ADVERTÊNCIAS DIAMICRON MR
DIAMICRON MR é usado no diabetes1 adulto. Não deve ser usado durante a gravidez2. DIAMICRON MR não dispensa em qualquer casoa dieta hipocalórica3 e/ou hipoglicídica. Os controles do diabético devem ser regularmente realizados. No caso de intervenção cirúrgica, o uso da insulina4 deve ser levado em conta. A ingestão conjunta com álcool pode potencializar o efeito hipoglicemiante5 de DIAMICRON MR.
Existe o risco de DIAMICRON MR promover hipoglicemia6 quando administrado sem justificativa em diabéticos controlados com dieta, em pacientes com alimentação insuficiente e nos casos de insuficiência renal7 e/ou hepática8 graves. A ação microvascular de DIAMICRON MR não exige vigilância especial pois não é anticoagulante9.
HIPOGLICEMIA6
Este tratamento só deve ser receitado se o paciente se alimenta regularmente (incluindo café da manhã). É importante que se tenha uma ingestão regular de carboidratos devido ao maior risco de hipoglicemia6 se as refeições forem feitas fora dos horários, em casos de dieta inadequada ou se a dieta contém um balanço inadequado de carboidratos. A hipoglicemia6 tem mais possibilidade de ocorrer em pacientes que seguem uma dieta hipocalórica3, após esforço importante ou prolongado, após o consumo de bebidas alcoólicas ou durante a administração de uma combinação de hipoglicemiantes10.
A hipoglicemia6 pode ocorrer durante tratamento com sulfoniluréias11 (ver "Reações adversas").
Alguns casos podem ser graves e prolongados. A internação e a perfusão de glicose12 podem ser necessárias por alguns dias.
Uma cuidadosa seleção de pacientes, da dose utilizada, assim como de informações suficientes sobre o paciente são necessários para reduzir o risco de hipoglicemia6.
A hipoglicemia6 é facilitada pelos seguintes fatores:
Recusa ou incapacidade do paciente em cooperar (principalmente pacientes idosos);
Má nutrição13, horários irregulares de refeições, refeições omitidas, períodos de jejum ou mudança de dieta;
Desequilíbrio entre exercício físico e ingestão de carboidratos;
Insuficiência renal7 ;
Insuficiência hepática14 grave;
Superdosagem de Diamicron MR;
Certas disfunções endócrinas: disfunções relativas à tireóide, insuficiências hipofisária e adrenal;
Administração concomitante de outros medicamentos (ver "Interações medicamentosas").
Insuficiências renal15 e hepática8: a farmacocinética e/ou farmacodinâmica da Gliclazida pode ser modificada em pacientes com insuficiência hepática14 ou insuficiência renal7 graves. Nesses pacientes, a hipoglicemia6 pode ser prolongada e a utilização do produto deve ser avaliada pelo médico.
Informações para o paciente:
Os riscos de hipoglicemia6, seus sintomas16, tratamento e os fatores de pré-disposição devem ser explicados ao paciente e a sua família.
O paciente deve ser informado da importância de seguir uma dieta, de praticar exercícios físicos com regularidade e de proceder ao monitoramento periódico dos níveis de glicose12 no sangue17.
Desequilíbrio glicêmico: os níveis de glicose12 no sangue17 em pacientes tratados com um antidiabético oral18 podem ser afetados por: febre19, trauma, infecção20 ou intervenção cirúrgica.
Em certos casos, pode ser necessário o uso de insulina4 .
A eficácia hipoglicemiante5 de qualquer antidiabético oral18, incluindo a Gliclazida , pode ser reduzida com o tempo em alguns pacientes: isto pode ser devido a um aumento da gravidade do diabetes1 , ou a uma redução da resposta ao tratamento. Este fenômeno é conhecido como falência secundária e deve ser diferenciado da falência primária, onde o medicamento demosntra ser ineficaz quando prescrito como tratamento de primeira escolha para um determinado paciente. Um ajuste adequado da dose, observação da dieta, além de exercícios físicos devem ser consideradas antes de classificar o paciente no quadro de falência secundária.
