ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES FARMORUBICINA CS

Atualizado em 28/05/2016

Gerais
Farmorubicina CS (cloridrato de epirrubicina) deve ser administrada apenas sob supervisão
de médicos especialistas com experiência em terapia citotóxica.
Em particular, o tratamento com altas doses do fármaco1 necessita de atenção especial para
possíveis complicações clínicas devido à mielossupressão profunda. No entanto, altas
doses de epirrubicina foram administradas a um grande número de pacientes não-tratados
(tanto para doença avançada ou para tratamento adjuvante) e causaram eventos adversos
iguais aos observados nas doses convencionais, exceto para o grau (gravidade) de
neutropenia2 reversível (< 500 neutrófilos3/µL) que ocorreu na maioria dos pacientes. Apenas
alguns destes pacientes necessitaram de hospitalização por complicações infecciosas
graves.
O tratamento inicial com a epirrubicina deve ser precedido por monitoração cuidadosa no
período basal de vários parâmetros laboratoriais bem como da função cardíaca.
Durante cada ciclo do tratamento os pacientes devem ser monitorados cuidadosa e
freqüentemente.
Função Cardíaca
Devido ao risco conhecido de desenvolvimento de cardiomiopatia induzida por antraciclina,
que é dose-cumulativa dependente, a dose cumulativa de 900-1000 mg/m2 só deve ser
excedida com extrema cautela, tanto com doses convencionais como com doses altas por
ciclo. Acima deste nível de dose, o risco de desenvolvimento de insuficiência cardíaca4
congestiva (ICC) aumenta muito. Portanto, a função cardíaca deve ser avaliada antes do
tratamento e deve ser cuidadosamente monitorada durante a terapia para minimizar o risco
de ocorrência de ICC. Recomenda-se que seja realizado um ECG antes e após cada ciclo
de tratamento. Alterações no traçado do ECG, como achatamento5 ou inversão da onda P,
depressão do segmento ST ou início de arritmias6, são geralmente indicações de toxicidade7
aguda, porém transitória (reversível) e não precisam, necessariamente, ser consideradas
indicações para a interrupção do tratamento. No entanto, a redução persistente da voltagem
QRS e o prolongamento, além dos limites normais do intervalo sistólico, são freqüentemente
associados com cardiomiopatia induzida por antraciclinas. A redução da fração de ejeção
ventricular esquerda (FEVE), conforme verificado por ecocardiograma8 (ECO) ou por
angiografia9 com radionucleotídeo10 (MUGA), é o evento mais preditivo de cardiomiopatia
tardia cumulativa dose-dependente. Quando uma avaliação pré-tratamento (fase basal) da
FEVE estiver disponível, este parâmetro pode ser utilizado como indicador da função
cardíaca durante o tratamento com epirrubicina. Como regra geral, em pacientes com valor
de FEVE basal normal (≥ 50%), redução absoluta ≥ 10% ou declínio abaixo do nível limite de
50%, são indicativos de comprometimento da função cardíaca e a continuação do
tratamento com a epirrubicina em tais circunstâncias, deve ser cuidadosamente avaliada. O
risco potencial de cardiotoxicidade pode ser aumentado em pacientes que tenham recebido
radioterapia11 anterior ou concomitante à área pericárdica mediastinal, em pacientes tratados
anteriormente com outras antraciclinas e/ou antracenedionas ou em pacientes com histórico
anterior de doença cardíaca. No estabelecimento das doses cumulativas máximas de
epirrubicina, a administração de qualquer terapia concomitante com agentes potencialmente
cardiotóxicos deve ser levada em consideração.
O diagnóstico12 clínico precoce da insuficiência cardíaca4 provocada pelo medicamento,
parece ser essencial para um tratamento bem sucedido com digitálicos, diuréticos13,
vasodilatadores periféricos, dieta com baixo teor de sal e repouso.
Toxicidade7 Hematológica
A exemplo do que ocorre com outros agentes citotóxicos14, a epirrubicina pode produzir
mielossupressão. O perfil hematológico deve ser avaliado antes e durante cada ciclo da
terapia com Farmorubicina CS, incluindo contagem diferencial dos glóbulos brancos.
Leucopenia15 reversível, dependente da dose e/ou granulocitopenia (neutropenia2) são as
manifestações predominantes da toxicidade7 hematológica da epirrubicina, constituindo a
toxicidade7 aguda limitante da dose mais comum desse fármaco1. A leucopenia15 e a
neutropenia2 são, geralmente, mais graves com esquemas de altas doses, alcançando um
nadir, na maioria dos casos, entre o 10o e 14o dia após a administração do fármaco1. Estes
efeitos são, usualmente, transitórios, com a normalização da contagem de glóbulos
brancos/neutrófilos3, na maioria dos casos, até o 21o dia. Trombocitopenia16 e anemia17 podem,
também, ocorrer. As conseqüências clínicas mais graves da mielossupressão incluem febre18,
infecção19, sepse20/septicemia21, choque22 séptico, hemorragia23, hipóxia24 tecidual ou morte.
