INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS SEROQUEL

Atualizado em 28/05/2016
Devido aos efeitos primários da quetiapina sobre o sistema
nervoso central, SEROQUEL® (fumarato de quetiapina) deve
ser usado com cuidado em combinação com outros agentes
de ação central e com álcool.
A farmacocinética do lítio não foi alterada quando co-administrado
com SEROQUEL® (fumarato de quetiapina).
A farmacocinética da quetiapina não foi alterada de forma significativa
após a co-administração com os antipsicóticos risperidona
ou haloperidol. Entretanto, a co-administração de
SEROQUEL® (fumarato de quetiapina) com tioridazina causou
elevações na depuração da quetiapina.
A quetiapina não induziu os sistemas hepáticos enzimáticos
envolvidos no metabolismo1 da antipirina. Entretanto, em um
estudo de múltiplas doses em pacientes para avaliar a farmacocinética
da quetiapina antes da administração e durante tratamento
com carbamazepina (um conhecido indutor de enzima2
hepática3), a co-administração de carbamazepina aumentou
significativamente a depuração de quetiapina.
Este aumento da depuração reduziu a exposição sistêmica
da quetiapina (como mensurado pela AUC4) em média 13% da
exposição durante administração só de quetiapina, embora
um maior efeito tenha sido observado em muitos pacientes.
Como uma conseqüência da interação, pode ocorrer uma diminuição
da concentração plasmática de quetiapina e, conseqüentemente,
em cada paciente, dependendo da resposta
clínica, um aumento da dose de SEROQUEL® (fumarato de
quetiapina) deve ser considerado. Deve-se notar que a dose
máxima diária recomendada de SEROQUEL® (fumarato de
quetiapina) é 750 mg/dia e tratamentos contínuos em altas
doses devem ser considerados somente como resultado de
considerações cuidadosas da avaliação do risco/benefício para
cada paciente. A co-administração de SEROQUEL® (fumarato
de quetiapina) e outro indutor de enzima2 microssomal, fenitoína,
também causou aumentos na depuração de quetiapina.
Doses elevadas de SEROQUEL® (fumarato de quetiapina)
podem ser necessárias para manter o controle dos sintomas5
psicóticos em pacientes que estejam recebendo concomitantemente
SEROQUEL® (fumarato de quetiapina) e fenitoína ou
outros indutores de enzimas hepáticas6 (por exemplo: barbituratos,
rifampicina etc.). Pode ser necessária a redução de
dose de SEROQUEL® (fumarato de quetiapina) se a fenitoína,
a carbamazepina ou outro indutor de enzimas hepáticas6 forem
retirados e substituídos por um agente não indutor (por
exemplo: valproato de sódio).
CYP3A4 é a principal enzima2 responsável pelo metabolismo1
da quetiapina mediado pelo citocromo P450. A farmacocinética
da quetiapina não foi alterada após co-administração com
cimetidina, um conhecido inibidor da enzima2 P450. A farmacocinética
da quetiapina não foi significativamente alterada após
co-administração com antidepressivos imipramina (um conhecido
inibidor da CYP2D6) ou fluoxetina (um conhecido inibidor
da CYP3A4 e da CYP2D6). Em estudos de múltiplas doses
em voluntários sadios para avaliar a farmacocinética da quetiapina
antes da administração e durante o tratamento com
cetoconazol, a co-administração do cetoconazol resulta em
aumento da Cmáx e AUC4 de quetiapina de 235% e 522%, respectivamente,
correspondendo a uma diminuição na depuração
de 84%. A meia-vida média da quetiapina aumentou de
2,6 para 6,8 horas, mas a tmáx média ficou inalterada. Devido
ao potencial para uma interação de magnitude semelhante
em uso clínico, a dosagem de SEROQUEL® (fumarato de quetiapina)
deve ser reduzida durante uso concomitante de quetiapina
e potentes inibidores da CYP3A4 (como antifúngicos azóis
e antibióticos macrolídeos).
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
2 Enzima: Proteína produzida pelo organismo que gera uma reação química. Por exemplo, as enzimas produzidas pelo intestino que ajudam no processo digestivo.
3 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
4 AUC: A área sob a curva ROC (Receiver Operator Characteristic Curve ou Curva Característica de Operação do Receptor), também chamada de AUC, representa a acurácia ou performance global do teste, pois leva em consideração todos os valores de sensibilidade e especificidade para cada valor da variável do teste. Quanto maior o poder do teste em discriminar os indivíduos doentes e não doentes, mais a curva se aproxima do canto superior esquerdo, no ponto que representa a sensibilidade e 1-especificidade do melhor valor de corte. Quanto melhor o teste, mais a área sob a curva ROC se aproxima de 1.
5 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
6 Enzimas hepáticas: São duas categorias principais de enzimas hepáticas. A primeira inclui as enzimas transaminasas alaninoaminotransferase (ALT ou TGP) e a aspartato aminotransferase (AST ou TOG). Estas são enzimas indicadoras do dano às células hepáticas. A segunda categoria inclui certas enzimas hepáticas como a fosfatase alcalina (FA) e a gamaglutamiltranspeptidase (GGT) as quais indicam obstrução do sistema biliar, quer seja no fígado ou nos canais maiores da bile que se encontram fora deste órgão.

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