 10 mg 46%, 20 mg 64%) foram
significantemente melhores que o placebo2 (25%) no alivio da enxaqueca5 (moderada ou severa
enxaqueca5 para leve ou ausente) 120 minutos após tratamento (p≤ 0,01). A dosagem de 20 mg foi
também significantemente superior às dosagens de 10 mg e 5 mg no mesmo período de tempo (p
< 0,05). A proporção de pacientes livres de enxaqueca5 120 minutos após tratamento também foi
mais alta com a dosagem de 20 mg (42%) em relação às outras dosagens (14-24%, p< 0,005 20
vs. 10 mg) ou placebo2 (11%). A recorrência13 de enxaqueca5 nos pacientes que responderam ao
tratamento inicial foi reportada como 30-41% dos pacientes que receberam sumatriptana,
comparados com 33% dos pacientes do grupo placebo2. A sumatriptana spray nasal foi bem
tolerada, a incidência12 de eventos adversos com cada dosagem de sumatriptana foi similar ao
placebo2 (20-27% e 23%, respectivamente). Com exceção do gosto amargo/ruim, os eventos
adversos foram comparáveis aos reportados com outras vias de administração de sumatriptana.
Ryan, R. e col., 1997 conduziram dois estudos multicêntricos, randomizados, duplo-cegos de
grupos paralelos (n= 409 e 436) em adultos diagnosticados com enxaqueca5 conforme critérios da
sociedade internacional de enxaqueca5 (IHS) utilizando dosagens de sumatriptana spray nasal de
20 mg, 10 mg ou placebo2 (2:1:1) para tratamento de uma crise única de enxaqueca5. Foram
registradas as severidades da enxaqueca5 (ausente, leve, moderada e severa) em intervalos prédose
e em intervalos pós-dose pré-determinados; período de tempo significativo de alivio;
incapacidade clínica (nenhuma incapacidade, leve, incapacidade severa, requerendo repouso);
presença/ausência de náusea7, fotofobia8, e fonofobia; e ocorrência de eventos adversos. Duas
horas após dose nos dois estudos, a dor basal severa ou moderada foi reduzida para leve ou
ausente em 62 % a 63% dos pacientes tratados com sumatriptana 20 mg, 43 a 54% com
sumatriptana 10 mg, e 29 a 35% do grupo placebo2 (p < 0,05 20 mg vs. placebo2 para ambos os
estudos e 10 mg vs. placebo2 para o estudo 1). A duração do alivio relativo ao placebo2 começou
nos primeiros 15 minutos pós-dose (sumatriptana 20 mg, estudo 2). Incapacidade clínica em 2
horas pós-dose foi reportada como leve ou normal em 72 a 74 % dos pacientes tratados com
sumatriptana 20 mg, 56 a 68% dos pacientes tratados com sumatriptana 10 mg, e 47 a 53% com
placebo2 (p < 0,05 20 mg vs. placebo2 em ambos os estudos). Níveis de eficácia similares foram
observados para náusea7, fotofobia8 e fonofobia. O evento adverso mais comum nos grupos testes
foi alteração de paladar21 (amargo, acido ou sem gosto).