REAÇÕES ADVERSAS FARMORUBICINA CS
Efeitos hematológicos
As manifestações predominantes da toxicidade1 de epirrubicina são a leucopenia2 reversível
e, muito menos freqüentemente, a trombocitopenia3 reversível (vide "Advertências e
Precauções"), representando a toxicidade1 aguda dose-limitante do fármaco4. Os neutrófilos5
são os leucócitos6 afetados pelo tratamento com epirrubicina de modo mais significativo.
Como a leucopenia2 é dose-dependente, normalmente é mais grave após a administração de
regimes de altas doses e, nestas condições, podem ser necessárias medidas de suporte de
medula óssea7 apropriadas. A ocorrência de neutropenia8 febril durante um ciclo de terapia
deve ser considerada como um evento adverso sério que pode ser possivelmente seguida
por septicemia9 e óbito10. Na ocorrência de neutropenia8 febril, devem ser administrados
antibióticos por via intravenosa.
A ocorrência de leucemia11 mielóide aguda secundária, com ou sem uma fase pré-leucêmica,
tem sido relatada raramente em pacientes tratados com epirrubicina em combinação com
agentes antineoplásicos com ação no DNA, ou pré-tratados intensamente com estes
medicamentos. Essas leucemias podem apresentar um curto período de latência12.
Efeitos cardíacos
Dois tipos de cardiotoxicidade podem ocorrer em pacientes que estejam recebendo
epirrubicina: um tipo agudo13 e na maioria das vezes transitório, que é principalmente
observado na forma de arritmias14 e/ou anormalidades no ECG, e um tipo crônico15, dosecumulativa
dependente, representado por uma cardiomiopatia que pode resultar em ICC
(vide "Advertências e Precauções"). Vários estudos avaliaram que o risco de
desenvolvimento de ICC, na ausência de outros fatores de risco cardíaco, aumenta
acentuadamente após ter atingido uma dose cumulativa de epirrubicina de 900-1000 mg/m2.
O dano cardíaco grave pode ser prevenido pelo acompanhamento freqüente da função
cardíaca (principalmente por monitoração da FEVE) durante o curso da terapia com
epirrubicina. No entanto, a miocardiopatia16 induzida por epirrubicina pode aparecer até
mesmo várias semanas ou meses após a descontinuação do tratamento. Também foi
descrita efusão17 pericárdica.
Efeitos gastrintestinais
A mucosite18 pode aparecer de horas a dias após o início do tratamento. Normalmente, a
mucosite18 apresenta-se na forma de estomatite19 com áreas de erosões dolorosas que
ocorrem principalmente ao longo da língua20 e na mucosa21 sublingual. Erosões bucais, quando
graves, podem evoluir em poucos dias para uma ulceração22 intensa. No entanto, a maioria
dos pacientes se recupera deste evento adverso pela terceira semana de administração do
medicamento.
A hiperpigmentação da mucosa21 oral também pode ocorrer. Outros distúrbios gastrintestinais
como náusea23 e vômitos24 e, com menor freqüência, diarréia25 e dor abdominal, também podem
ocorrer como conseqüência do tratamento com epirrubicina.
Efeitos dermatológicos
A alopecia26 aparece em 60-90% dos casos tratados e é normalmente reversível, com o
crescimento de todo o cabelo27 geralmente ocorrendo de dois a três meses do término da
terapia.
Outros eventos adversos dermatológicos incluem rubor, urticária28 (generalizada ou ao longo
da veia utilizada para administração do medicamento) e hiperpigmentação da pele29 (no leito
ungüeal, ao longo da veia de infusão ou generalizada). A fotossensibilidade ou a
hipersensibilidade à irradiação (radiation recall reaction) também pode ocorrer.
Efeitos no local da injeção30
No caso de extravasamento perivenoso do medicamento, dor local, celulite31 grave e necrose32
tecidual poderão ocorrer. Flebite33 local, tromboflebite34 e/ou flebosclerose também podem
ocorrer. O risco de flebite33/tromboflebite34 pode ser minimizado seguindo o procedimento de
administração recomendado (vide "Advertências e Precauções" e "Posologia").
Outros eventos adversos
Febre35 e calafrios36 foram relatados raramente. Pode ocorrer anafilaxia37. O tratamento com
epirrubicina pode ser acompanhado de amenorréia38/azoospermia39. A epirrubicina também
pode induzir hiperuricemia como resultado da lise40 rápida de células41 neoplásicas42 (vide
"Advertências e Precauções").
Eventos adversos intravesicais
Uma vez que a absorção do medicamento é mínima, os efeitos colaterais43 sistêmicos44 são
raros durante a administração intravesical. A cistite45 química, algumas vezes hemorrágica46,
tem sido observada.