PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS CEFALOTIL

Atualizado em 28/05/2016

Gerais: Antes que seja instituída a terapêutica1 com Cefalotina Sódica, deverá ser feita uma pesquisa cuidadosa quanto à reações anteriores de hipersensibilidade às cefalosporinas e à penicilina. Em pacientes penicilino-alérgicos, os antibióticos  derivados da Cefalosporina-C devem ser usados com muita cautela. Reações de hipersensibilidade agudas e graves podem  requerer adrenalina2 e outras medidas de emergência3. Há alguma evidência clínica e laboratorial de alergenicidade cruzada parcial entre as penicilinas e  as cefalosporinas. Pacientes têm relatado reações graves (incluindo anafilaxia4) a ambas as drogas. Qualquer paciente que tenha demonstrado alguma forma de alergia5, particularmente à drogas, deve receber antibiótico cautelosamente e quando absolutamente necessário. Não se deve fazer exceção em relação à Cefalotina Sódica. Foi relatada colite6 pseudomembranosa com todos os antibióticos de amplo espectro (incluindo os macrolídeos, penicilinas semi-sintéticas e cefalosporinas). Portanto, é importante considerar este diagnóstico7 em pacientes que apresentarem diarréia8 associada ao uso de antibiótico. Essas colites podem variar em gravidade (de leves a gravíssimas). O tratamento com antibiótico de amplo espectro altera a flora normal do cólon9 e pode permitir o crescimento de Clostridium. Os estudos indicam que a toxina10 produzida pelo Clostridium difficile  é a causa principal de colite6 associada ao uso de antibiótico. Casos leves de colite6 pseudomembranosa usualmente respondem só com a interrupção do tratamento.
Nos casos moderados a graves, o tratamento deve incluir sigmoidoscopia, estudos bacteriológicos apropriados e suplementação11 de líquidos, eletrólitos12 e proteínas13. Quando não há melhora após a interrupção da droga ou quando a colite6 é grave, a vancomicina oral é a droga de escolha para o tratamento de colite6 pseudomembranosa causada por Clostridium difficile associada ao uso de antibiótico. Outras causas de colites devem ser excluídas.
Os pacientes devem ser acompanhados cuidadosamente de maneira que qualquer reação adversa ou manifestação não usual de idiossincrasia à droga possa ser detectada. Se ocorrer uma  reação alérgica14 ao produto, este deverá ser suspenso e o paciente tratado com as drogas usuais. Embora a Cefalotina Sódica raramente produza alterações na função renal15 recomenda-se avaliação do estado renal15, especialmente em pacientes gravemente doentes  que estejam recebendo doses máximas. Quando doses  intravenosas de Cefalotina Sódica maiores que 6 gramas diárias são administradas por infusão contínua, por períodos maiores que 3 dias, poderá haver o aparecimento de tromboflebite16, devendo-se por este motivo, usar as veias17 alternadamente. A incidência18 de tromboflebite16 poderá ser reduzida pela adição de 10 a 25 mg de hidrocortisona a soluções intravenosas contendo 4 a 6 gramas de Cefalotina; é indicado o uso de agulhas de pequeno tamanho para infusões intravenosas em veias17 calibrosas disponíveis. O uso prolongado de Cefalotina Sódica poderá resultar em crescimento excessivo de microrganismos resistentes, sendo essencial a constante observação do paciente. Se durante a terapêutica1 ocorrer uma superinfecção19, deve-se tomar as medidas apropriadas. Poderá ocorrer uma reação falso-positiva para glicose20 na urina21 com as soluções de Benedict ou Fehling.
Um aumento na incidência18 de nefrotoxicidade22 foi relatado após administração concomitante de antibióticos cefalosporínicos e aminoglicosídeos. Antibióticos de amplo espectro devem ser prescritos com cautela a pacientes com história de doença gastrointestinal, particularmente colite6.
Gravidez23: Esta droga deve ser usada durante a gravidez23 somente se muito necessária.
Amamentação24: Deve-se tomar cuidado quando o produto for administrado a mulheres que estão amamentando, pois a Cefalotina é excretada no leite materno.
Pediatria: A avaliação dos efeitos da Cefalotina em crianças, relacionados à eficácia e segurança da droga, não tem sido tão sistematicamente realizada como para adultos. Entretanto não há relatos de problemas específicos causados pelo uso de Cefalotina.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
