
FARMACOCINÉTICA AMPICILINA
Absorção
A Ampicilina é estável na presença de ácido gástrico1, sendo bem absorvida pelo trato gastrintestinal (cerca de 40 a 50%). A ingestão conjunta com alimentos diminui a absorção oral da Ampicilina. Gastrectomia parcial não afeta a absorção oral da Ampicilina.
Distribuição
A Ampicilina difunde-se rapidamente na maioria dos tecidos e fluidos do organismo, alcançando níveis séricos máximos após 2 horas da administração oral. Níveis séricos obtidos após injeção intramuscular2 são proporcionais à dose administrada. Níveis de aproximadamente 40,0 mcg/mL foram alcançados meia hora após injeção3 de 1.000 mg IM em indivíduos adultos. Níveis mais elevados podem ser obtidos com a administração intravenosa, dependendo da dose e da velocidade de infusão. A penetração no líquor4 e no cérebro5, entretanto, somente ocorre na presença de inflamação6 meníngea7. A Ampicilina penetra nos tecidos, atravessa a barreira placentária e é excretada pelo leite materno.
Biotransformação
A Ampicilina apresenta baixa ligação proteica, cerca de 15%. Com uma função hepática8 normal alcança elevada concentração na bile9. A Ampicilina é eliminada do corpo, principalmente através dos rins10, com uma meia-vida plasmática de 2 horas. Aproximadamente uma terceira parte da dose é eliminada pela urina11 na forma ativa. Cerca de 20 a 30% da dose oral é eliminada através dos rins10 nas primeiras 6 horas após administração, incluindo 50% na forma microbiologicamente ativa. O clearance renal12 da Ampicilina é de 268 mg/min.
Eliminação
A excreção é realizada principalmente por via renal12 na forma não metabolizada, mas também através da bile9 e das fezes. A eliminação através dos rins10 é realizada via filtração glomerular, secreção tubular e reabsorção tubular. A disfunção renal12 diminui a excreção.