Leucemia25 secundária
Leucemia25 secundária, com ou sem fase pré-leucêmica, foi relatada em pacientes tratados
com antraciclinas. A leucemia25 secundária é mais comum quando tais fármacos são
administrados em combinação com agentes antineoplásicos lesivos ao DNA, quando os
pacientes são pré-tratados intensivamente com fármacos citotóxicos14 ou quando as doses de
antraciclinas são aumentadas. Essas leucemias possuem um período de latência26 de 1 a 3
anos.
Carcinogênese, Mutagênese e Distúrbio da Fertilidade
A epirrubicina é mutagênica, clastogênica e carcinogênica em animais e, poderia induzir
dano cromossômico em espermatozóides27 humanos. Homens submetidos a tratamento com
Farmorubicina CS devem utilizar métodos contraceptivos efetivos.
A epirrubicina pode causar amenorréia28 ou menopausa29 prematura em mulheres prémenopausadas.
Gastrintestinal
A epirrubicina é emetigênica. A mucosite30/estomatite31 geralmente aparece no início do
tratamento com o fármaco1 e, se grave, pode progredir em poucos dias para úlceras32 de
mucosa33. A maioria dos pacientes se recupera desse evento adverso até a terceira semana
de terapia.
Função Hepática34
A principal via de eliminação da Farmorubicina CS é o sistema hepatobiliar35. Os níveis de
bilirrubina36 sérica total e de aspartato transaminase (TGO) devem ser avaliados antes e
durante o tratamento com Farmorubicina CS. Pacientes com bilirrubina36 ou TGO elevado
podem apresentar clearance mais lento do fármaco1, com um aumento da toxicidade7 geral.
Doses mais baixas são recomendadas nesses pacientes (vide "Posologia").
Pacientes com insuficiência hepática37 grave não devem receber Farmorubicina CS (vide
"Contra-indicações").
Função Renal38
A creatinina39 sérica deve ser avaliada antes e durante a terapia. O ajuste da dose é
necessário em pacientes com creatinina39 sérica > 5 mg/dL40.
Efeitos no Local de Infusão
Flebosclerose pode resultar da infusão do fármaco1 em vaso de pequeno calibre ou de
infusões repetidas na mesma veia. Seguir os procedimentos de administração
recomendados, pode minimizar o risco de flebite41/tromboflebite42 no local de infusão (vide
"Posologia").
Extravasamento
O extravasamento de epirrubicina durante a administração IV pode dar origem a lesões43
teciduais graves (vesicação, celulite44 grave) e necrose45. Pode ocorrer esclerose46 venosa por
administração em vaso pequeno ou por aplicações repetidas na mesma veia. Para
minimizar o risco de extravasamento do medicamento e ter certeza que a veia seja
adequadamente lavada após a administração do fármaco1, é aconselhável administrar o
fármaco1 através de equipo com infusão de cloreto de sódio a 0,9% em fluxo livre, após
verificar que a agulha esteja adequadamente colocada na veia. Caso ocorram sinais47 ou
sintomas48 de extravasamento durante a administração intravenosa de Farmorubicina CS, a
infusão do fármaco1 deve ser imediatamente interrompida.
Outros
Assim como ocorre com outros agentes citotóxicos14, tromboflebite42 e fenômenos
tromboembólicos, incluindo embolia49 pulmonar (fatal em alguns casos), foram
coincidentemente relatados com o uso de epirrubicina.
A epirrubicina pode induzir à hiperuricemia devido ao extenso catabolismo50 das purinas que
acompanha a rápida lise51 de células52 neoplásicas53 induzida pelo fármaco1 (síndrome54 de lise51
tumoral). Níveis séricos de ácido úrico, potássio, cálcio, fosfato e creatinina39 devem ser
avaliados após o tratamento inicial de forma que este fenômeno possa ser reconhecido e
controlado adequadamente. Hidratação, alcalinização urinária e profilaxia com alopurinol
para previnir a hiperuricemia podem minimizar as complicações potenciais da síndrome54 de
lise51 tumoral.
A epirrubicina pode potencializar a toxicidade7 de outras terapias antineoplásicas. Isso deve
ser levado em conta particularmente ao se utilizar o fármaco1 em altas doses.