2 Adrenalina: 1. Hormônio secretado pela medula das glândulas suprarrenais. Atua no mecanismo da elevação da pressão sanguínea, é importante na produção de respostas fisiológicas rápidas do organismo aos estímulos externos. Usualmente utilizado como estimulante cardíaco, como vasoconstritor nas hemorragias da pele, para prolongar os efeitos de anestésicos locais e como relaxante muscular na asma brônquica. 2. No sentido informal significa disposição física, emocional e mental na realização de tarefas, projetos, etc. Energia, força, vigor.
3 Emergência: 1. Ato ou efeito de emergir. 2. Situação grave, perigosa, momento crítico ou fortuito. 3. Setor de uma instituição hospitalar onde são atendidos pacientes que requerem tratamento imediato; pronto-socorro. 4. Eclosão. 5. Qualquer excrescência especializada ou parcial em um ramo ou outro órgão, formada por tecido epidérmico (ou da camada cortical) e um ou mais estratos de tecido subepidérmico, e que pode originar nectários, acúleos, etc. ou não se desenvolver em um órgão definido.
4 Anafilaxia: É um tipo de reação alérgica sistêmica aguda. Esta reação ocorre quando a pessoa foi sensibilizada (ou seja, quando o sistema imune foi condicionado a reconhecer uma substância como uma ameaça ao organismo). Na segunda exposição ou nas exposições subseqüentes, ocorre uma reação alérgica. Essa reação é repentina, grave e abrange o corpo todo. O sistema imune libera anticorpos. Os tecidos liberam histamina e outras substâncias. Esse mecanismo causa contrações musculares, constrição das vias respiratórias, dificuldade respiratória, dor abdominal, cãimbras, vômitos e diarréia. A histamina leva à dilatação dos vasos sangüíneos (que abaixa a pressão sangüínea) e o vazamento de líquidos da corrente sangüínea para os tecidos (que reduzem o volume de sangue) o que provoca o choque. Ocorrem com freqüência a urticária e o angioedema - este angioedema pode resultar na obstrução das vias respiratórias. Uma anafilaxia prolongada pode causar arritmia cardíaca.
5 Alergia: Reação inflamatória anormal, perante substâncias (alérgenos) que habitualmente não deveriam produzi-la. Entre estas substâncias encontram-se poeiras ambientais, medicamentos, alimentos etc.
6 Colite: Inflamação da porção terminal do cólon (intestino grosso). Pode ser devido a infecções intestinais (a causa mais freqüente), ou a processos inflamatórios diversos (colite ulcerativa, colite isquêmica, colite por radiação, etc.).
7 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
8 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
9 Cólon:
10 Toxina: Substância tóxica, especialmente uma proteína, produzida durante o metabolismo e o crescimento de certos microrganismos, animais e plantas, capaz de provocar a formação de anticorpos ou antitoxinas.
11 Suplementação: Que serve de suplemento para suprir o que falta, que completa ou amplia.
12 Eletrólitos: Em eletricidade, é um condutor elétrico de natureza líquida ou sólida, no qual cargas são transportadas por meio de íons. Em química, é uma substância que dissolvida em água se torna condutora de corrente elétrica.
13 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
14 Reação alérgica: Sensibilidade a uma substância específica, chamada de alérgeno, com a qual se entra em contato por meio da pele, pulmões, deglutição ou injeções.
15 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
16 Tromboflebite: Processo inflamatório de um segmento de uma veia, geralmente de localização superficial (veia superficial), juntamente com formação de coágulos na zona afetada. Pode surgir posteriormente a uma lesão pequena numa veia (como após uma injeção ou um soro intravenoso) e é particularmente frequente nos toxico-dependentes que se injetam. A tromboflebite pode desenvolver-se como complicação de varizes. Existe uma tumefação e vermelhidão (sinais do processo inflamatório) ao longo do segmento de veia atingido, que é extremamante doloroso à palpação. Ocorrem muitas vezes febre e mal-estar.
17 Veias: Vasos sangüíneos que levam o sangue ao coração.
18 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
19 Superinfecção: Geralmente ocorre quando os antibióticos alteram o equilíbrio do organismo, permitindo o crescimento de agentes oportunistas, como os enterococos. A superinfecção pode ser muito difícil de tratar, porque é necessário optar por antibióticos eficazes contra todos os agentes que podem causá-la.
20 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
21 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
22 Nefrotoxicidade: É um dano nos rins causado por substâncias químicas chamadas nefrotoxinas.
23 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
24 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.

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