Testes de laboratório: recomenda-se medir os níveis de hemoglobina glicosilada21 (ou níveis de glicose12 em jejum) para avaliar o controle da glicose12 no sangue17. Um automonitoramento da glicose12 no sangue17 também pode ser eficaz.
USO EM IDOSOS, CRIANÇAS E OUTROS GRUPOS DE RISCO
ver "Precauções" e "Posologia".
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
1) Os seguintes produtos podem aumentar o risco de hipoglicemia6:
Associação contra-indicada:
Miconazol (via sistêmica, gel para uso oral): aumento do efeito hipoglicemiante5 com possibilidade de ocorrência de sintomas16 hipoglicêmicos ou até mesmo de coma22.
Associações não recomendadas:
Fenilbutazona (via sistêmica): aumento do efeito hipoglicemante das sulfoniluréias11 (desfaz sua ligação às proteínas23 plasmáticas e/ou diminuição de sua eliminação).
É preferível usar um outro agente antiinflamatório; do contrário, avise o paciente e enfatize a importância do automonitoramento: se necessário, ajustar a dose de DIAMICRON MR durante e após o tratamento com o antiinflamatório.
Álcool: aumento da reação hipoglicêmica (por inibição de mecanismos compensatórios) podendo aumentar a probabilidade de coma22 hipoglicêmico.
Evitar o consumo de bebidas alcoólicas e de medicamentos que contêm álcool.
Associações que requerem precauções em seu uso:
A potencialização do efeito da diminuição da glicose12 no sangue17, em alguns casos, pode causar hipoglicemia6 em caso de tratamento concomitante com os seguintes medicamentos: outros antidiabéticos (insulina4, acarbose24, biguanidas25),betabloqueadores, fluconazol , inibidores da enzima26 conversora da angiotensina (captopril, enalapril), antagonistas do receptores H2, IMAO27, sulfonamidas e antiinflamatórios não-esteroidais.
2) Os seguintes produtos podem aumentar os níveis de glicose12 no sangue17:
Associação não recomendada:
Danazol: efeito diabetogênico28 do danazol.
Se a combinação for inevitável, informar o paciente e enfatizar a importância do automonitoramento dos níveis de glicose12 no sangue17 e na urina29. Pode ser necessário ajustar a dose do antidiabético durante e após o tratamento com danazol .
Associações que requerem precauções em seu uso:
Clorpromazina (neuroléptico30): em altas doses (acima de 100 mg por dia de clorpromazina), os níveis de glicose12 no sangue17 aumentam (diminuição da liberação de insulina4).
Informar o paciente e enfatizar a importância de automonitoramento dos níveis de glicose12 no sangue17 e, se necessário, ajustar a dose do agente antidiabético durante o tratamento com o neuroléptico30 e após ele ser descontinuado.
Glicocorticóides (via sistêmica e local: preparações intra-articular, cutânea31 e retal) e tetracosactrina:
Aumento nos níveis sanguíneos de glicose12, ocasionalmente com cetose (diminuição da tolerância aos carboidratos causada por corticóides).
Avisar o paciente e enfatizar a importância do automonitoramento dos níveis sanguíneos de glicose12, principalmente no início do tratamento. Se necessário, ajustar a dose do antidiabético durante o tratamento com corticóides e após eles serem descontinuados.
Ritodrina, salbutamol32, terbutalina: (via I.V.)
Níveis de glicose12 no sangue17 aumentados pelos antagonistas beta-2.
Enfatizar a importância de monitoramento dos níveis de glicose12 no sangue17. Se necessário, mudar para tratamento com insulina4.
3) Associações que devem ser consideradas:
Anticoagulantes33 ( varfarina ...)
As sulfoniluréias11 podem potencializar o efeito anticoagulante9 durante o tratamento concomitante. Pode ser necessário ajustar a dose do anticoagulante9.