A disponibilidade de cuidados e instalações de suporte deve ser considerada antes de se
iniciar esquemas intensivos de alta dose.
A epirrubicina pode conferir uma coloração avermelhada à urina55 por um ou dois dias após a
administração. Os pacientes devem ser alertados de que não precisam ficar preocupados
caso isso ocorra.
Advertências e Precauções Adicionais para Outras Vias de Administração
Via Intravesical
A administração de Farmorubicina CS pode produzir sintomas48 de cistite56 química (por
exemplo, disúria57, poliúria58, noctúria, estrangúria, hematúria59, desconforto vesical60, necrose45 da
parede vesical60) e constrição61 da bexiga62. É necessária atenção especial para problemas de
cateterização (por exemplo, obstrução uretral63 devido a tumores intravesicais de grande
volume).
Uso durante a Gravidez64
Dados experimentais em animais sugerem que a epirrubicina pode causar dano fetal
quando administrada a mulheres grávidas. Se a epirrubicina for utilizada durante a gravidez64
ou se a paciente engravidar enquanto estiver utilizando esse fármaco1, ela deve ser
comunicada quanto aos danos potenciais para o feto65. Não há estudos em mulheres
grávidas, portanto a Farmorubicina CS deve ser utilizada durante a gravidez64 apenas se os
benefícios potenciais justificarem os riscos potenciais para o feto65. Os homens submetidos a
tratamento com epirrubicina devem também ser advertidos quanto aos possíveis efeitos
adversos sobre a fertilidade.
Uso durante a Lactação66
Não se sabe se a epirrubicina é excretada no leite humano. Uma vez que muitos fármacos,
incluindo outras antraciclinas, são excretados no leite humano e devido à possibilidade de
reações adversas sérias em lactentes67 pela epirrubicina, as mães devem interromper o
aleitamento antes de receber esse fármaco1.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.
2 Neutropenia: Queda no número de neutrófilos no sangue abaixo de 1000 por milímetro cúbico. Esta é a cifra considerada mínima para manter um sistema imunológico funcionando adequadamente contra os agentes infecciosos mais freqüentes. Quando uma pessoa neutropênica apresenta febre, constitui-se uma situação de “emergência infecciosa”.
3 Neutrófilos: Leucócitos granulares que apresentam um núcleo composto de três a cinco lóbulos conectados por filamenos delgados de cromatina. O citoplasma contém grânulos finos e inconspícuos que coram-se com corantes neutros.
4 Insuficiência Cardíaca: É uma condição na qual a quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada minuto (débito cardíaco) é insuficiente para suprir as demandas normais de oxigênio e de nutrientes do organismo. Refere-se à diminuição da capacidade do coração suportar a carga de trabalho.
5 Achatamento: 1. Ato ou efeito de achatar (-se); achatadura, depressão, rebaixamento. 2. Na astronomia, trata-se de um parâmetro geralmente muito pequeno, que caracteriza a não esfericidade de um astro em rotação, igual à variação relativa de uma grandeza quando se passa do equador ao polo. 3. Que tem ou tomou forma chata, plana.
6 Arritmias: Arritmia cardíaca é o nome dado a diversas perturbações que alteram a frequência ou o ritmo dos batimentos cardíacos.
7 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
8 Ecocardiograma: Método diagnóstico não invasivo que permite visualizar a morfologia e o funcionamento cardíaco, através da emissão e captação de ultra-sons.
9 Angiografia: Método diagnóstico que, através do uso de uma substância de contraste, permite observar a morfologia dos vasos sangüíneos. O contraste é injetado dentro do vaso sangüíneo e o trajeto deste é acompanhado através de radiografias seriadas da área a ser estudada.
10 Radionucleotídeo: Nuclídeo é uma espécie de átomo caracterizado pelo número de nêutrons em seu núcleo atômico e pelo número atômico. Radionucleotídeo é um nuclídeo radioativo, ou seja, que emite radiação ou que contém radioatividade.
11 Radioterapia: Método que utiliza diversos tipos de radiação ionizante para tratamento de doenças oncológicas.
12 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
13 Diuréticos: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.
14 Citotóxicos: Diz-se das substâncias que são tóxicas às células ou que impedem o crescimento de um tecido celular.
15 Leucopenia: Redução no número de leucócitos no sangue. Os leucócitos são responsáveis pelas defesas do organismo, são os glóbulos brancos. Quando a quantidade de leucócitos no sangue é inferior a 6000 leucócitos por milímetro cúbico, diz-se que o indivíduo apresenta leucopenia.
