CARACTERÍSTICAS CLINFAR
A sinvastatina é um agente redutor de lípides, derivado sinteticamente de um produto de fermentação de Aspergillus terreus. Após a ingestão oral, o produto é hidrolisado na forma de lactona inativa para o seu correspondente beta-hidroxiácido.
Este é o principal metabólito1 e o inibidor da 3-hidroxi-3-metilglutaril-coenzima A (HMG-CoA) redutase, uma enzima2 que catalisa uma etapa precoce e limitante na biossíntese do colesterol3. Como resultado, em estudos clínicos, a sinvastatina reduziu as concentrações do colesterol3 ligado à lipoproteína de baixa densidade (LDL4) e à liproteína de densidade muito baixa (VLDL). Adicionalmente, a sinvastatina aumentou moderadamente o HDL5-colesterol3 e reduziu os triglicérides6 plamáticos. A forma ativa de sinvastatina é um inibidor específico da HMG-CoA redutase, a enzima2 que catalisa a conversão da HMG-CoA a mevalonato. Em virtude dessa conversão ser uma etapa precoce na biossíntese do colesterol3, não se espera que a terapia com a sinvastatina provoque acúmulo de esteróis potencialmente tóxicos. Além disso, a HMG-CoA é também metabolizada rapidamente de volta para acetil-CoA, que participa em muitos processos de biossíntese no organismo. Em estudos com animais, após doses orais, a sinvastatina teve alta seletividade pelo fígado7, onde atingiu concentrações substancialmente mais altas do que em outros tecidos não-alvo. A sinvastatina é largamente extraída na primeira passagem pelo fígado7, que é seu local primário de ação, com subsequente excreção da droga na bile8. A exposição sistêmica em humanos, à forma ativa da sinvastatina, é inferior a 5% da dose oral. Destes, 95% estão ligados a proteínas9 plasmáticas. Na hipercolesterolemia10 primária, quando a dieta apenas foi insuficiente, a sinvastatina foi altamente eficaz na redução do colesterol3 total e do colesterol3 ligado à LDL4, nas forma heterozigóticas familiares e não-familiares de hipercolesterolemia10 e na hiperlipidemia11 mista. Observou-se resposta importante em um intervalo de duas semanas e a resposta terapêutica12 máxima ocorreu em um período de 4 a 6 semanas. A resposta foi mantida com a continuidade da terapia. Os níveis de colesterol3 total voltam aos valores anteriores ao tratamento, quando a terapia é interrompida.