INTERAÇÕES MEDIAMENTOSAS ALLESTRA

Atualizado em 28/05/2016

Indutores de enzimas hepáticas1, tais como, primidona, fenitoínas, fenilbutazona e griseofulvina: podem diminuir a eficácia de ALLESTRA 20. Em tratamentos prolongados com indutores de enzimas hepáticas1, deve ser utilizado outro método de contracepção2.

Amitriptilina: apresentam interação com o aumento ou diminuição dos efeitos dos antidepressivos tricíclicos. O principal efeito é a atenuação antidepressiva e a toxicidade3 dos tricíclicos (hipotensão4, atasia e torpor5).

Antibióticos como: ampicilina, amoxicilina e tetraciclina: diminuem a eficácia do produto por redução da absorção do anticoncepcional, decorrente da flora intestinal, alterando a circulação6 enterohepática. Com isso, a paciente deve usar adicionalmente um método anticoncepcional não hormonal, durante o período de tratamento conjunto e por sete dias após o término do antibiótico. Se o período de sete dias ultrapassar o término da cartela, a próxima deverá ser iniciada sem a realização da pausa entre elas. Neste caso, o sangramento por privação deve ocorrer somente no final da segunda cartela. Se o sangramento não ocorrer, a possibilidade de gravidez7 dever ser verificada, antes do início da nova cartela.

Betametasona e dexametasona: os anticoncepcionais têm sido demonstrados como potencializadores dos efeitos dos corticóides.

Carbamazepina: aparecimento de "spotting" e sangramentos irregulares decorrentes do aumento do metabolismo8 dos anticoncepcionais, diminuindo seus efeitos.

Benzodiazepínicos: podem diminuir o metabolismo8 dos benzodiazepínicos, determinando um maior efeito dos mesmos por inibição do metabolismo8 oxidativo, resultando clinicamente em um quadro de depressão e hipotensão4.

Hidrocortisona: aumento da ação antiinflamatória da hidrocortisona e da prednisona, decorrente do aumento da meia vida em 2 a 3 vezes.

Fenobarbital: os barbitúricos fazem com que aumente o metabolismo8 do anticoncepcional oral, determinando irregularidade menstrual e redução da eficiência contraceptiva.

Rifampicina: por alteração da circulação6 enterohepática e alteração do metabolismo8 nos progestogênios, o uso concomitante determina aumento da falha do anticoncepcional. A utilização de método anticoncepcional adicional deve ser mantida durante 4 semanas após o término do tratamento, mesmo após um curto período de administração.

Tabaco: a utilização concomitante com mais de 15 cigarros/dia, pode aumentar o risco de efeitos adversos em pessoas acima de 35 anos.

Cafeína: o anticoncepcional oral aumenta a meia vida de cafeína de 4% para 90% e diminui o "clearence" da mesma em 65% pela inibição do seu metabolismo8, podendo determinar estimulação do SNC9.

Álcool etílico: diminuição do metabolismo8 do álcool, prolongando os efeitos do mesmo. Hipoglicemiantes orais10 ou insulina11: ajustes de doses podem ser necessárias, como resultado do efeito da tolerância à glicose12.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Enzimas hepáticas: São duas categorias principais de enzimas hepáticas. A primeira inclui as enzimas transaminasas alaninoaminotransferase (ALT ou TGP) e a aspartato aminotransferase (AST ou TOG). Estas são enzimas indicadoras do dano às células hepáticas. A segunda categoria inclui certas enzimas hepáticas como a fosfatase alcalina (FA) e a gamaglutamiltranspeptidase (GGT) as quais indicam obstrução do sistema biliar, quer seja no fígado ou nos canais maiores da bile que se encontram fora deste órgão.
2 Contracepção: Qualquer processo que evite a fertilização do óvulo ou a implantação do ovo. Os métodos de contracepção podem ser classificados de acordo com o seu objetivo em barreiras mecânicas ou químicas, impeditivas de nidação e contracepção hormonal.
3 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
4 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
5 Torpor: 1. Sentimento de mal-estar caracterizado pela diminuição da sensibilidade e do movimento; entorpecimento, estupor, insensibilidade. 2. Indiferença ou apatia moral; indolência, prostração. 3. Na medicina, ausência de reação a estímulos de intensidade normal.
6 Circulação: 1. Ato ou efeito de circular. 2. Facilidade de se mover usando as vias de comunicação; giro, curso, trânsito. 3. Movimento do sangue, fluxo de sangue através dos vasos sanguíneos do corpo e do coração.
7 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
8 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
9 SNC: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
10 Hipoglicemiantes orais: Medicamentos usados por via oral em pessoas com diabetes tipo 2 para manter os níves de glicose próximos ao normal. As classes de hipoglicemiantes são: inibidores da alfaglicosidase, biguanidas, derivados da fenilalanina, meglitinides, sulfoniluréias e thiazolidinediones.
11 Insulina: Hormônio que ajuda o organismo a usar glicose como energia. As células-beta do pâncreas produzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina.
12 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.

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