16 Trombocitopenia: É a redução do número de plaquetas no sangue. Contrário de trombocitose. Quando a quantidade de plaquetas no sangue é inferior a 150.000/mm³, diz-se que o indivíduo apresenta trombocitopenia (ou plaquetopenia). As pessoas com trombocitopenia apresentam tendência de sofrer hemorragias.
17 Anemia: Condição na qual o número de células vermelhas do sangue está abaixo do considerado normal para a idade, resultando em menor oxigenação para as células do organismo.
18 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
19 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
20 Sepse: Infecção produzida por um germe capaz de provocar uma resposta inflamatória em todo o organismo. Os sintomas associados a sepse são febre, hipotermia, taquicardia, taquipnéia e elevação na contagem de glóbulos brancos. Pode levar à morte, se não tratada a tempo e corretamente.
21 Septicemia: Septicemia ou sepse é uma infecção generalizada grave que ocorre devido à presença de micro-organismos patogênicos e suas toxinas na corrente sanguínea. Geralmente ela ocorre a partir de outra infecção já existente.
22 Choque: 1. Estado de insuficiência circulatória a nível celular, produzido por hemorragias graves, sepse, reações alérgicas graves, etc. Pode ocasionar lesão celular irreversível se a hipóxia persistir por tempo suficiente. 2. Encontro violento, com impacto ou abalo brusco, entre dois corpos. Colisão ou concussão. 3. Perturbação brusca no equilíbrio mental ou emocional. Abalo psíquico devido a uma causa externa.
23 Hemorragia: Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, para o interstício ou para cavidades pré-formadas do organismo.
24 Hipóxia: Estado de baixo teor de oxigênio nos tecidos orgânicos que pode ocorrer por diversos fatores, tais como mudança repentina para um ambiente com ar rarefeito (locais de grande altitude) ou por uma alteração em qualquer mecanismo de transporte de oxigênio, desde as vias respiratórias superiores até os tecidos orgânicos.
25 Leucemia: Doença maligna caracterizada pela proliferação anormal de elementos celulares que originam os glóbulos brancos (leucócitos). Como resultado, produz-se a substituição do tecido normal por células cancerosas, com conseqüente diminuição da capacidade imunológica, anemia, distúrbios da função plaquetária, etc.
26 Latência: 1. Estado, caráter daquilo que se acha latente, oculto. 2. Por extensão de sentido, é o período durante o qual algo se elabora, antes de assumir existência efetiva. 3. Em medicina, é o intervalo entre o começo de um estímulo e o início de uma reação associada a este estímulo; tempo de reação. 4. Em psicanálise, é o período (dos quatro ou cinco anos até o início da adolescência) durante o qual o interesse sexual é sublimado; período de latência.
27 Espermatozóides: Células reprodutivas masculinas.
28 Amenorréia: É a ausência de menstruação pelo período equivalente a 3 ciclos menstruais ou 6 meses (o que ocorrer primeiro). Para períodos inferiores, utiliza-se o termo atraso menstrual.
29 Menopausa: Estado fisiológico caracterizado pela interrupção dos ciclos menstruais normais, acompanhada de alterações hormonais em mulheres após os 45 anos.
30 Mucosite: Inflamação de uma membrana mucosa, produzida por uma infecção ou lesão secundária à radioterapia, quimioterapia, carências nutricionais, etc.
31 Estomatite: Inflamação da mucosa oral produzida por infecção viral, bacteriana, micótica ou por doença auto-imune. É caracterizada por dor, ardor e vermelhidão da mucosa, podendo depositar-se sobre a mesma uma membrana brancacenta (leucoplasia), ou ser acompanhada de bolhas e vesículas.
32 Úlceras: Feridas superficiais em tecido cutâneo ou mucoso que podem ocorrer em diversas partes do organismo. Uma afta é, por exemplo, uma úlcera na boca. A úlcera péptica ocorre no estômago ou no duodeno (mais freqüente). Pessoas que sofrem de estresse são mais susceptíveis a úlcera.
33 Mucosa: Tipo de membrana, umidificada por secreções glandulares, que recobre cavidades orgânicas em contato direto ou indireto com o meio exterior.
34 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
35 Hepatobiliar: Diz-se do que se refere ao fígado e às vias biliares.
36 Bilirrubina: Pigmento amarelo que é produto da degradação da hemoglobina. Quando aumenta no sangue, acima de seus valores normais, pode produzir uma coloração amarelada da pele e mucosas, denominada icterícia. Pode estar aumentado no sangue devido a aumento da produção do mesmo (excesso de degradação de hemoglobina) ou por dificuldade de escoamento normal (por exemplo, cálculos biliares, hepatite).
37 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
38 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
39 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
40 Mg/dL: Miligramas por decilitro, unidade de medida que mostra a concentração de uma substância em uma quantidade específica de fluido.
41 Flebite: Inflamação da parede interna de uma veia. Pode ser acompanhada ou não de trombose da mesma.
42 Tromboflebite: Processo inflamatório de um segmento de uma veia, geralmente de localização superficial (veia superficial), juntamente com formação de coágulos na zona afetada. Pode surgir posteriormente a uma lesão pequena numa veia (como após uma injeção ou um soro intravenoso) e é particularmente frequente nos toxico-dependentes que se injetam. A tromboflebite pode desenvolver-se como complicação de varizes. Existe uma tumefação e vermelhidão (sinais do processo inflamatório) ao longo do segmento de veia atingido, que é extremamante doloroso à palpação. Ocorrem muitas vezes febre e mal-estar.
43 Lesões: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
44 Celulite: Inflamação aguda das estruturas cutâneas, incluindo o tecido adiposo subjacente, geralmente produzida por um agente infeccioso e manifestada por dor, rubor, aumento da temperatura local, febre e mal estar geral.
45 Necrose: Conjunto de processos irreversíveis através dos quais se produz a degeneração celular seguida de morte da célula.
46 Esclerose: 1. Em geriatria e reumatologia, é o aumento patológico de tecido conjuntivo em um órgão, que ocorre em várias estruturas como nervos, pulmões etc., devido à inflamação crônica ou por razões desconhecidas. 2. Em anatomia botânica, é o enrijecimento das paredes celulares das plantas, por espessamento e/ou pela deposição de lignina. 3. Em fitopatologia, é o endurecimento anormal de um tecido vegetal, especialemnte da polpa dos frutos.
47 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
48 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
49 Embolia: Impactação de uma substância sólida (trombo, colesterol, vegetação, inóculo bacteriano), líquida ou gasosa (embolia gasosa) em uma região do circuito arterial com a conseqüente obstrução do fluxo e isquemia.
50 Catabolismo: Parte do metabolismo que se refere à assimilação ou processamento da matéria adquirida para fins de obtenção de energia. Diz respeito às vias de degradação, ou seja, de quebra das substâncias. Parte sempre de moléculas grandes, que contêm quantidades importantes de energia (glicose, triclicerídeos, etc). Estas substâncias são transformadas de modo a que restem, no final, moléculas pequenas, pobres em energia ( H2O, CO2, NH3 ), aproveitando o organismo a libertação de energia resultante deste processo. É o contrário de anabolismo.
51 Lise: 1. Em medicina, é o declínio gradual dos sintomas de uma moléstia, especialmente de doenças agudas. Por exemplo, queda gradual de febre. 2. Afrouxamento, deslocamento, destruição de aderências de um órgão. 3. Em biologia, desintegração ou dissolução de elementos orgânicos (tecidos, células, bactérias, microrganismos) por agentes físicos, químicos ou enzimáticos.
52 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
53 Neoplásicas: Que apresentam neoplasias, ou seja, que apresentam processo patológico que resulta no desenvolvimento de neoplasma ou tumor. Um neoplasma é uma neoformação de crescimento anormal, incontrolado e progressivo de tecido, mediante proliferação celular.
54 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
55 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
56 Cistite: Inflamação ou infecção da bexiga. É uma das infecções mais freqüentes em mulheres, e manifesta-se por ardor ao urinar, urina escura ou com traços de sangue, aumento na freqüência miccional, etc.
57 Disúria: Dificuldade para urinar. Pode produzir ardor, dor, micção intermitente, etc. Em geral corresponde a uma infecção urinária.
58 Poliúria: Diurese excessiva, pode ser um sinal de diabetes.
59 Hematúria: Eliminação de sangue juntamente com a urina. Sempre é anormal e relaciona-se com infecção do trato urinário, litíase renal, tumores ou doença inflamatória dos rins.
60 Vesical: Relativo à ou próprio da bexiga.
61 Constrição: 1. Ação ou efeito de constringir, mesmo que constrangimento (ato ou efeito de reduzir). 2. Pressão circular que faz diminuir o diâmetro de um objeto; estreitamento. 3. Em medicina, é o estreitamento patológico de qualquer canal ou esfíncter; estenose.
62 Bexiga: Órgão cavitário, situado na cavidade pélvica, no qual é armazenada a urina, que é produzida pelos rins. É uma víscera oca caracterizada por sua distensibilidade. Tem a forma de pêra quando está vazia e a forma de bola quando está cheia.
63 Uretral: Relativo ou pertencente à uretra.
64 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
65 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
66 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
67 Lactentes: Que ou aqueles que mamam, bebês. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).

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